Palavra do leitor
- 08 de fevereiro de 2013
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Vivendo para servir
A dádiva mais preciosa que recebemos de Deus depois da Salvação é o chamado a servi-lo. Porém, tal chamado nos dias atuais parece estar completamente fora de moda. Na maioria das igrejas 10% das pessoas faz 90% dos trabalhos. Quando somente 10% faz 90% do trabalho, o termo “servo” perde o sentido.
Todo crente tem grande prazer em declarar que é um servo de Deus. Mas, nem todos refletem nos privilégios que isto encerra, na importância que isto confere e na responsabilidade que isto significa. Jesus Cristo considerou-se Servo de Deus. Não deveríamos fazer o mesmo?
No boletim de uma igreja estava escrito: "Ministro da Igreja: todos os membros. Auxiliar dos ministros: o Pastor da Igreja". Esta declaração - estranha para a maioria dos crentes -, é verdadeira: na igreja todos são servos! É o que lemos na Bíblia, na carta do Apóstolo Paulo aos irmãos de Éfeso, que o Senhor Jesus "deu dons às pessoas" (Ef 4:11-12). Ele escolheu alguns para serem apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e ainda outros para pastores e mestres da Igreja. Ele fez isto para preparar o povo de Deus para o serviço cristão. Portanto, todos os membros da igreja são servos. Até os líderes são servos e neste caso, servos dos servos.
Crentes há que em relação ao Senhor e Deus - como amo - são exemplos de testemunho, firmeza, perseverança, comunhão, adoração. Mas, quanto a serviço para Deus são “negligentes, descuidados, desorganizados, improvisadores e irreverentes”.
Na Igreja Primitiva o servo executava todos os trabalhos na casa do seu senhor, inclusive os mais humildes e comezinhos, como levar e trazer recados, cuidar dos bens do seu senhor, cuidar dos animais domésticos, rachar lenha, manter o fogo aceso, tirar água, entre outras.
Os discípulos amavam a Jesus, mas eles estavam obcecados por posições de liderança que esperavam exercer. No exato instante em que entravam no Cenáculo, eles discutiam quem dentre eles era o maior (Lc 22:24). O proceder aqui evidenciado não condiz com a mentalidade de servo, cujo espírito de serviço é orientado para o próximo, e não para o ego.
Por causa dessa disputa acerca de quem seria o maior dentre eles, Jesus os repreendeu, dizendo: "Os reis deste mundo têm poder sobre o povo, e os governadores são chamados de amigos do povo. Mas entre vocês não pode ser assim. Pelo contrário, o mais importante deve ser como o menos importante; e o que manda deve ser como o quem é mandado. Quem é o mais importante? É o que está sentado à mesa para comer ou é o que está servindo? Claro que é o que está sentado à mesa. Mas entre vocês eu sou como aquele que serve" (Lc 22:25-27).
O mundo define grandeza em termos de poder, posses, prestígio e posição. Se há pessoas à servi-las, então elas conseguiram chegar lá! Em nossa cultura egoísta, com a mentalidade do “eu” em primeiro lugar, agir como servo não é uma noção apreciada. Jesus, entretanto, mediu a grandeza em termos de serviço, e não de posição social. Deus determina nossa grandeza pela quantidade de pessoas que servimos, não pela quantidade de pessoas que nos servem. Isso é tão contrária à ideia de grandeza do mundo, que já é difícil compreender, quanto mais praticar!
Encontramos uma vasta literatura escrita sobre liderança, mas pouco ou quase nada sobre "serviço". Todos querem liderar, mas ninguém quer servir. Preferimos ser Generais a sermos Soldados rasos. Até mesmo os cristãos querem ser “líderes servos” e não apenas “simples servos”.
Jesus nos instruiu que após fazermos tudo o que nos for ordenado, devemos considerar-nos como servos inúteis (Lucas 17:10 diakonos, no ori¬). Sem qualquer mérito em nós mesmos. Noutras palavras: Deus nunca será nosso devedor. Nós é que devemos tudo a Ele. O termo "inútil" corresponde a "desprovido de mérito adquirido".
Devemos tanto a Deus, que na execução de nosso trabalho, seja ele qual for, nunca iremos além do nosso dever; nunca atingiremos a área do mérito. Precisamos compreender que dEle mesmo vem-nos a graça, a capacidade, os dons e os recursos. Mesmo que façamos o melhor, estaremos sempre em falta com Ele.
O crente não será julgado diante de Deus como filho quanto à salvação, mas como servo quanto a serviços e obras. O crente como filho deve julgar-se a si mesmo, através da Palavra (I Co 11:31-32). Nesse julgamento prestaremos contas de nosso tempo, liberdade cristã, responsabilidade e talentos recebidos de Deus.
Fomos graciosamente resgatados da miserável servidão do pecado, por preço incalculável – preço do sangue precioso de Jesus. Somos para sempre devedores a Deus e temos que nos render voluntária e plenamente a Ele - nosso Redentor. Através da plena submissão como servos é que desfrutamos da verdadeira liberdade espiritual. Ser como Jesus é ser servo. Ele nos chamou com este propósito. Atender o Seu chamado é uma dávida grandiosa!
