Palavra do leitor
- 17 de fevereiro de 2011
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Vida simples, simples vida
A vida na roça é simples. Lá tudo é longe e os recursos, em geral, são escassos. Tudo é pequeno e dificil de ser alcançado. A roça é um lugar de muitos sonhos e poucas realizações.
O menino vem correndo morro a baixo enquanto o vento lhe beija o peito nu e levanta os seus cabelos. A tarde chega com seu ar cansado querendo abraçar a noite e descansar um pouco nos seus braços. Pássaros retardatários buscam os seus ninhos onde querem com segurança passar a noite. Uma lua tímida e medrosa aparece no céu cercada de estrelas que piscam saudando a noite. É o fim de mais um dia de correria, de muita luta e de pouca poesia. Vida simples, pacata, mas cheia de nuances e sugestões.
A vida na roça é simples. Lá os caminhos são estreitos e tortuosos, margeados de capim. Erva rasteira que cresce morro acima no abandono da roça que ficou esquecida tomada pelo mato que a tudo domina. Bananeiras sem cachos, cansadas, velhas e arcadas sustentadas apenas pelas raizes que teimam em se manter na terra. Árvores secas em cuja casca abrigam formigas e outros insetos que disputam o espaço.
Enxames de marimbondos que representam perigo para alguém desavisado que ousa cruzar o seu caminho. Lá em baixo no brejo, o riozinho corre sem pressa cercado pela vegetação aquética - morada de sapos que coaxam a noite toda formando uma orquestra monótona e desafinada. É a paisagem rude e simples da roça que forma esse quadro que a natureza sabiamente pintou.
A vida na roça é simples e sem graça. Lá o tempo não passa... A esperança é depositada nas plantações que nunca rendem o esperado. Feijão, milho, café, mandioca, arroz... A terra recebe a semente enquanto a chuva cai e a faz germinar.
Depois, a plantinha nasce e começa a crescer... Vem o sol, e muita vezes castiga a planta e ela quase morre queimada e destruida pelos raios do sol. O lavrador luta, chora, ora e às vezes até se revolta, mas só Deus pode fazer a planta crescer e dar um bom resultado, uma boa colheita. O mato em volta da planta parece querer sufoca-la. É preciso urgente usar a enxada e capinar o mato que cresce depressa e ameaça a frágil plantinha. O lavrador faz a sua parte, enfrenta o sol inclemente e afasta definitivamente o perigo que rondava a planta. A lavoura agora está ficando bonita, daqui a pouco estará florida e mais tarde estará com frutos e depois poderá ser colhida e armazenada.
O coração do lavrador bate forte enquanto ele olha o cafezal em flor e sente o seu cheiro peculiar. Ele até imagina o lucro e faz as contas e sonha com um bom dinheiro depositado no banco. A vida vai melhorar por aqui... Debruçado na janela, ele sonha com uma nova vida enquanto olha o cafezal florido e sente o cheiro gostoso que o vento lhe traz. É bom sonhar de olhos abertos, bem abertos, para ver a realização de um sonho. O homem sonha e Deus realiza o seu sonho. A calma enche o vale iluminado pela luz da lua e por centenas de vagalumes que piscam na noite. O silêncio só é quebrado pela orquestra dos sapos que insistem em tocar enchendo o brejo com sua música peculiar.
O lavrador, cansado, vai se deitar feliz e sonha com dias melhores e colheita abundante que vai obriga-lo a destruir os velhos celeiros e construir outros maiores. É a vida na roça onde tudo é longe e os recursos, em geral, são escassos. Mas a esperança continua viva nos corações e no verde das plantações que prometem um bom lucro este ano. A vida na roça é simples, mas é cheia de sonhos e esperanças como se fosse uma ingênua brincadeira de criança. Deixa o lavrador sonhar, pois o sonho é a essência da sua vida.
O menino vem correndo morro a baixo enquanto o vento lhe beija o peito nu e levanta os seus cabelos. A tarde chega com seu ar cansado querendo abraçar a noite e descansar um pouco nos seus braços. Pássaros retardatários buscam os seus ninhos onde querem com segurança passar a noite. Uma lua tímida e medrosa aparece no céu cercada de estrelas que piscam saudando a noite. É o fim de mais um dia de correria, de muita luta e de pouca poesia. Vida simples, pacata, mas cheia de nuances e sugestões.
A vida na roça é simples. Lá os caminhos são estreitos e tortuosos, margeados de capim. Erva rasteira que cresce morro acima no abandono da roça que ficou esquecida tomada pelo mato que a tudo domina. Bananeiras sem cachos, cansadas, velhas e arcadas sustentadas apenas pelas raizes que teimam em se manter na terra. Árvores secas em cuja casca abrigam formigas e outros insetos que disputam o espaço.
Enxames de marimbondos que representam perigo para alguém desavisado que ousa cruzar o seu caminho. Lá em baixo no brejo, o riozinho corre sem pressa cercado pela vegetação aquética - morada de sapos que coaxam a noite toda formando uma orquestra monótona e desafinada. É a paisagem rude e simples da roça que forma esse quadro que a natureza sabiamente pintou.
A vida na roça é simples e sem graça. Lá o tempo não passa... A esperança é depositada nas plantações que nunca rendem o esperado. Feijão, milho, café, mandioca, arroz... A terra recebe a semente enquanto a chuva cai e a faz germinar.
Depois, a plantinha nasce e começa a crescer... Vem o sol, e muita vezes castiga a planta e ela quase morre queimada e destruida pelos raios do sol. O lavrador luta, chora, ora e às vezes até se revolta, mas só Deus pode fazer a planta crescer e dar um bom resultado, uma boa colheita. O mato em volta da planta parece querer sufoca-la. É preciso urgente usar a enxada e capinar o mato que cresce depressa e ameaça a frágil plantinha. O lavrador faz a sua parte, enfrenta o sol inclemente e afasta definitivamente o perigo que rondava a planta. A lavoura agora está ficando bonita, daqui a pouco estará florida e mais tarde estará com frutos e depois poderá ser colhida e armazenada.
O coração do lavrador bate forte enquanto ele olha o cafezal em flor e sente o seu cheiro peculiar. Ele até imagina o lucro e faz as contas e sonha com um bom dinheiro depositado no banco. A vida vai melhorar por aqui... Debruçado na janela, ele sonha com uma nova vida enquanto olha o cafezal florido e sente o cheiro gostoso que o vento lhe traz. É bom sonhar de olhos abertos, bem abertos, para ver a realização de um sonho. O homem sonha e Deus realiza o seu sonho. A calma enche o vale iluminado pela luz da lua e por centenas de vagalumes que piscam na noite. O silêncio só é quebrado pela orquestra dos sapos que insistem em tocar enchendo o brejo com sua música peculiar.
O lavrador, cansado, vai se deitar feliz e sonha com dias melhores e colheita abundante que vai obriga-lo a destruir os velhos celeiros e construir outros maiores. É a vida na roça onde tudo é longe e os recursos, em geral, são escassos. Mas a esperança continua viva nos corações e no verde das plantações que prometem um bom lucro este ano. A vida na roça é simples, mas é cheia de sonhos e esperanças como se fosse uma ingênua brincadeira de criança. Deixa o lavrador sonhar, pois o sonho é a essência da sua vida.
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