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Palavra do leitor

Artigo publicado em resposta a Unidade é mais que união e reunião

Unidade comanda união e reunião

A unidade espiritual é que deve comandar, em tudo, a união organizacional e a reunião grupal, existindo independente destas, e dirigindo-as, como as motivando. Logo, estas não determinam aquela, mas, são determinadas. Tentarei mostrar isso em algumas experiências nas quais passei.

1- Anterior ao Seminário:
§ Fui criado num ambiente interdenominacional. Minha avó paterna era da Igreja Cristã Evangélica “Casa de Oração”, mas, chegando da zona rural de Mutum/MG para o perímetro urbano, encontrou e acomodou-se na Igreja Chrystian Presbyteriana, que viria a se denominada Igreja Presbiteriana do Brasil. Meu pai tornou-se membro desta, mas, na vila São Sebastião da Vala, do também mineiro município de Aimorés, encontrou a “Casa de Oração”, onde, também, começou a participar, vindo a ser presidente da Mocidade e corista, como minha avó se tornara presidente da sociedade de senhoras e professora da Escola Dominical, na Presbiteriana. Nenhum deles deixou sua denominação. Vivendo neste ambiente, sou defensor da unidade espiritual, união organizacional, e reunião grupal.

§ Todavia, quando, em 1973, comecei a participar de programações da Mocidade para Cristo – Estudante em Ação –, em Governador Valadares/MG, nas tardes de domingo, o pastor da Igreja da qual eu era membro me pediu para não participar desse grupo, mas, visitar pela igreja. Ele fez um roteiro de visitas, e nós começamos a visitar, para a Igreja local. Não deixei a unidade espiritual, mas não pude permanecer na união organizacional com sua reunião grupal.

§ Por outro lado, nas duas escolas seculares nas quais passei em Gov. Valadares, eu dirigi cultos de orações nos intervalos e programações dirigidas aos jovens, com fins evangelísticos. Mostrei aos jovens líderes em suas respectivas denominações e igrejas locais que, ali, eles deveriam atuar, outrossim, em nossa união organizacional e reunião grupal.

2- Interior do Seminário:
§ Quando no Seminário Presbiteriano, em Campinas/SP, a bibliotecária dessa Casa de Profetas, mais um ou dois colegas e eu formamos a ABS – Aliança Bíblica Secundarista – dessa cidade, e, ao mesmo tempo, alguns colegas formaram a Mocidade para Cristo, ali. Alguém propôs a fusão desses grupos. Mas, já que ABS e MPC têm formas de atuar diferentes – aquela com grupos menores de estudos bíblicos e esta com reuniões maiores e de movimentações mais públicas –, sugeri que continuássemos com nossa unidade espiritual, mas sem a união organizacional e reunião grupal.

§ Claro que eu entendi que os dois métodos e dois grupos deveriam continuar a existirem, sendo que a junção de ambos atrapalharia a característica de uma e de ambos, e deixaríamos de ver muita gente atuando e muitos métodos e objetivos em ação.

§ Assim como a existência de diversas e diversificadas denominações ajuda o Evangelho, a co-existência de vários e variados ministérios e missões é só para contribuir.

3- Ulterior ao Seminário:
§ No tempo que pastoreei a Igreja Presbiteriana de Mutum, liderei o grupo de pastores e quejando, inclusive em reuniões públicas ou concentrações grandes. Num 2º domingo dezembrino, “Dia da Bíblia”, em que programamos carreta e culto na praça, alertei para que as igrejas não fechassem seus templos ao todo, mas, que deixassem, pelo menos, alguém de plantão, até para atender a quem fosse visitar.

§ Em nenhuma circunstância, concordo em, num domingo, deixarmos templos fechados, até porque precisamos atender a todos – principalmente, aos desavisados que, chegando e não vendo ninguém (e crendo em arrebatamento!) assustarem-se!!!...
§ Continuo certo que a Igreja local, até pelo templo, e, sobretudo, pelo culto, é o centro que precisa ser fortalecido, e onde a Igreja mostra que é Igreja e – só, assim, fortalecida! – se lança ao mundo!!!...

Claro que o ideal da unidade espiritual é a união organizacional e reunião grupal. Mas, além destas não significarem a unidade em si, aquela existe apesar destas, havendo simultaneidade quando o real não atrapalhar o ideal. Melhor que um idealismo de união perfeita é a realidade e prática da unidade possível.


(Tripas/tri-Paz - 373).
Governador Valadares - MG
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