Palavra do leitor
- 08 de dezembro de 2009
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Voltando no tempo com Roberto Carlos
Confesso que nunca fui e não sou um fã incondicional desse cantor e compositor que é aclamado por muitos como o rei da música popular brasileira. Isto não quer dizer que eu não goste e não admire muitas de suas músicas, e não me sinta bem ouvindo a sua melodiosa e privilegiada voz capaz de emocionar, e até de arrancar suspiros de seus milhões de fãs e admiradores. Eu mesmo já cheguei a me emocionar recentemente ouvindo músicas como: Cavalgada, As Baleias, Força Estranha, Jovens tardes de domingo, O Portão, ou Meu pequeno Cachoeiro. Acho até impossível que alguém não tenha se emocionado alguma vez ouvindo o "rei" Roberto Carlos. O seu carisma é inquestionável e o seu dom é admirável, haja vista o grande sucesso que ele faz ininterruptamente há mais de meio século.
Recentemente recebi um e-mail de uma velha amiga contendo dezenas de músicas, e entre elas várias músicas de Roberto Carlos. Sem querer fiz uma viagem ao passado e voltei ao fnal da década de 60 e à década de 70 ouvindo essas canções que naquele tempo embalavam as nossas tardes de domingo tendo como companheiro o inseparável radinho de pilha que era, até então, a única janela aberta para o mundo, onde, além das músicas, ouvíamos as transmissões esportivas que também mexiam com as emoções de todos. As pessoas, como eu, que já passaram dos 50, certamente recordam aquele tempo que passava devagar e deixava marcas profundas e vivas na alma da gente. Jovens tardes de domingo. Velhos tempos, belos dias. Quantas recordações!
As lembranças são fortes, doces e às vezes amargas - e quase sempre inevitáveis. Mas elas têm sempre a sua importância dentro desse contexto e acabam deixando marcas e sulcos em nosso sensível coração. Drummond escreveu certa vez: "a dor é inevitável, o sofrimento é opcional". Eu, particularmente, gosto de recordar aquele tempo e até recolho lições que servem para os dias de hoje. Ter sido adolescente naquele tempo foi uma experiência inesquecível. A gente não tinha nem o que ler, além da velha e santa Bíblia; praticamente não conhecíamos jornais ou revistas, mas éramos muito criativos. Eu passava parte do meu tempo livre rabiscando alguns poemas num velho caderno, e acabei gostando da idéia e cheguei até aqui. Esquecido lá naquele fim de mundo no interior de Minas, a nossa diversão era jogar peteca, jogar futebol com bola de meia, nadar no riozinho, e ouvir, emocionados, as músicas de Roberto Carlos. Mas, apesar de tudo, éramos muito felizes.
Hoje tudo mudou no cenário, e o horizonte se transformou, mas Roberto Carlos continua cantando e fazendo muito sucesso, apesar de já estar próximo dos 70 anos. Quem era adolescente naquele tempo e hoje já passou da meia idade continua ouvindo e cantando essas músicas cheias de beleza e de magia capazes de produzir choros e sorrisos e de encantar uma platéia embevecida. É o poder da música, a beleza que ela transmite e consegue arrebatar e extasiar multidões. É uma "força estranha no ar" que reúne e une pessoas diferentes e faz o milagre da identificação dentro da emoção que a música traz. Por que será que isto acontece? Basicamente, é porque o ser humano é carente de algo que o emocione e que o deixe livre, leve e flutuando - e ao mesmo tempo com os pés bem firmes no chão. Se isto é bom e não tem contra indicação devemos continuar ouvindo e cantando com Roberto Carlos. Esse show, portanto, não pode terminar.
Recentemente recebi um e-mail de uma velha amiga contendo dezenas de músicas, e entre elas várias músicas de Roberto Carlos. Sem querer fiz uma viagem ao passado e voltei ao fnal da década de 60 e à década de 70 ouvindo essas canções que naquele tempo embalavam as nossas tardes de domingo tendo como companheiro o inseparável radinho de pilha que era, até então, a única janela aberta para o mundo, onde, além das músicas, ouvíamos as transmissões esportivas que também mexiam com as emoções de todos. As pessoas, como eu, que já passaram dos 50, certamente recordam aquele tempo que passava devagar e deixava marcas profundas e vivas na alma da gente. Jovens tardes de domingo. Velhos tempos, belos dias. Quantas recordações!
As lembranças são fortes, doces e às vezes amargas - e quase sempre inevitáveis. Mas elas têm sempre a sua importância dentro desse contexto e acabam deixando marcas e sulcos em nosso sensível coração. Drummond escreveu certa vez: "a dor é inevitável, o sofrimento é opcional". Eu, particularmente, gosto de recordar aquele tempo e até recolho lições que servem para os dias de hoje. Ter sido adolescente naquele tempo foi uma experiência inesquecível. A gente não tinha nem o que ler, além da velha e santa Bíblia; praticamente não conhecíamos jornais ou revistas, mas éramos muito criativos. Eu passava parte do meu tempo livre rabiscando alguns poemas num velho caderno, e acabei gostando da idéia e cheguei até aqui. Esquecido lá naquele fim de mundo no interior de Minas, a nossa diversão era jogar peteca, jogar futebol com bola de meia, nadar no riozinho, e ouvir, emocionados, as músicas de Roberto Carlos. Mas, apesar de tudo, éramos muito felizes.
Hoje tudo mudou no cenário, e o horizonte se transformou, mas Roberto Carlos continua cantando e fazendo muito sucesso, apesar de já estar próximo dos 70 anos. Quem era adolescente naquele tempo e hoje já passou da meia idade continua ouvindo e cantando essas músicas cheias de beleza e de magia capazes de produzir choros e sorrisos e de encantar uma platéia embevecida. É o poder da música, a beleza que ela transmite e consegue arrebatar e extasiar multidões. É uma "força estranha no ar" que reúne e une pessoas diferentes e faz o milagre da identificação dentro da emoção que a música traz. Por que será que isto acontece? Basicamente, é porque o ser humano é carente de algo que o emocione e que o deixe livre, leve e flutuando - e ao mesmo tempo com os pés bem firmes no chão. Se isto é bom e não tem contra indicação devemos continuar ouvindo e cantando com Roberto Carlos. Esse show, portanto, não pode terminar.
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