Palavra do leitor
- 15 de dezembro de 2022
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Verdade ou mentira?
No artigo anterior, discorri a respeito do perdoar ou desculpar; parece ser a mesma coisa, assim entendem as pessoas, pois é comum, no tratamento pessoal, quem comete algum erro, pedir desculpa e não perdão – pior é, ao pedir perdão, ouvir do ofendido "não precisa se desculpar!"
Perdoar, então, disse eu naquela oportunidade, é "per+doar", "para doar", no caso, doar amor, pois quem perdoa, o faz porque ama; por outro lado "desculpar" é negar a culpa [des+culpar]; talvez, por isso é comum se ouvir dizer "perdoo, mas não esqueço!" – quem ama esquece, logo perdoa.
Hoje, quero dedicar alguns parágrafos à análise da "mentira", tão comum neste nosso tempo, nesta nossa geração; afirmo que amo com toda a minha veemência a "verdade"; logo abomino, detesto a "mentira".
Posso afirmar, com toda a tranquilidade, que a mentira leva a pessoa a três situações bastante incômodas, desagradáveis, desconfortáveis:
• Deus condena a mentira; logo, quem mente desagrada a Deus;
• mas agrada o diabo, que é o pai da mentira;
• além disso, perde a credibilidade à maneira que prossegue tentando enganar o próximo; uma mentira leva a contradições e novas mentiras são ditas para tentar explicar o inexplicável.
Soube, na semana passada, que criaram, em 30.11.2022, mais uma cartilha a respeito do linguajar nosso; essa cartilha proíbe o uso de inúmeras palavras, expressões muito comuns no dia a dia do brasileiro.
Eu já vinha, de longa data, repudiando a criação da "Cartilha do Politicamente Correto"; agora vem mais uma "cartilha" para coibir, até penalizar o uso das tais palavras/expressões muito comuns, infelizmente, em nossa amada língua portuguesa. São 40 palavras/expressões elencadas no tema "preconceito racial".
Esquecem que o direito de expressão é cláusula pétrea [inalterável, irrevogável, irretratável] em nossa Constituição Federal, bem como na Declaração Universal dos Direitos Humanos; nesses documentos estão garantidos o livre direito do pensamento, bem como o direito à livre expressão do pensamento [artigos 5 e 19 respectivamente].
Todos têm o direito à livre expressão do pensamento; todavia temos que ser os responsáveis pelos nossos atos, ou seja, se ofendermos uma pessoa, tem ela a garantia legal de nos processar/punir nos termos das leis vigentes.
Temos que ter em mente que a nossa liberdade vai até onde se inicia a liberdade do próximo, seja ele quem for [pobre, rico, culto, inculto etc.]
Para ilustrar o assunto, permitam-me duas histórias verídicas, bem antigas – uns 55 anos: todos sabem que a minha estatura não é lá grande coisa, cerca de 1.55 metros, e os amigos, lá em Minas Gerais, carinhosa e respeitosamente, me chamavam de "baixinho"; às vezes "meia porção", "meio quilo" etc. Jamais me aborreci com isso.
1. Eu era o contador da Agência do Banco, em Juiz de Fora, e, em um dado momento, atendia um cliente telefonicamente; o caixa, um rapaz alto, precisava do meu "visto" em um documento para poder efetuar o pagamento a um cliente; chegou próximo à minha mesa e chamou: "baixinho!" – como não interrompi a ligação, ele insistiu mais umas duas ou três vezes: "ô baixinho!" – ao desligar o telefone eu disse a ele, ironicamente: "já pensou se eu fosse do seu tamanho?" E ele perguntou: "como assim?" – completei: "eu seria o presidente do Banco" – ele saiu resmungando: "está dizendo que eu não sou nada?"
Óbvio que o procurei e a coisa terminou em boas risadas – sempre fomos bons amigos; hoje, protegido pela desagradável cartilha do politicamente correto, ninguém mais me chama da baixinho; que pena!
Constatação: 5 anos depois fui convidado a vir para SP; passei, pelo menos uma vez por semestre, a reunir-me com o Presidente para aprovação do Balanço Geral do Banco; saímos, algumas vezes, para almoçar; nesses almoços ele conversava com cada um [dos 3 convidados] sobre as suas respectivas áreas de trabalho; comigo nunca falou de contabilidade, mas de "religiões!"
Surpresa, ele tinha, praticamente, a mesma estatura que eu!
2. Um funcionário da Agência, em um final de semana, saiu com uma colega [hoje, diria que "ficou"], bateu com o carro e, na segunda-feira, chegou ao serviço com várias escoriações – contou o acidente com o carro.
Em seguida chegou a funcionária, também lesionada; justificou dizendo: "fui colher umas frutas e caí do abacateiro" – virou piada e ninguém acreditou.
Preço do "engano": toda sexta-feira, ao despedir-se, para o final de semana, a caçoada era a mesma: "cuidado com o abacateiro!"
