Palavra do leitor
- 20 de janeiro de 2015
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Voltando as origens
Milhões de pessoas de todos os Estados brasileiros migraram para as capitais, especialmente para São Paulo, a partir da década de 70 em busca de melhores dias, aproveitando a força da tecnologia e da construção civil que absorvia mão-de-obra barata e pouco qualificada para construir conjuntos habitacionais e prédios de luxo na grande metrópole paulistana. Isto também aconteceu em outras grandes capitais, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte, entre outras.
Hoje, porém, muitas destas pessoas estão voltando às suas origens (existem programas de televisão que estão facultando isto), tangidos pela falta de oportunidade, em função do incremento da tecnologia que exige hoje mão-de-obra mais qualificada, e também pela saudade de sua terra natal. Para complicar mais, as capitais hoje estão vivendo um drama que é a falta de água e a correria do dia a dia, acrescidos da violência sem limites com a qual nos deparamos hoje. Com o tempo, creio que vai aumentar mais este êxodo rumo ao interior do Brasil onde a vida ainda é mais calma, pacata e onde ainda há água, pois sabemos que a água é o bem mais precioso que existe para o homem e para os animais. E, infelizmente, o homem está conseguindo destruir este bem com as suas manias e invenções, e com a sua falta de planejamento e de consciência.
A viagem de volta já foi iniciada e agora, com o caminho aberto, milhões deverão voltar tangidos pela necessidade e em virtude da situação que se instalou pela falta ou pela escassez de água e pela correria desenfreada das cidades grandes. É o homem procurando o melhor para si e para sua família.Tudo isto, de alguma forma, já tinha sido previsto, pois quando não há planejamento nem trabalho visando melhorar a vida das pessoas, tudo acaba descambando e afetando o bem estar das pessoas no gargalo das grandes cidades. Não há como acolher e satisfazer as pessoas nas suas suas necessidades básicas se não houver um planejamento a médio e a longo prazo. Infelizmente, ainda dependemos dos políticos, que, em geral, só pensam em si e sugam o povo o mais que podem. Enquanto isto, as pessoas menos favorecidas tem que se virar literalmente para não morrer de fome, e viver com um mínimo de dignidade.
Não há milagre, não há possibilidade de inverter a situação sem sofrimentos e sem uma decisão que inclua dor, lágrimas e rupturas na vida e no sentimento das pessoas. Patativa do Assaré escreveu e Luiz Gonzaga musicou e cantou o poema "A triste partida" que se tornou o hino do retirante nordestino: "Setembro passou, outubro e novembro... já tamo em dezembro, meu Deus que é de nós..." Mas hoje vemos tantos voltando para as suas terras fazendo o caminho de volta em busca de melhores dias para si e para os seus familiares. É uma necessidade, não é uma opção, pois cada vez mais mais se torna difícil a vida na cidade grande com seus percalços e desordens e agora também com a falta d'água. Soma-se a isto a saudade das origens, aquele sentimento inexplicável que muitas vezes faz chorar. O carinho, as lembranças, os sonhos... Nada consegue explicar nem tirar esse aperto no peito que muitas vezes é quase insuportável.
A volta às origens pode não ser a solução para todos os problemas, porém, é uma forma de novamente ter contato com a terra, com o povo e rever os antigos caminhos e lembrar da distante infância que emerge de repente impregnada de tantas lembranças. É impossível explicar todo este sentimento, pois as palavras não são suficientes. Apenas o coração sente e de repente quer sair pela boca tal e emoção contida e represada durante tantos anos. Só sabe isto quem já viveu e vive uma experiência assim, tão pessoal e tão tocante a ponto de provocar lágrimas e demorados soluços.
Hoje, porém, muitas destas pessoas estão voltando às suas origens (existem programas de televisão que estão facultando isto), tangidos pela falta de oportunidade, em função do incremento da tecnologia que exige hoje mão-de-obra mais qualificada, e também pela saudade de sua terra natal. Para complicar mais, as capitais hoje estão vivendo um drama que é a falta de água e a correria do dia a dia, acrescidos da violência sem limites com a qual nos deparamos hoje. Com o tempo, creio que vai aumentar mais este êxodo rumo ao interior do Brasil onde a vida ainda é mais calma, pacata e onde ainda há água, pois sabemos que a água é o bem mais precioso que existe para o homem e para os animais. E, infelizmente, o homem está conseguindo destruir este bem com as suas manias e invenções, e com a sua falta de planejamento e de consciência.
A viagem de volta já foi iniciada e agora, com o caminho aberto, milhões deverão voltar tangidos pela necessidade e em virtude da situação que se instalou pela falta ou pela escassez de água e pela correria desenfreada das cidades grandes. É o homem procurando o melhor para si e para sua família.Tudo isto, de alguma forma, já tinha sido previsto, pois quando não há planejamento nem trabalho visando melhorar a vida das pessoas, tudo acaba descambando e afetando o bem estar das pessoas no gargalo das grandes cidades. Não há como acolher e satisfazer as pessoas nas suas suas necessidades básicas se não houver um planejamento a médio e a longo prazo. Infelizmente, ainda dependemos dos políticos, que, em geral, só pensam em si e sugam o povo o mais que podem. Enquanto isto, as pessoas menos favorecidas tem que se virar literalmente para não morrer de fome, e viver com um mínimo de dignidade.
Não há milagre, não há possibilidade de inverter a situação sem sofrimentos e sem uma decisão que inclua dor, lágrimas e rupturas na vida e no sentimento das pessoas. Patativa do Assaré escreveu e Luiz Gonzaga musicou e cantou o poema "A triste partida" que se tornou o hino do retirante nordestino: "Setembro passou, outubro e novembro... já tamo em dezembro, meu Deus que é de nós..." Mas hoje vemos tantos voltando para as suas terras fazendo o caminho de volta em busca de melhores dias para si e para os seus familiares. É uma necessidade, não é uma opção, pois cada vez mais mais se torna difícil a vida na cidade grande com seus percalços e desordens e agora também com a falta d'água. Soma-se a isto a saudade das origens, aquele sentimento inexplicável que muitas vezes faz chorar. O carinho, as lembranças, os sonhos... Nada consegue explicar nem tirar esse aperto no peito que muitas vezes é quase insuportável.
A volta às origens pode não ser a solução para todos os problemas, porém, é uma forma de novamente ter contato com a terra, com o povo e rever os antigos caminhos e lembrar da distante infância que emerge de repente impregnada de tantas lembranças. É impossível explicar todo este sentimento, pois as palavras não são suficientes. Apenas o coração sente e de repente quer sair pela boca tal e emoção contida e represada durante tantos anos. Só sabe isto quem já viveu e vive uma experiência assim, tão pessoal e tão tocante a ponto de provocar lágrimas e demorados soluços.
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