Palavra do leitor
- 11 de fevereiro de 2021
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Vale a pena ser bom?
"A coragem nos ajuda a reconhecer que os problemas são reais e não meras suposições’’.
Salmos 121.1-2
O evento de um menino, na Cidade de Campinas, tirado de um estado de cativeiro, de tortura, de maus tratos, de desprezo, por parte dos pais, veiculado pela mídia, fez-me ponderar sobre se vale a pena ser bom. Melhor dito, haverá alguma finalidade para tamanhos mosaicos de pessoas vitimados pelo sofrimento? Ora, podemos afirmar nos ensinar alguma lição? Lá no fundo, quando falo de bom, de forma nenhuma me refiro sobre pessoas perfeitas. Diametralmente oposto, gente do dia a dia, sujeita as imperfeições, as inquietações, aos receios, aos vacilos de quem vive e enfrenta as alternâncias da vida. Então, quando pessoas são atingidas por um motorista alcoolizado, por uma bala perdida, por atos inaceitáveis de violência, de abuso, de arbitrariedade, podemos extrair um fundo de sentido, em todos esses acontecimentos e eventos? Vou adiante, sem ser ofensivo e oportunista, uma criança diagnosticada com um retardo mental, uma mãe de família com uma neoplasia incurável e com poucos meses de existência, uma jovem estuprada, um homem de negócios arruinado, por causa da traição, uma esposa abandonada e destratada por seu parceiro, uma criança tratada como um peso, devemos aceitar uma permissividade de Deus para, lá na frente, cumprir os propósitos de algo maior? Sinceramente, nos derradeiros tempos, encontro-me turbado, no ser, afinal de contas, o texto de Isaías 3.10-11 não afirma de que o justo lhe irá bem e o perverso será castigado ou, em Provérbios 12.21, o mal, embora evidente, não ficará sem castigo. É bem verdade, não serei concordância para muitos e até poucos, mas observamos, por meio das redes digitais (das ferramentas disponibilizadas pela internet), desgraças aqui, ali e acolá, pessoas com fome, pessoas miseráveis, pessoas condenadas a vagarem sem paradeiros (expulsas de suas terras, por causa de guerras, de perseguições, de intolerâncias), pessoas desesperançadas e isso não se justifica com as considerações de que tudo ocorre, em função de pecados ou por uns serem aptos para suportar certos dissabores e outros não ou tudo não passa de um destino? Sempre ouvia e ainda ouço, as expressões de que ‘’Deus tem os seus motivos, de que não devemos questionar os seus planos, de que sabe o melhor para você, de que para tudo há um propósito. Acredito, com veemência, de que muitos preferem a teoria do sofrimento para cumprir algo supremo, ao invés de encarar que certas situações acontecem sem sentido, sem motivo e destino. Aliás, devemos aceitar que pessoas boas sofrem, porque serve para torná-las em pessoas melhores, mais cordiais, mais decentes, mais humildes, mais caridosas, mais crentes? Ah, logo, pessoas boas não progridem, avançam, prosperam e nãos desfrutam dos benefícios para não se desviarem? Nessa linha de raciocínio, ecos levantaram o texto de Provérbios 3.12 (porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem). Não por menos, se tudo serve para uma finalidade eterna, entretanto, isso não equivale a banalizar a vida, reduzir a imagem e semelhança de Deus a algo descartável? Destarte, Deus manda o frio de acordo com o agasalho, Deus não coloca algo que não podemos suportar, Deus nos submete a prova, até para que possamos amadurecer? Sempre é de bom alvitre, nego as boas notícias do evangelho de Jesus, o Cristo? Tão somente, não posso fingir que pessoas são trucidadas por doenças, por acidentes, pelo desemprego, pela cobiça, pela inveja e as marcas são profundas e perpétuas, em cada uma delas, e todas esses cenários não são fictícios, não são pesadelos, não são alegorias. São, sim e sim, reais: reais na alma, reais no espírito e em todo o ser. As vezes, bate forte e forte, bem no recanto do coração, de será que vale a pena ser bom? Sejamos sinceros, sérios e honestos, sem ilações, sem fugas teológicas, sem arrazoado algum, a escuridão, o frio, a fome, a pobreza, a angustia, a morte, a dor, a injustiça, a impiedade, a ignorância são presentes, factíveis, palpáveis e não interpretações de linguagem. De observar, por mais convenientes sejam as respostas de que Deus permite o sofrimento, de que serve para o nosso bem, de que tem a intenção de nos corrigir, de que tudo se converge a um fim eterno só piora o enredo, por negar a realidade, por culpar a Deus ou nos culpar. Ouso dizer, não considerar um Deus que vive a teoria do bem te permito e o mal te permito, de você suportar e você não.
O salmista, em Salmos 121.1-2 descreve de que o meu socorro, de que a esperança para ir adiante, de que força e a coragem para não fingir, diante dos receios e das inquietações, advém do Senhor, Daquele que Tudo Precede, que fez o céu e a terra; presumidamente, não diz, a minha aflição vem do Senhor para me ensinar, para me corrigir, para me fazer melhor, para me fazer amá-lo.
