Palavra do leitor
- 07 de maio de 2008
- Visualizações: 8430
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
Você é um cego de nascença?
"Uma coisa sei: eu era cego, e agora vejo" (Jo 9:25b).
Há algum tempo eu tenho um objetivo que ainda não consegui alcançar, e, para atingi-lo, preciso que o Senhor aja, abrindo-me uma porta que ninguém mais pode abrir.
Numa manhã de dezembro de 2007, eu estava muito chateada, pensando nisso. A frustração e o desespero oprimiam-me muito. Eu tinha a sensação de que o Senhor jamais se moveria em meu favor, já que até aquele momento eu apenas pedia e esperava, sem que nada acontecesse. Entrei no banheiro da minha sala, no escritório em que trabalho, ajoelhei-me, chorei e clamei a Deus, pedindo a Ele, mais uma vez, que mudasse a minha sorte e que, naquele momento, em especial, livrasse-me da angústia que estava me abatendo tanto.
Decidi ir almoçar em casa. Depois que comi, resolvi ler a Bíblia. Como eu já vinha lendo o evangelho de João, havia alguns dias, decidi seguir com aquele mesmo livro. O capítulo da vez era o 9; o título, "A cura de um cego de nascença".
O texto conta que Jesus caminhava por Jerusalém, quando avistou um cego de nascença. Seus discípulos interrogaram-nO, desejando saber se a cegueira do moço era devida a um pecado que ele ou seus pais haviam cometido, ao que Jesus respondeu que a enfermidade não era conseqüência de pecado algum na vida do rapaz, mas como que um pretexto para que a glória de Deus se manifestasse nele (versículos 1 a 3). Jesus, então, cuspiu no chão, fez barro e, dirigindo-se ao cego, passou-lhe a mistura nos olhos, ordenando-lhe que fosse lavar-se no tanque de Siloé. O cego obedeceu e, depois de se lavar, passou a enxergar (versos 6 e 7).
Alguns detalhes preciosos chamaram minha atenção, naquele texto. Um: o problema daquele cego assolava-o desde o seu nascimento. Isto é, era um problema antigo. Outro: o cego não pediu nada a Jesus, e sequer sabia – por razões óbvias – que o Senhor estava ali. No entanto, Jesus atentou para o problema do rapaz e o orientou, no sentido de resolvê-lo. E mais outro: quando fez lodo com o pó da terra e com sua saliva, passou nos olhos do cego e mandou que ele se lavasse no tanque de Siloé, Jesus não disse ao jovem que ele passaria a ver. Entretanto, sem saber exatamente para que, o rapaz obedeceu, indo até o tanque para lavar-se, e voltando curado.
Imagino que em muitas ocasiões aquele cego tenha desejado enxergar e tenha lamentado o fato de nunca poder realizar seu sonho, alcançar seu objetivo. Imagino, também, que ele tenha enfrentado sérias dificuldades para chegar, sozinho, ao tanque de Siloé, sem ver absolutamente nada, talvez até sendo alvo de zombarias, por ser cego e, além disso, por parecer um louco, com aquela sujeira toda nos olhos. Porém, ainda que nessa situação vexatória, e sem mesmo ter noção do motivo pelo qual Jesus o mandara até lá, ele foi. E voltou vendo, para espanto e admiração de todos (versos 8 a 10).
A despeito de todas as circunstâncias, o problema daquele rapaz teve solução. Ele, que nunca havia visto o próprio pó do qual Jesus fizera barro para curá-lo, de um momento para outro passou a ver todas as maravilhas da criação de Deus! Por que comigo seria diferente, se o Jesus que operou aquele milagre é o mesmo que vive, hoje, em mim? Se o meu problema não é originário de um pecado que necessita de um conserto, por que o fato de ele ser antigo seria um indício de que Deus não vai livrar-me dele?
O problema pelo qual eu orava a Deus, na manhã daquela quinta-feira, vinha, sim, de longa data. Ao contrário daquele rapaz, que nada pediu a Jesus, eu vinha clamando havia um bom tempo. Entretanto, nada havia mudado, e o Senhor não havia me feito sequer vislumbrar uma “luz no fim do túnel”, como parece ter feito também com aquele cego, quando mandou que ele se lavasse no tanque de Siloé, sem dizer por quê. Mas Jesus agiu na vida daquele moço, e o que o Senhor estava me dizendo, por meio daquele texto bíblico, era que agiria na minha vida, também, embora talvez, para mim, estivesse demorando tanto! Ainda que eu nada pedisse, se Jesus identificasse o meu problema, Ele trabalharia em meu benefício, para resolvê-lo. Afinal, Ele nos dá livramentos dos quais, muitas vezes, nem temos conhecimento.
Como seres humanos limitados que somos, temos a tendência de achar que o impossível para nós o é também para Deus; que o tempo passa para Deus do mesmo modo que passa para nós; que as forças e as estratégias faltam a Deus como às vezes faltam a nós. Nem sempre é fácil para nós nos lembrarmos de que Deus tem tudo sob controle e não desampara os seus. Misericordiosamente, porém, Ele nos traz essa certeza à memória, refrigerando nossa alma e aquietando nossos corações, por meio da Sua Palavra tão viva, poderosa e eficaz!
Por isso, creia que, se você é um "cego de nascença", como eu, ainda pode vir a "enxergar"!
Há algum tempo eu tenho um objetivo que ainda não consegui alcançar, e, para atingi-lo, preciso que o Senhor aja, abrindo-me uma porta que ninguém mais pode abrir.
