Palavra do leitor
- 13 de junho de 2008
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Você sabe o que é hanseníase?
Pode ser uma pequena mancha, dormência nos dedos das mãos ou pés, um pequeno machucado que não cura... Ou algo que vai comendo seus nervos, devagarinho, impiedosamente, sem demonstrações externas.
O Brasil é o segundo país do mundo em número de portadores. E aqui na região norte, no Tocantins - onde eu moro -, existe o maior número de hansênicos do mundo, proporcionalmente falando. No estado de São Paulo, o número também é elevadíssimo. Na verdade, o Brasil vive em estado de endemia, tanto no que se refere à hanseníase, como à tuberculose.
Mas o desgoverno que impera em Brasília omite essas informações, pra não explicar o que fizeram da cpmf, por exemplo. O Ministério da Saúde (esse nome é uma piada?) é mestre em maquiar os números... Aliás, ele e todos os outros.
A hanseníase é causada por um bacilo malvadinho, que fere o corpo e a alma. Porque ainda existem pessoas que acreditam sejam os males físicos maiores que os morais. A hanseníase, em bastantes casos, deixa seqüelas; como eu as tenho. Mas eu as prefiro, a ter seqüelas morais.
Por sermos portadores de hanseníase, somos discriminados, alijados, rejeitados. Muitos sentem nojo de nós. Eu sinto nojo de quem trafica, estupra, desvia dinheiro público. Quando comecei a poliquimioterapia, os bacilos foram mortos; agora, que o estou concluindo, estou curada. Quem se cura de pedofilia, corrupção, assassinato por encomenda?
O MEC não insere no currículo de medicina o estudo dessas enfermidades; o CRM não promove atividades que as tornem mais familiares a seus médicos; muitos dos enfermeiros dos postos de saúde não nos explicam as reações colaterais do tratamento, que são muitas e bastante sérias; os peritos do inss desvirtuam os diagnósticos, porque não podem aposentar quem se tornou incapacitado por esse mal. Ter hanseníase, dentro do tratamento que nos dão, significa, além do padecimento físico, o achincalhe moral.
Também em nome dele, muitas pessoas se esquivam de fazer o tratamento e não comparecem aos postos de saúde. E seguem contaminando pessoas, que procuram milhões de médicos, pois os sintomas podem ser confundidos com muitas outras doenças. E os médicos, claro, vítimas do ensino superior medíocre que o país oferece, não suspeitam do que possa ser, sendo que alguns até perguntam “se isso ainda existe no Brasil”.
Existe, sim. E fere, como fere.
Você sabe o que é hanseníase?
Sabendo, ou não, conheça o link: www.hanseniase.passosuemg.br
Você poderá ajudar muitas pessoas. Talvez, até a si mesmo.
Paz em Deus.
O Brasil é o segundo país do mundo em número de portadores. E aqui na região norte, no Tocantins - onde eu moro -, existe o maior número de hansênicos do mundo, proporcionalmente falando. No estado de São Paulo, o número também é elevadíssimo. Na verdade, o Brasil vive em estado de endemia, tanto no que se refere à hanseníase, como à tuberculose.
Mas o desgoverno que impera em Brasília omite essas informações, pra não explicar o que fizeram da cpmf, por exemplo. O Ministério da Saúde (esse nome é uma piada?) é mestre em maquiar os números... Aliás, ele e todos os outros.
A hanseníase é causada por um bacilo malvadinho, que fere o corpo e a alma. Porque ainda existem pessoas que acreditam sejam os males físicos maiores que os morais. A hanseníase, em bastantes casos, deixa seqüelas; como eu as tenho. Mas eu as prefiro, a ter seqüelas morais.
Por sermos portadores de hanseníase, somos discriminados, alijados, rejeitados. Muitos sentem nojo de nós. Eu sinto nojo de quem trafica, estupra, desvia dinheiro público. Quando comecei a poliquimioterapia, os bacilos foram mortos; agora, que o estou concluindo, estou curada. Quem se cura de pedofilia, corrupção, assassinato por encomenda?
O MEC não insere no currículo de medicina o estudo dessas enfermidades; o CRM não promove atividades que as tornem mais familiares a seus médicos; muitos dos enfermeiros dos postos de saúde não nos explicam as reações colaterais do tratamento, que são muitas e bastante sérias; os peritos do inss desvirtuam os diagnósticos, porque não podem aposentar quem se tornou incapacitado por esse mal. Ter hanseníase, dentro do tratamento que nos dão, significa, além do padecimento físico, o achincalhe moral.
Também em nome dele, muitas pessoas se esquivam de fazer o tratamento e não comparecem aos postos de saúde. E seguem contaminando pessoas, que procuram milhões de médicos, pois os sintomas podem ser confundidos com muitas outras doenças. E os médicos, claro, vítimas do ensino superior medíocre que o país oferece, não suspeitam do que possa ser, sendo que alguns até perguntam “se isso ainda existe no Brasil”.
Existe, sim. E fere, como fere.
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Paz em Deus.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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