Opinião
- 30 de dezembro de 2008
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A Bíblia da Mulher
Ariovaldo Ramos
Frente ao lamentável quadro da violência contra a mulher -- também entre os evangélicos --, torna-se necessário revisitar e resgatar algumas leituras da Bíblia.
O homem à imagem e semelhança de Deus é um casal
"Este é o livro da genealogia de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez; homem e mulher os criou, e os abençoou, e lhes chamou pelo nome de Adão, no dia em que foram criados" (Gn 5.1-2).
Duas pessoas, um só nome. Deus é uma família; ao criar à sua imagem e semelhança, criou outra família. Assim, o homem à imagem e semelhança de Deus é um homem coletivo. É uma só criação, já que Deus manipulou o barro e soprou apenas uma vez. (Gn 2.7). Na proposta divina, a humanidade seria uma família que se amaria a ponto de viver como se fosse uma só pessoa. Individualmente, cada um é imagem e semelhança de Deus ao nascer numa família e para uma família, o que deveria se estender a toda a humanidade, já que somos uma só família. Não deu certo. Jesus retomou essa possibilidade ao gerar a Igreja. Toda igreja local tem como missão viver a unidade familiar que é a imagem e semelhança de Deus. O primeiro casal era a imagem e semelhança de Deus e o homem não manifestaria plenamente a Trindade sem a mulher e vice-versa.
A inimizade do adversário é para com a mulher
“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente” (Gn 3.15).
A briga do inimigo, desde sempre, é com a mulher. O ser masculino entra na luta por ser descendência dela. Possivelmente, isso explica muito da luta da mulher, que parece ter sido a mais prejudicada na queda. É plausível pensar que o papel masculino seria, a exemplo do grande descendente, guardar a mulher da maldade da serpente (José, pai adotivo de Jesus, conseguiu!). Porém, de alguma forma cooptado pela serpente, o ser masculino se tornou o algoz da mulher e usurpou a humanidade, tratando-a como se fosse um ser humano de segunda classe.
Deus reinventou a maternidade e fez um pacto com a mulher
“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15).
Antes da queda, a maternidade era a forma como nos multiplicaríamos (Gn 1.28).
Após ela, a maternidade se tornou a única esperança da humanidade, que passou a esperar pelo dia em que a mulher geraria o descendente que esmagaria a cabeça do inimigo e libertaria a raça humana -- o que aconteceu em Maria. Deus fez uma aliança com a mulher: de seu ventre, por obra de Deus, sairia o salvador do mundo. E, agora, após a vinda do Jesus de Nazaré, a maternidade é a prova de que o descendente venceu. Deus fez um pacto com a humanidade por meio da mulher.
Frente ao lamentável quadro da violência contra a mulher -- também entre os evangélicos --, torna-se necessário revisitar e resgatar algumas leituras da Bíblia.
O homem à imagem e semelhança de Deus é um casal
"Este é o livro da genealogia de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez; homem e mulher os criou, e os abençoou, e lhes chamou pelo nome de Adão, no dia em que foram criados" (Gn 5.1-2).
Duas pessoas, um só nome. Deus é uma família; ao criar à sua imagem e semelhança, criou outra família. Assim, o homem à imagem e semelhança de Deus é um homem coletivo. É uma só criação, já que Deus manipulou o barro e soprou apenas uma vez. (Gn 2.7). Na proposta divina, a humanidade seria uma família que se amaria a ponto de viver como se fosse uma só pessoa. Individualmente, cada um é imagem e semelhança de Deus ao nascer numa família e para uma família, o que deveria se estender a toda a humanidade, já que somos uma só família. Não deu certo. Jesus retomou essa possibilidade ao gerar a Igreja. Toda igreja local tem como missão viver a unidade familiar que é a imagem e semelhança de Deus. O primeiro casal era a imagem e semelhança de Deus e o homem não manifestaria plenamente a Trindade sem a mulher e vice-versa.
A inimizade do adversário é para com a mulher
“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente” (Gn 3.15).
A briga do inimigo, desde sempre, é com a mulher. O ser masculino entra na luta por ser descendência dela. Possivelmente, isso explica muito da luta da mulher, que parece ter sido a mais prejudicada na queda. É plausível pensar que o papel masculino seria, a exemplo do grande descendente, guardar a mulher da maldade da serpente (José, pai adotivo de Jesus, conseguiu!). Porém, de alguma forma cooptado pela serpente, o ser masculino se tornou o algoz da mulher e usurpou a humanidade, tratando-a como se fosse um ser humano de segunda classe.
Deus reinventou a maternidade e fez um pacto com a mulher
“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15).
Antes da queda, a maternidade era a forma como nos multiplicaríamos (Gn 1.28).
Após ela, a maternidade se tornou a única esperança da humanidade, que passou a esperar pelo dia em que a mulher geraria o descendente que esmagaria a cabeça do inimigo e libertaria a raça humana -- o que aconteceu em Maria. Deus fez uma aliança com a mulher: de seu ventre, por obra de Deus, sairia o salvador do mundo. E, agora, após a vinda do Jesus de Nazaré, a maternidade é a prova de que o descendente venceu. Deus fez um pacto com a humanidade por meio da mulher.
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