Opinião
12 de setembro de 2022
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4 conselhos para lidar com crises e instabilidade
Por Taís Machado
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Algumas sugestões talvez possam contribuir para ampliar reflexões e, quem sabe, o início de novas posturas:
1. Aprender a lidar com a tristeza. Ela faz parte da vida, é inevitável. Mas, como vivê-la e discerni-la é que fará a diferença. O apóstolo Paulo fala sobre uma tristeza que pode ser benéfica, à medida que produz uma qualidade de arrependimento (2Co 7.9). É uma tristeza que mexe com nossas entranhas, dói, contudo, nos faz parar, lamentar, repensar, confessar, buscar outro rumo. Mas também há tristeza que produz morte, que nos faz andar em círculos, desesperançados, consumidos. Ela nos acelera, embaça os olhos do coração, nos faz viver amargos, entregues às murmurações. Saber ficar triste e perceber de que tristeza se trata é uma bênção, tem a ver com sabedoria, com saúde emocional.
2. Compreender a fonte do estresse. Só compreender, obviamente, não resolve, mas é um caminho para promover mudanças. A junção de tensão extrema com sobrecarga por longo tempo não tem como dar em algo bom. O equilíbrio necessário ao nosso corpo foi abandonado e, então, confuso, nosso organismo começa a sinalizar que as cosias não andam bem. Só que, muitas vezes, devido ao desejo insano de atender expectativas irreais, da pressa, ignora-se a sirene do corpo. Atualmente é comum confundirmos ilusão com ousadia, ansiedade com agilidade. Portanto, conseguir detectar a razão que nos leva a tal rebuliço, reconhecer os gatilhos e nomear a fera interior que nos desalinha pode promover uma nova consciência e um novo ritmo.
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3. Desistir do controle. Para muitos controlar é um imperativo diante de um mundo onde reina o medo. Uma resposta imediata, por vezes até inconsciente, para amenizar a insegurança. Não funciona, mas engana. E sujeitos enganados podem ser bastante apegados, teimosos e convictos de que esta seria a solução – controlar ainda mais. Organizar-se e ter algum planejamento não é algo ruim necessariamente. Passa a ser perigoso quando depositamos nisso nossa fé e confiamos mais em nossos planos do que no Senhor da história. Pouco sabemos de nós mesmos, quanto mais de tudo o que nos cerca. É preciso muita ingenuidade para achar que se simplesmente pensarmos mais, aumentarmos as considerações, então, da próxima vez, teremos o controle e eliminaremos falhas e frustrações. Basta se esforçar um pouco mais. Essa vida idealizada não combina com a real complexidade em que nossas limitações nos obrigam a constatar o que não gostaríamos e viver o que não queríamos. É libertador confiar no amor de Deus, que bem conhece nossas necessidades e cuidará delas. Quanto mais se entrega ao Pai tudo aquilo que não nos cabe, maior é a chance de amadurecermos nesta liberdade e leveza.
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3. Desistir do controle. Para muitos controlar é um imperativo diante de um mundo onde reina o medo. Uma resposta imediata, por vezes até inconsciente, para amenizar a insegurança. Não funciona, mas engana. E sujeitos enganados podem ser bastante apegados, teimosos e convictos de que esta seria a solução – controlar ainda mais. Organizar-se e ter algum planejamento não é algo ruim necessariamente. Passa a ser perigoso quando depositamos nisso nossa fé e confiamos mais em nossos planos do que no Senhor da história. Pouco sabemos de nós mesmos, quanto mais de tudo o que nos cerca. É preciso muita ingenuidade para achar que se simplesmente pensarmos mais, aumentarmos as considerações, então, da próxima vez, teremos o controle e eliminaremos falhas e frustrações. Basta se esforçar um pouco mais. Essa vida idealizada não combina com a real complexidade em que nossas limitações nos obrigam a constatar o que não gostaríamos e viver o que não queríamos. É libertador confiar no amor de Deus, que bem conhece nossas necessidades e cuidará delas. Quanto mais se entrega ao Pai tudo aquilo que não nos cabe, maior é a chance de amadurecermos nesta liberdade e leveza.
4. Aprofunde o conhecimento, amplie a consciência. Costumo chamar de “fazer a lição de casa”. Precisamos aprender a ouvir mais e melhor. Tomar conhecimento das histórias por trás de outras histórias. Levar em consideração de onde a pessoa está partindo, o contexto em que ela vive, as diversas narrativas para os acontecimentos, sobretudo aquelas que se contrapõem. É muito trabalhoso, mas é importante. E isso que requer a dignidade do diálogo. Ouvir grupos diferentes e estudar. Ler mais e melhor, com cuidado e atenção, ampliando referências e verificando fontes, pesquisando e aprofundando argumentações e considerações. E mais do que treinar a mente, multiplicar pensamentos, desenvolver teorias que se sustentam é aprender a fazer isso com respeito, elegância movida pela empatia, delicadeza amorosa. Afinal, se o amor não for o que nos move, é melhor não nos movermos.
- Taís Machado, psicoterapeuta e pastora em São Paulo.
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"Serenidade” é definida como o estado da pessoa serena, que age de maneira calma e tranquila. Pode ser entendida também como a paz da mente, o equilíbrio emocional, o estado não perturbado, o domínio de si mesmo. Fúria, preocupação, inquietude e agitação são alguns de seus antônimos.
É disso que trata a matéria de capa da edição de 395 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
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» Caminhos da Graça, de Karin Hellen Kepler Wondracek
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