Salmos 121.1-2
O evento de um menino, na Cidade de Campinas, tirado de um estado de cativeiro, de tortura, de maus tratos, de desprezo, por parte dos pais, veiculado pela mídia, fez-me ponderar sobre se vale a pena ser bom. Melhor dito, haverá alguma finalidade para tamanhos mosaicos de pessoas vitimados pelo sofrimento? Ora, podemos afirmar nos ensinar alguma lição? Lá no fundo, quando falo de bom, de forma nenhuma me refiro sobre pessoas perfeitas. Diametralmente oposto, gente do dia a dia, sujeita as imperfeições, as inquietações, aos receios, aos vacilos de quem vive e enfrenta as alternâncias da vida. Então, quando pessoas são atingidas por um motorista alcoolizado, por uma bala perdida, por atos inaceitáveis de violência, de abuso, de arbitrariedade, podemos extrair um fundo de sentido, em todos esses acontecimentos e eventos? Vou adiante, sem ser ofensivo e oportunista, uma criança diagnosticada com um retardo mental, uma mãe de família com uma neoplasia incurável e com poucos meses de existência, uma jovem estuprada, um homem de negócios arruinado, por causa da traição, uma esposa abandonada e destratada por seu parceiro, uma criança tratada como um peso, devemos aceitar uma permissividade de Deus para, lá na frente, cumprir os propósitos de algo maior? Sinceramente, nos derradeiros tempos, encontro-me turbado, no ser, afinal de contas, o texto de Isaías 3.10-11 não afirma de que o justo lhe irá bem e o perverso será castigado ou, em Provérbios 12.21, o mal, embora evidente, não ficará sem castigo. É bem verdade, não serei concordância para muitos e até poucos, mas observamos, por meio das redes digitais (das ferramentas disponibilizadas pela internet), desgraças aqui, ali e acolá, pessoas com fome, pessoas miseráveis, pessoas condenadas a vagarem sem paradeiros (expulsas de suas terras, por causa de guerras, de perseguições, de intolerâncias), pessoas desesperançadas e isso não se justifica com as considerações de que tudo ocorre, em função de pecados ou por uns serem aptos para suportar certos dissabores e outros não ou tudo não passa de um destino? Sempre ouvia e ainda ouço, as expressões de que ‘’Deus tem os seus motivos, de que não devemos questionar os seus planos, de que sabe o melhor para você, de que para tudo há um propósito. Acredito, com veemência, de que muitos preferem a teoria do sofrimento para cumprir algo supremo, ao invés de encarar que certas situações acontecem sem sentido, sem motivo e destino. Aliás, devemos aceitar que pessoas boas sofrem, porque serve para torná-las em pessoas melhores, mais cordiais, mais decentes, mais humildes, mais caridosas, mais crentes? Ah, logo, pessoas boas não progridem, avançam, prosperam e nãos desfrutam dos benefícios para não se desviarem? Nessa linha de raciocínio, ecos levantaram o texto de Provérbios 3.12 (porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem). Não por menos, se tudo serve para uma finalidade eterna, entretanto, isso não equivale a banalizar a vida, reduzir a imagem e semelhança de Deus a algo descartável? Destarte, Deus manda o frio de acordo com o agasalho, Deus não coloca algo que não podemos suportar, Deus nos submete a prova, até para que possamos amadurecer? Sempre é de bom alvitre, nego as boas notícias do evangelho de Jesus, o Cristo? Tão somente, não posso fingir que pessoas são trucidadas por doenças, por acidentes, pelo desemprego, pela cobiça, pela inveja e as marcas são profundas e perpétuas, em cada uma delas, e todas esses cenários não são fictícios, não são pesadelos, não são alegorias. São, sim e sim, reais: reais na alma, reais no espírito e em todo o ser. As vezes, bate forte e forte, bem no recanto do coração, de será que vale a pena ser bom? Sejamos sinceros, sérios e honestos, sem ilações, sem fugas teológicas, sem arrazoado algum, a escuridão, o frio, a fome, a pobreza, a angustia, a morte, a dor, a injustiça, a impiedade, a ignorância são presentes, factíveis, palpáveis e não interpretações de linguagem. De observar, por mais convenientes sejam as respostas de que Deus permite o sofrimento, de que serve para o nosso bem, de que tem a intenção de nos corrigir, de que tudo se converge a um fim eterno só piora o enredo, por negar a realidade, por culpar a Deus ou nos culpar. Ouso dizer, não considerar um Deus que vive a teoria do bem te permito e o mal te permito, de você suportar e você não.
O salmista, em Salmos 121.1-2 descreve de que o meu socorro, de que a esperança para ir adiante, de que força e a coragem para não fingir, diante dos receios e das inquietações, advém do Senhor, Daquele que Tudo Precede, que fez o céu e a terra; presumidamente, não diz, a minha aflição vem do Senhor para me ensinar, para me corrigir, para me fazer melhor, para me fazer amá-lo.
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