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Palavra do leitor

Artigo publicado em resposta a Igreja local: local da igreja?

Unidade é mais que união e reunião

Espera-se que a unidade leve à união e reunião, e, até, à associação ou organização de um determinado grupo, mas isso pode não ser imediatamente, e, nem, mediatamente, ou seja, não a curto e médio prazos, mas, apenas, a longo prazo, este (longo prazo) podendo ser, até, só ou mais, na eternidade.

1- Começando: A unidade da Igreja Cristã, no seu nascedouro, era do tipo de união com reunião. Mas, a perseguição tirou a Igreja da união e reunião ierosolomitas, virando a Igreja da diáspora, levando o Evangelho pela Palestina, e, até, à atual Itália e à Espanha. Mas, isso não impediu a organização, no século II, da “Associação Católica”, ou Universal, como reflexo da união, na época só igrejas de fiéis. Sob esse guarda-chuva estavam, apenas, boas igrejas, mas, depois, o guarda-chuva grande se afastou da Bíblia. Pelos séculos IV e VI, as cousas pioraram, ao ponto de pessoas, lares e famílias, e movimentos, ficarem à margem dos outros grupos, fiéis à Igreja Primitiva, e original, pois o guarda-chuva não mantivera a pureza evangélica. Esses grupos genuninamente evangélicos nem sempre estiveram unidos por organização, não podendo, nem mesmo, reunir-se. Quando, no século XVI, chegou a Reforma Luterana, na Alemanha, e a 2ª Reforma – a Reformada, primeiramente com Ulrico Zuinglio, e, depois, com João Calvino –, na Suíça, a Igreja passou a ter um aspecto nacional, até porque a necessidade de libertar-se de Roma se fazia presente, sendo esse um dos aspectos das modernas e contemporâneas denominações. No século XVI, na assembléia de Westminster, bairro de Londres, que preparou a Confissão de Fé e o Catecismo Maior e o Breve Catecismo, anglicanos, batistas, congregacionais, independentes e presbiterianos subscreverem esses documentos. O denominacionalismo cresceu ao lado do ações indenominacionais, mas-MAIS, de movimentos interdenominacionais. Tanto que o movimento ecumênico começou entre missões de denominações evangélicas e destas, e, só, depois, o catolicismo-romano se inscreveu, não pela unidade, mas, para dessa união e dessa reunião, fortalecer sua associação.

2- Consolidando: Mesmo com missões denominacionais fazendo missões e organizando denominações em vários países, a união desses grupos e a organização de iniciativas indenominacionais, e, sobretudo, interdenomiacionais, nunca deixaram de ser fortes. No caso da união das Igrejas isso foi tão grande, que alguns fatores prejudicaram as denominações, não, necessariamente, a expansão do Evangelho, isto podendo, até, a ser favorecido. Parcialmente! Explicarei!!! Essa união era tão grande que, quando alguém da Igreja Cristã Evangélica “Casa de Oração”, mudava para um lugar que tinha a Igreja Presbiteriana do Brasil, a pessoa ficava congregando com esta. Se presbiteriano fosse para cidade que sua denominação não estivesse presente, mas, a Igreja Metodista do Brasil, ela ficava nessa denominação. Quando assumi a Igreja Presbiteriana do Brasil em Mutum (MG), lá pelo ano 1985, com 7 congregações, no meu pastorado tendo chegado à uns 15 endereços, tínhamos irmãos assembleianos, batistas, da Casa de Oração e metodistas, até, com cargos. Isso, além de u´a denominação ser influenciada pela outra – até a que abrigava o membro, e não, necessariamente, o contrário –, logo, era diferente do que acontece hoje: a pessoa chega na vila, bairro, etc., e, não tendo a sua Denominação, ela a organiza. Isso leva à expansão, e, não acomodação. No meu pastorado de 5 anos em Mutum, isso já começava a mudar. Tanto que, quando u´a professora batista da 3ª idade, que por 16 anos ensinou em nossa Escola Bíblica Dominical, na vila Roseiral, numa classe que tinha de adolescentes à pessoas da 3ª idade, aqueles choraram, quando ela se despediu pela organização de uma congregação batista, ali.

3- Consumando: Hoje, temos outro fator, que é o fato das igrejas locais estarem com u´a programação muito intensa e extensa, até. Já está se tornando difícil eventos com número de muitas denominações. Lembro-me que, em Governador Valadares/MG, nos meus período pré/pró/pós-seminarísticos, tinha u´a forte e concorrida associação de pastores, com número bem representativo deles. Depois, veio a OMEB – Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil –, Conselho Regional de Governador Valadares, da qual fui presidente em duas oportunidades. Atualmente, temos uma associação de toda a cidade, da qual fui 1º secretário nos 2 1ºs biênios de sua história, e, no Sul da cidade, temos outro grupo, do qual fui o relator da comissão que preparou o anteprojeto do regimento interno. Propusemos uma associação com vários ministérios. Mas, hoje, vejo que, ao invés de um conselho de pastores ter eventos com várias igrejas e denominações, o que ela precisa, mesmo, é agrupar os pastores, deixando para as igrejas locais a extensa e intensa agenda, sendo, o conselho de pastores, até, um momento devocional, de comunhão e refúgio para os pastores, ao invés de algo que cobra a presença de sua igrejas em movimento da associação, pois exigir a participação das ovelhas ele já tem de fazer em seu pastorado, ou, na igreja local.

Vejo que a união e reunião precisam acontecer, mais, nos grupos denominacionais e núcleos locais. As grandes reunião e associação da Igreja serão na eternidade, com(o) a Igreja Triunfante. Por enquanto, devemos ser Igreja Militante, ganhando almas para Cristo. Portanto, quanto mais reuniões locais tivermos, melhor. Sei da força da reunião com(o) multidão! Todavia, melhor é ganharmos multidão de almas, na soma do que as igrejas locais conseguirem!
Governador Valadares - MG
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