Opinião
- 28 de julho de 2009
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A aposta de Pascal
Karl Heinz Kienitz
Num dos fragmentos da coletânea Pensées, o matemático, físico e filósofo Blaise Pascal (1623-1662) apresentou o que se conhece hoje como a aposta de Pascal. Trata-se de uma proposta de decisão, colocada na forma de uma aposta incontornável, isto é, da qual ninguém pode fugir. Esta aposta pode ser resumida da seguinte forma:
Como alguém que escolhe ser cristão pode perder? Se, ao morrer, constatar que Deus não existe e sua fé foi em vão, não perdeu nada -- pelo contrário, viveu uma vida com mais percepção de sentido e esperança do que um descrente. Se, no entanto, há um Deus e um céu e um inferno, então ganhou o céu, ao passo que um descrente perdeu tudo.
Com sua aposta, Pascal não pretende provar a existência do Deus da Bíblia, como conjecturam alguns. Aliás, Pascal enfatiza num parágrafo introdutório que não se pode provar a existência de Deus pela razão. Em outro fragmento de Pensées ele explica que uma prova da existência de Deus precisa ser relacional: “Nós conhecemos Deus somente através de Jesus Cristo... Todos que afirmam conhecer Deus, e o provam sem Jesus Cristo, tem somente provas débeis. No coração de cada ser humano há um vazio dado por Deus, que somente ele pode preencher através de seu filho Jesus Cristo”.
Há os que criticam Pascal por desconsiderar a fé de outras religiões na aposta. Pascal o fez, presumivelmente porque no restante de Pensées (e em outras obras) examinou alternativas e concluiu que, se alguma fé está correta, seria a fé cristã.
Assim como Pascal, o físico e químico Michael Faraday (1791-1867) também escolheu ser cristão. Referindo-se a Jesus, Faraday disse a jornalistas durante entrevista: “Eu confio em certezas. Sei que meu Redentor vive, e porque ele vive eu também viverei”. O testemunho de Faraday ilustra como a aposta de Pascal já em vida pode resultar em certeza, a certeza inabalável da fé.
• Karl Heinz Kienitz é doutor em engenharia elétrica pela Escola Politécnica Federal de Zurique, Suíça, em 1990, e professor da Divisão de Engenharia Eletrônica do Instituto Tecnológico de Aeronáutica. www.freewebs.com/kienitz
Num dos fragmentos da coletânea Pensées, o matemático, físico e filósofo Blaise Pascal (1623-1662) apresentou o que se conhece hoje como a aposta de Pascal. Trata-se de uma proposta de decisão, colocada na forma de uma aposta incontornável, isto é, da qual ninguém pode fugir. Esta aposta pode ser resumida da seguinte forma:
Como alguém que escolhe ser cristão pode perder? Se, ao morrer, constatar que Deus não existe e sua fé foi em vão, não perdeu nada -- pelo contrário, viveu uma vida com mais percepção de sentido e esperança do que um descrente. Se, no entanto, há um Deus e um céu e um inferno, então ganhou o céu, ao passo que um descrente perdeu tudo.
Com sua aposta, Pascal não pretende provar a existência do Deus da Bíblia, como conjecturam alguns. Aliás, Pascal enfatiza num parágrafo introdutório que não se pode provar a existência de Deus pela razão. Em outro fragmento de Pensées ele explica que uma prova da existência de Deus precisa ser relacional: “Nós conhecemos Deus somente através de Jesus Cristo... Todos que afirmam conhecer Deus, e o provam sem Jesus Cristo, tem somente provas débeis. No coração de cada ser humano há um vazio dado por Deus, que somente ele pode preencher através de seu filho Jesus Cristo”.
Há os que criticam Pascal por desconsiderar a fé de outras religiões na aposta. Pascal o fez, presumivelmente porque no restante de Pensées (e em outras obras) examinou alternativas e concluiu que, se alguma fé está correta, seria a fé cristã.
Assim como Pascal, o físico e químico Michael Faraday (1791-1867) também escolheu ser cristão. Referindo-se a Jesus, Faraday disse a jornalistas durante entrevista: “Eu confio em certezas. Sei que meu Redentor vive, e porque ele vive eu também viverei”. O testemunho de Faraday ilustra como a aposta de Pascal já em vida pode resultar em certeza, a certeza inabalável da fé.
• Karl Heinz Kienitz é doutor em engenharia elétrica pela Escola Politécnica Federal de Zurique, Suíça, em 1990, e professor da Divisão de Engenharia Eletrônica do Instituto Tecnológico de Aeronáutica. www.freewebs.com/kienitz
Tem doutorado em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica Federal de Zurique, Suíça. É professor de engenharia em São José dos Campos (SP). É editor do blog Fé e Ciência.
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Site: http://www.freewebs.com/kienitz/
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