Palavra do leitor
- 14 de dezembro de 2009
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Vida integral
"Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo..." l co 12:12
Somos um mar de gente!
Quer confirmar esta afirmativa? Apareça numa das unidades do Centro de Recuperação de Mendigos da Missão Vida; diferenças raciais, sociais, religiosas, futebolísticas e peculiaridades mil. Somos um mar étnico e um caldeirão de rostos.
Mas cada interno tem a sua própria história e na história de cada um residem "os sonhos que se perderam..." a esperança que virou poeira, medos e frustrações; nós, obreiros e internos completamo-nos como corpo, homens sofridos sem hipócritas lamentações; pessoas que antes não eram povo, mas que agora se aproximam e caminham rumo a uma identidade nova, uma vida nova, uma esperança nova e única, numa mutualidade em Cristo.
Mais importante do que nos preocuparmos com as coisas que fazemos "pra" Deus, é contabilizarmos o que temos feito em parceria com Deus em favor do irmão; o naipe da nossa vida é aquilatado tendo por referência o serviço. Somos servos aqui, para isso fomos treinados, nossa função é o serviço; a este cotidiano chamamos de “a nossa nova vida!”
Pessoalmente descubro a cada dia que a obra de Deus pode sobreviver e sobrevive sem os meus humildes serviços e sem os meus substituíveis talentos, mas agrada o coração do Pai ter-me por amigo e servo.
Enquanto vivo uma rotina piedosa pra Deus, engano-me; meus pios atos não movem o coração de Deus. Da minha ação em direção ao próximo, da minha disposição em promover cada interno em múltiplos sentidos é que Deus alcança o seu objetivo; é nessa hora, quando amparo o necessitado, é que Deus se cumpre em mim, pleno. Deus não tem outras mãos que não sejam as minhas e as suas pra fazer serviço social. Nem outra boca pra falar de amor.
Posso preparar e pregar belos e empolgantes sermões que animem a caminhada do recuperando, e pela graça divina tenho feito isso, e posso presenciar vidas sendo transformadas pelo poder da Palavra; mas é quando cuido da alimentação, das roupas, faço curativos, distribuo calçados e acompanho ao serviço médico, então eles começam a compreender que tudo no altar faz sentido.
Não é uma apologia às obras como meio de salvação, não, é o meu próprio testemunho: As pessoas se moveram em minha direção quando o mais prudente seria afastarem-se, então compreendi a amplitude da misericórdia do céu; a mão da Igreja me ensina que será sempre através dos crentes que gente como eu receberá o amor de Jesus.
Intrincados raciocínios teológicos são bons e válidos pra crentes maduros, isso é fato, necessitamos disso; pregações que nos animem nos desafiem e nos confirmem como homens e mulheres de Deus, marcados pela cruz, amoldados ao caráter do Redentor; homens e mulheres de rua, carentes de tudo, no entanto, esperam primeiro que os tiremos da situação de miseráveis, nus, famintos, enfermos, iletrados, esquecidos; é bíblico, totalmente bíblico.
Para quem nunca padeceu necessidade alguma este é mais um discurso sobre gente pobre, a quem o Evangelho integral não alcançou, as minhas palavras soam como coisa nenhuma; mas a cada um de nós, personagens da ciranda: “Faminto, nu, sedento, enfermo, aflito” e a todos cujos corações foram acariciados pela mensagem do Evangelho inteiro, esta é uma séria conversa sobre amar os outros com graça e qualidade.
O que pode parecer uma brusca mudança de assunto é, na verdade uma afirmação: não importa a sua corrente denominacional, ou qual parte do corpo você se julga ser e é, importa a urgência em satisfazermos a vontade do Salvador, sermos um; o corpo é que cura o corpo, e dele cuida.
(ex-interno do Centro de Recuperação de Mendigos – Missão Vida)
www.mvida.org.br Conheça-nos ainda hoje
www.sola-scriptura.com O prazer da leitura bíblica.
Somos um mar de gente!
Quer confirmar esta afirmativa? Apareça numa das unidades do Centro de Recuperação de Mendigos da Missão Vida; diferenças raciais, sociais, religiosas, futebolísticas e peculiaridades mil. Somos um mar étnico e um caldeirão de rostos.
Mas cada interno tem a sua própria história e na história de cada um residem "os sonhos que se perderam..." a esperança que virou poeira, medos e frustrações; nós, obreiros e internos completamo-nos como corpo, homens sofridos sem hipócritas lamentações; pessoas que antes não eram povo, mas que agora se aproximam e caminham rumo a uma identidade nova, uma vida nova, uma esperança nova e única, numa mutualidade em Cristo.
Mais importante do que nos preocuparmos com as coisas que fazemos "pra" Deus, é contabilizarmos o que temos feito em parceria com Deus em favor do irmão; o naipe da nossa vida é aquilatado tendo por referência o serviço. Somos servos aqui, para isso fomos treinados, nossa função é o serviço; a este cotidiano chamamos de “a nossa nova vida!”
Pessoalmente descubro a cada dia que a obra de Deus pode sobreviver e sobrevive sem os meus humildes serviços e sem os meus substituíveis talentos, mas agrada o coração do Pai ter-me por amigo e servo.
Enquanto vivo uma rotina piedosa pra Deus, engano-me; meus pios atos não movem o coração de Deus. Da minha ação em direção ao próximo, da minha disposição em promover cada interno em múltiplos sentidos é que Deus alcança o seu objetivo; é nessa hora, quando amparo o necessitado, é que Deus se cumpre em mim, pleno. Deus não tem outras mãos que não sejam as minhas e as suas pra fazer serviço social. Nem outra boca pra falar de amor.
Posso preparar e pregar belos e empolgantes sermões que animem a caminhada do recuperando, e pela graça divina tenho feito isso, e posso presenciar vidas sendo transformadas pelo poder da Palavra; mas é quando cuido da alimentação, das roupas, faço curativos, distribuo calçados e acompanho ao serviço médico, então eles começam a compreender que tudo no altar faz sentido.
Não é uma apologia às obras como meio de salvação, não, é o meu próprio testemunho: As pessoas se moveram em minha direção quando o mais prudente seria afastarem-se, então compreendi a amplitude da misericórdia do céu; a mão da Igreja me ensina que será sempre através dos crentes que gente como eu receberá o amor de Jesus.
Intrincados raciocínios teológicos são bons e válidos pra crentes maduros, isso é fato, necessitamos disso; pregações que nos animem nos desafiem e nos confirmem como homens e mulheres de Deus, marcados pela cruz, amoldados ao caráter do Redentor; homens e mulheres de rua, carentes de tudo, no entanto, esperam primeiro que os tiremos da situação de miseráveis, nus, famintos, enfermos, iletrados, esquecidos; é bíblico, totalmente bíblico.
Para quem nunca padeceu necessidade alguma este é mais um discurso sobre gente pobre, a quem o Evangelho integral não alcançou, as minhas palavras soam como coisa nenhuma; mas a cada um de nós, personagens da ciranda: “Faminto, nu, sedento, enfermo, aflito” e a todos cujos corações foram acariciados pela mensagem do Evangelho inteiro, esta é uma séria conversa sobre amar os outros com graça e qualidade.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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