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Palavra do leitor

Voltando à cena do crime!

Desde a infância, cada um de nós sabe, conhece a história de que Pilatos perguntou ao povo reunido: "quem vocês querem que eu solte: Jesus ou Barrabás?" ao que a multidão respondeu "Barrabás" e o criminoso voltou à cena do crime.

Na hora do julgamento do Senhor Jesus, perante Pilatos, Governador da Judeia, este, conforme costume, tendo que soltar um presidiário durante a festa da Páscoa [Privilegium Paschoalle], deixou a decisão a cargo da plateia (Mateus 27 17) e essa escolheu mal.

Tendo em vista que Barrabás recebeu o indulto, ao invés de ir para a morte na cruz como os outros dois que foram crucificados com o Senhor Jesus, esse indulto foi uma vitória aparente para ele.

Talvez já fosse a sua vez de ir para a cruz, acusado de assassinato e sedição; quem sabe, se fosse essa a decisão, teria tido a oportunidade de, como o chamado bom ladrão, ser perdoado dos seus crimes diretamente pelo Senhor Jesus?

Passou a correr o risco de cometer novos delitos, ao ser liberto – aí teria voltado à prisão com uma [futura] possível pena de morte; cruz por cruz teria sido melhor essa primeira, pois poderia ouvir do Senhor Jesus: "Em verdade te digo que hoje mesmo estarei contigo no Paraíso" (Lucas 23 43).

Nem a Bíblia, nem a história [não pesquisei] contam o que ocorreu com Barrabás; caso o índice de reincidência fosse o mesmo de hoje (cerca de 42%, no Brasil) e, por certo, ele teria sido um sério candidato a retornar ao xadrez.

Se ele optasse por seguir os Apóstolos, sua convicção [fé] o teria levado à conversão ao Senhor Jesus, pois não se pode descartar a tese de que, uma vez liberto, ele refletisse no fato de um inocente dar a sua vida para salvá-lo.

A história nos mostra esse exemplo, real, de que o Senhor Jesus, inocente, puro, sem pecados deu a sua vida em troca da vida de um homem, indiscutivelmente, comprometido com o mundo do crime; deu Ele, também, a sua vida por nós.

Há o preceito bíblico, que poucos se dão conta que exista, de que "Todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3 23); logo, somos todos, sem exceção, pecadores, não há corações puros, afirma a Palavra de Deus: "Enganoso é o coração, mais do que todas as cousas, e desesperadamente corrupto" (Jeremias 17 9).

Desde que todos entendam a Verdade, de que pelos nossos pecados [presentes, passados e futuros] somos réus de juízo e que, naquela cruz fomos redimidos, fomos perdoados, fomos salvos da tribulação, fomos feitos filhos de Deus e passem a vivê-la o mundo será outro.

Sim, haverá a paz verdadeira, haverá solidariedade para com o próximo, viveremos o verdadeiro Amor, o Amor de Deus [Agape] - desde que aceitemos e acolhamos, em nossos corações, o Senhor Jesus como nosso único e suficiente Senhor e Salvador (João 1.12).

Chegará a humanidade a esse dia, já está às portas, quando o Senhor Jesus retornar à terra, derrotar o anticristo, com o sopro de sua boca, e, conosco, passar a governar todas as nações a partir de Jerusalém.

Não conseguirão manter-se de pé, antes disso, todos os atuais esforços humanos, toda uma política global de ter um único governante mundial, um novo arcabouço político e social, pois sem o Senhor Jesus tudo é ilusão, tudo é passageiro, tudo é engano.

Há, apenas, duas alternativas, voltando a Barrabás:

• ou ele se converteu ao Senhor Jesus e prosseguiu a vida dignamente fugindo à prática do pecado;

• ou ele voltou ao crime, tendo recebido a punição que preceituava a lei daquela época.
Se voltou ao crime, se retornou ao pecado, ele não foi digno da misericórdia de Deus cuja Palavra diz:

"O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as CONFESSA E DEIXA alcançará misericórdia" (Provérbios 28.13);

"Se confessarmos os nossos pecados [a Ele], ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1João 1.9).

Também nós somos pecadores, indignos, como Barrabás, não merecedores da salvação de nossas almas para habitar na morada que o Senhor Jesus nos prometeu preparar (João 14.1-3).

Só temos duas alternativas:

• pela graça preveniente de Deus, crer no Senhor Jesus, aceitá-lo, recebendo-o em nossos corações, como único e suficiente SENHOR E SALVADOR;

• renegar essa graça por termos a preferência voltada para os prazeres, as alegrias passageiras e enganosas que este mundo nos oferece; aí o resultado será fatal.

Não há verdade substitutiva, não há vida opcional, não há caminhos alternativos, o próprio Mestre declarou:

• "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai a não ser por mim" (João 14. 6).

• "Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus" (João 3.18).

Temos que decidir aqui e agora [a salvação é pessoal, intransferível e em vida], pois amanhã será muito tarde; não confiemos no mundo com as suas enganosas e sutis doutrinas, vãs filosofias, com seus falsos credos, com seus ilusórios rituais.
São Paulo - SP
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