Todo crente tem grande prazer em declarar que é um servo de Deus. Mas, nem todos refletem nos privilégios que isto encerra, na importância que isto confere e na responsabilidade que isto significa. Jesus Cristo considerou-se Servo de Deus. Não deveríamos fazer o mesmo?
No boletim de uma igreja estava escrito: "Ministro da Igreja: todos os membros. Auxiliar dos ministros: o Pastor da Igreja". Esta declaração - estranha para a maioria dos crentes -, é verdadeira: na igreja todos são servos! É o que lemos na Bíblia, na carta do Apóstolo Paulo aos irmãos de Éfeso, que o Senhor Jesus "deu dons às pessoas" (Ef 4:11-12). Ele escolheu alguns para serem apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e ainda outros para pastores e mestres da Igreja. Ele fez isto para preparar o povo de Deus para o serviço cristão. Portanto, todos os membros da igreja são servos. Até os líderes são servos e neste caso, servos dos servos.
Crentes há que em relação ao Senhor e Deus - como amo - são exemplos de testemunho, firmeza, perseverança, comunhão, adoração. Mas, quanto a serviço para Deus são “negligentes, descuidados, desorganizados, improvisadores e irreverentes”.
Na Igreja Primitiva o servo executava todos os trabalhos na casa do seu senhor, inclusive os mais humildes e comezinhos, como levar e trazer recados, cuidar dos bens do seu senhor, cuidar dos animais domésticos, rachar lenha, manter o fogo aceso, tirar água, entre outras.
Os discípulos amavam a Jesus, mas eles estavam obcecados por posições de liderança que esperavam exercer. No exato instante em que entravam no Cenáculo, eles discutiam quem dentre eles era o maior (Lc 22:24). O proceder aqui evidenciado não condiz com a mentalidade de servo, cujo espírito de serviço é orientado para o próximo, e não para o ego.
Por causa dessa disputa acerca de quem seria o maior dentre eles, Jesus os repreendeu, dizendo: "Os reis deste mundo têm poder sobre o povo, e os governadores são chamados de amigos do povo. Mas entre vocês não pode ser assim. Pelo contrário, o mais importante deve ser como o menos importante; e o que manda deve ser como o quem é mandado. Quem é o mais importante? É o que está sentado à mesa para comer ou é o que está servindo? Claro que é o que está sentado à mesa. Mas entre vocês eu sou como aquele que serve" (Lc 22:25-27).
O mundo define grandeza em termos de poder, posses, prestígio e posição. Se há pessoas à servi-las, então elas conseguiram chegar lá! Em nossa cultura egoísta, com a mentalidade do “eu” em primeiro lugar, agir como servo não é uma noção apreciada. Jesus, entretanto, mediu a grandeza em termos de serviço, e não de posição social. Deus determina nossa grandeza pela quantidade de pessoas que servimos, não pela quantidade de pessoas que nos servem. Isso é tão contrária à ideia de grandeza do mundo, que já é difícil compreender, quanto mais praticar!
Encontramos uma vasta literatura escrita sobre liderança, mas pouco ou quase nada sobre "serviço". Todos querem liderar, mas ninguém quer servir. Preferimos ser Generais a sermos Soldados rasos. Até mesmo os cristãos querem ser “líderes servos” e não apenas “simples servos”.
Jesus nos instruiu que após fazermos tudo o que nos for ordenado, devemos considerar-nos como servos inúteis (Lucas 17:10 diakonos, no ori¬). Sem qualquer mérito em nós mesmos. Noutras palavras: Deus nunca será nosso devedor. Nós é que devemos tudo a Ele. O termo "inútil" corresponde a "desprovido de mérito adquirido".
Devemos tanto a Deus, que na execução de nosso trabalho, seja ele qual for, nunca iremos além do nosso dever; nunca atingiremos a área do mérito. Precisamos compreender que dEle mesmo vem-nos a graça, a capacidade, os dons e os recursos. Mesmo que façamos o melhor, estaremos sempre em falta com Ele.
O crente não será julgado diante de Deus como filho quanto à salvação, mas como servo quanto a serviços e obras. O crente como filho deve julgar-se a si mesmo, através da Palavra (I Co 11:31-32). Nesse julgamento prestaremos contas de nosso tempo, liberdade cristã, responsabilidade e talentos recebidos de Deus.
Fomos graciosamente resgatados da miserável servidão do pecado, por preço incalculável – preço do sangue precioso de Jesus. Somos para sempre devedores a Deus e temos que nos render voluntária e plenamente a Ele - nosso Redentor. Através da plena submissão como servos é que desfrutamos da verdadeira liberdade espiritual. Ser como Jesus é ser servo. Ele nos chamou com este propósito. Atender o Seu chamado é uma dávida grandiosa!
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