Numa manhã de dezembro de 2007, eu estava muito chateada, pensando nisso. A frustração e o desespero oprimiam-me muito. Eu tinha a sensação de que o Senhor jamais se moveria em meu favor, já que até aquele momento eu apenas pedia e esperava, sem que nada acontecesse. Entrei no banheiro da minha sala, no escritório em que trabalho, ajoelhei-me, chorei e clamei a Deus, pedindo a Ele, mais uma vez, que mudasse a minha sorte e que, naquele momento, em especial, livrasse-me da angústia que estava me abatendo tanto.
Decidi ir almoçar em casa. Depois que comi, resolvi ler a Bíblia. Como eu já vinha lendo o evangelho de João, havia alguns dias, decidi seguir com aquele mesmo livro. O capítulo da vez era o 9; o título, "A cura de um cego de nascença".
O texto conta que Jesus caminhava por Jerusalém, quando avistou um cego de nascença. Seus discípulos interrogaram-nO, desejando saber se a cegueira do moço era devida a um pecado que ele ou seus pais haviam cometido, ao que Jesus respondeu que a enfermidade não era conseqüência de pecado algum na vida do rapaz, mas como que um pretexto para que a glória de Deus se manifestasse nele (versículos 1 a 3). Jesus, então, cuspiu no chão, fez barro e, dirigindo-se ao cego, passou-lhe a mistura nos olhos, ordenando-lhe que fosse lavar-se no tanque de Siloé. O cego obedeceu e, depois de se lavar, passou a enxergar (versos 6 e 7).
Alguns detalhes preciosos chamaram minha atenção, naquele texto. Um: o problema daquele cego assolava-o desde o seu nascimento. Isto é, era um problema antigo. Outro: o cego não pediu nada a Jesus, e sequer sabia – por razões óbvias – que o Senhor estava ali. No entanto, Jesus atentou para o problema do rapaz e o orientou, no sentido de resolvê-lo. E mais outro: quando fez lodo com o pó da terra e com sua saliva, passou nos olhos do cego e mandou que ele se lavasse no tanque de Siloé, Jesus não disse ao jovem que ele passaria a ver. Entretanto, sem saber exatamente para que, o rapaz obedeceu, indo até o tanque para lavar-se, e voltando curado.
Imagino que em muitas ocasiões aquele cego tenha desejado enxergar e tenha lamentado o fato de nunca poder realizar seu sonho, alcançar seu objetivo. Imagino, também, que ele tenha enfrentado sérias dificuldades para chegar, sozinho, ao tanque de Siloé, sem ver absolutamente nada, talvez até sendo alvo de zombarias, por ser cego e, além disso, por parecer um louco, com aquela sujeira toda nos olhos. Porém, ainda que nessa situação vexatória, e sem mesmo ter noção do motivo pelo qual Jesus o mandara até lá, ele foi. E voltou vendo, para espanto e admiração de todos (versos 8 a 10).
A despeito de todas as circunstâncias, o problema daquele rapaz teve solução. Ele, que nunca havia visto o próprio pó do qual Jesus fizera barro para curá-lo, de um momento para outro passou a ver todas as maravilhas da criação de Deus! Por que comigo seria diferente, se o Jesus que operou aquele milagre é o mesmo que vive, hoje, em mim? Se o meu problema não é originário de um pecado que necessita de um conserto, por que o fato de ele ser antigo seria um indício de que Deus não vai livrar-me dele?
O problema pelo qual eu orava a Deus, na manhã daquela quinta-feira, vinha, sim, de longa data. Ao contrário daquele rapaz, que nada pediu a Jesus, eu vinha clamando havia um bom tempo. Entretanto, nada havia mudado, e o Senhor não havia me feito sequer vislumbrar uma “luz no fim do túnel”, como parece ter feito também com aquele cego, quando mandou que ele se lavasse no tanque de Siloé, sem dizer por quê. Mas Jesus agiu na vida daquele moço, e o que o Senhor estava me dizendo, por meio daquele texto bíblico, era que agiria na minha vida, também, embora talvez, para mim, estivesse demorando tanto! Ainda que eu nada pedisse, se Jesus identificasse o meu problema, Ele trabalharia em meu benefício, para resolvê-lo. Afinal, Ele nos dá livramentos dos quais, muitas vezes, nem temos conhecimento.
Como seres humanos limitados que somos, temos a tendência de achar que o impossível para nós o é também para Deus; que o tempo passa para Deus do mesmo modo que passa para nós; que as forças e as estratégias faltam a Deus como às vezes faltam a nós. Nem sempre é fácil para nós nos lembrarmos de que Deus tem tudo sob controle e não desampara os seus. Misericordiosamente, porém, Ele nos traz essa certeza à memória, refrigerando nossa alma e aquietando nossos corações, por meio da Sua Palavra tão viva, poderosa e eficaz!
Por isso, creia que, se você é um "cego de nascença", como eu, ainda pode vir a "enxergar"!
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
- 07 de maio de 2008
- Visualizações: 8430
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados
- Por quê?
- É possível ser cristão e de "esquerda"?
- Não andeis na roda dos escarnecedores: quais escarnecedores?
- A democracia [geográfica] da dor!
- Os 24 anciãos e a batalha do Armagedom
- A religião verdadeira é única, e se tornou uma pessoa a ser seguida
- Mergulhados na cultura, mas batizados na santidade (parte 2)
- Não nos iludamos, animal é animal!
- Até aqui ele não me deixou