Como cristãos, temos que levar a sério os ensinamentos do Senhor Jesus, que ao dissertar a respeito de "juramento", descartando-o, definiu:
"Seja, porém, a tua palavra: sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno" (Mateus 5.37).
Pense nisto!
Perdoar, então, disse eu naquela oportunidade, é "per+doar", "para doar", no caso, doar amor, pois quem perdoa, o faz porque ama; por outro lado "desculpar" é negar a culpa [des+culpar]; talvez, por isso é comum se ouvir dizer "perdoo, mas não esqueço!" – quem ama esquece, logo perdoa.
Hoje, quero dedicar alguns parágrafos à análise da "mentira", tão comum neste nosso tempo, nesta nossa geração; afirmo que amo com toda a minha veemência a "verdade"; logo abomino, detesto a "mentira".
Posso afirmar, com toda a tranquilidade, que a mentira leva a pessoa a três situações bastante incômodas, desagradáveis, desconfortáveis:
• Deus condena a mentira; logo, quem mente desagrada a Deus;
• mas agrada o diabo, que é o pai da mentira;
• além disso, perde a credibilidade à maneira que prossegue tentando enganar o próximo; uma mentira leva a contradições e novas mentiras são ditas para tentar explicar o inexplicável.
Soube, na semana passada, que criaram, em 30.11.2022, mais uma cartilha a respeito do linguajar nosso; essa cartilha proíbe o uso de inúmeras palavras, expressões muito comuns no dia a dia do brasileiro.
Eu já vinha, de longa data, repudiando a criação da "Cartilha do Politicamente Correto"; agora vem mais uma "cartilha" para coibir, até penalizar o uso das tais palavras/expressões muito comuns, infelizmente, em nossa amada língua portuguesa. São 40 palavras/expressões elencadas no tema "preconceito racial".
Esquecem que o direito de expressão é cláusula pétrea [inalterável, irrevogável, irretratável] em nossa Constituição Federal, bem como na Declaração Universal dos Direitos Humanos; nesses documentos estão garantidos o livre direito do pensamento, bem como o direito à livre expressão do pensamento [artigos 5 e 19 respectivamente].
Todos têm o direito à livre expressão do pensamento; todavia temos que ser os responsáveis pelos nossos atos, ou seja, se ofendermos uma pessoa, tem ela a garantia legal de nos processar/punir nos termos das leis vigentes.
Temos que ter em mente que a nossa liberdade vai até onde se inicia a liberdade do próximo, seja ele quem for [pobre, rico, culto, inculto etc.]
Para ilustrar o assunto, permitam-me duas histórias verídicas, bem antigas – uns 55 anos: todos sabem que a minha estatura não é lá grande coisa, cerca de 1.55 metros, e os amigos, lá em Minas Gerais, carinhosa e respeitosamente, me chamavam de "baixinho"; às vezes "meia porção", "meio quilo" etc. Jamais me aborreci com isso.
1. Eu era o contador da Agência do Banco, em Juiz de Fora, e, em um dado momento, atendia um cliente telefonicamente; o caixa, um rapaz alto, precisava do meu "visto" em um documento para poder efetuar o pagamento a um cliente; chegou próximo à minha mesa e chamou: "baixinho!" – como não interrompi a ligação, ele insistiu mais umas duas ou três vezes: "ô baixinho!" – ao desligar o telefone eu disse a ele, ironicamente: "já pensou se eu fosse do seu tamanho?" E ele perguntou: "como assim?" – completei: "eu seria o presidente do Banco" – ele saiu resmungando: "está dizendo que eu não sou nada?"
Óbvio que o procurei e a coisa terminou em boas risadas – sempre fomos bons amigos; hoje, protegido pela desagradável cartilha do politicamente correto, ninguém mais me chama da baixinho; que pena!
Constatação: 5 anos depois fui convidado a vir para SP; passei, pelo menos uma vez por semestre, a reunir-me com o Presidente para aprovação do Balanço Geral do Banco; saímos, algumas vezes, para almoçar; nesses almoços ele conversava com cada um [dos 3 convidados] sobre as suas respectivas áreas de trabalho; comigo nunca falou de contabilidade, mas de "religiões!"
Surpresa, ele tinha, praticamente, a mesma estatura que eu!
2. Um funcionário da Agência, em um final de semana, saiu com uma colega [hoje, diria que "ficou"], bateu com o carro e, na segunda-feira, chegou ao serviço com várias escoriações – contou o acidente com o carro.
Em seguida chegou a funcionária, também lesionada; justificou dizendo: "fui colher umas frutas e caí do abacateiro" – virou piada e ninguém acreditou.
Preço do "engano": toda sexta-feira, ao despedir-se, para o final de semana, a caçoada era a mesma: "cuidado com o abacateiro!"
Como cristãos, temos que levar a sério os ensinamentos do Senhor Jesus, que ao dissertar a respeito de "juramento", descartando-o, definiu:
"Seja, porém, a tua palavra: sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno" (Mateus 5.37).
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