Palavra do leitor
- 06 de fevereiro de 2023
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Voar é preciso…
Os mais de trinta anos convivendo com o mundo da aviação fez-me um entusiasta por tudo que se refere ao "mais pesado que o ar". Talvez tudo tenha começado quando, ainda criança, sonhava em ser astronauta. Mas não sabia bem como começar essa empreitada. Os céus sempre me impressionaram. E coincidentemente, nasci no ano de 1969, o mesmo que ficaria marcado pela maior conquista humana desde então: a chegada da Apollo 11 ao solo lunar.
Esses dias um fato tem chamado a atenção do mundo aeronáutico: o fim da produção do jumbo 747 pela gigante Boeing. Depois do francês Concorde, outro ícone da aviação de fabricação anglo-francesa, sem dúvida alguma esta é a mais bela aeronave já feita pelo homem. Vê-lo pousar e decolar é algo arrebatador. Um verdadeiro milagre do século vinte. Não há como não se admirar diante de tão maravilhosa obra de arte. Não é simplesmente mais um avião, é a "rainha dos céus", como é chamado carinhosamente pelos seus súditos. E ele tem reinado ao longo dos últimos cinquenta anos transportando milhões de pessoas ao redor do mundo, cruzando oceanos, unindo povos e continentes.
Refletindo sobre esse feito tão espetacular, penso nos séculos que foram necessários para chegarmos no nível de perfeição e construirmos esse avião tão belo. Passando pelos sumérios que contribuíram com a criação da roda, pelos egípcios e babilônios com a matemática, pela arte clássica grega, pelas contribuições de Galileu e Isaac Newton na Física e Astronomia. E claro, não poderia deixar de fora a participação ímpar do nosso ilustre Santos Dumont, patrono dos aviadores brasileiros. Portanto, essa não é uma obra somente de uma empresa ou de uma nação, mas uma realização de toda a humanidade.
Ao olhar para fatos como este, onde vemos a beleza da criação e imaginação típicas e exclusivas da raça humana, um ar de esperança enche meu coração. Diante de tantos dilemas, guerras, fome e divisões que ainda fazem parte da realidade do nosso planeta, deixando-nos tristes e abatidos, vivenciar esse momento da história quando a aviação atinge um patamar de tanta qualidade e perfeição é um grande privilégio. Apesar dos fracassos do homem, frutos do relacionamento quebrado com seu Criador, Este ainda mantém sua imagem e criatividade sobre aquele, permitindo-lhe feitos tão espetaculares.
Não consegui ser um astronauta, mas continuo olhando para o céu, vislumbrado tanto pelas estrelas como por essas máquinas incríveis que nos permitiram realizar o velho sonho de voar. Certamente, o jovem Ícaro da mitologia grega, que de tão empolgado teve suas asas derretidas ao aproximar-se do Sol, afogando-se no mar Egeu, ficaria maravilhado em saber que hoje podemos viajar pelas nuvens como os pássaros.
Termino parafraseando o autor do livro (deuterocanônico) do Eclesiástico quando fala da finalidade de todas as coisas: "O Altíssimo deu-lhes a ciência da (engenharia) para ser honrado em suas maravilhas". Eclo 38.6
Tony - faos.ead@gmail.com
Esses dias um fato tem chamado a atenção do mundo aeronáutico: o fim da produção do jumbo 747 pela gigante Boeing. Depois do francês Concorde, outro ícone da aviação de fabricação anglo-francesa, sem dúvida alguma esta é a mais bela aeronave já feita pelo homem. Vê-lo pousar e decolar é algo arrebatador. Um verdadeiro milagre do século vinte. Não há como não se admirar diante de tão maravilhosa obra de arte. Não é simplesmente mais um avião, é a "rainha dos céus", como é chamado carinhosamente pelos seus súditos. E ele tem reinado ao longo dos últimos cinquenta anos transportando milhões de pessoas ao redor do mundo, cruzando oceanos, unindo povos e continentes.
Refletindo sobre esse feito tão espetacular, penso nos séculos que foram necessários para chegarmos no nível de perfeição e construirmos esse avião tão belo. Passando pelos sumérios que contribuíram com a criação da roda, pelos egípcios e babilônios com a matemática, pela arte clássica grega, pelas contribuições de Galileu e Isaac Newton na Física e Astronomia. E claro, não poderia deixar de fora a participação ímpar do nosso ilustre Santos Dumont, patrono dos aviadores brasileiros. Portanto, essa não é uma obra somente de uma empresa ou de uma nação, mas uma realização de toda a humanidade.
Ao olhar para fatos como este, onde vemos a beleza da criação e imaginação típicas e exclusivas da raça humana, um ar de esperança enche meu coração. Diante de tantos dilemas, guerras, fome e divisões que ainda fazem parte da realidade do nosso planeta, deixando-nos tristes e abatidos, vivenciar esse momento da história quando a aviação atinge um patamar de tanta qualidade e perfeição é um grande privilégio. Apesar dos fracassos do homem, frutos do relacionamento quebrado com seu Criador, Este ainda mantém sua imagem e criatividade sobre aquele, permitindo-lhe feitos tão espetaculares.
Não consegui ser um astronauta, mas continuo olhando para o céu, vislumbrado tanto pelas estrelas como por essas máquinas incríveis que nos permitiram realizar o velho sonho de voar. Certamente, o jovem Ícaro da mitologia grega, que de tão empolgado teve suas asas derretidas ao aproximar-se do Sol, afogando-se no mar Egeu, ficaria maravilhado em saber que hoje podemos viajar pelas nuvens como os pássaros.
Termino parafraseando o autor do livro (deuterocanônico) do Eclesiástico quando fala da finalidade de todas as coisas: "O Altíssimo deu-lhes a ciência da (engenharia) para ser honrado em suas maravilhas". Eclo 38.6
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