Palavra do leitor
- 23 de fevereiro de 2023
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Uma só forma de amor
Aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez. (Mateus 19:4)
Para os amantes e estudiosos da Bíblia é difícil perceber que os que "irritaram" Jesus, com suas perguntas capiciosas, foram exatamente os estudiosos bíblicos de sua época: Aqueles caras com um livro de regras debaixo do braço.
Não importa se a "bíblia" que usam vem da religião, da filosofia, da ciência, da política etc. O fariseu a detém e estará pronto para atacar e cancelar todo aquele que se opõe, desrespeita e desobedece a sua "autoridade".
Vale relembrar que a Bíblia não foi concebida com esse fim. Ela tem como finalidade primordial apontar para o Cristo, para uma pessoa viva, ativa e relacional. Uma vez em contato com esse Deus, revelado na Bíblia, Ele mesmo: te ensinará, te redarguirá, te corrigirá, te instruirá em justiça – usando para isso especialmente a Bíblia. Deus e seu Espírito liberta o ser humano, o farisaísmo e sua carnalidade o escraviza.
Foi no encontro dessas duas placas tectônicas, uma, do zelo exacerbado pelas regras e controle social; e outra, do viver na plena liberdade do espírito, que aconteceu todo esse terremoto religioso no primeiro século dando origem à igreja e ao cristianismo como sistema orgânico de contraposição à todas outras forças satânicas de dominação da humanidade.
Em uma sentença: Foi respondendo os diversos questionamentos farisaicos, que Jesus nos deixou valiosos ensinos e doutrinas para nosso viver diário. Um deles, de central importância psicossocial: nossa sexualidade.
Posto isto, vemos que respondendo aos fariseus, Jesus evoca a criação do primeiro casal. Um casal criado à imagem e semelhança de um Deus tri-uno. Motivo primeiro? Revelar a glória de Deus em sua perfeita unidade. Motivo segundo? Que houvesse relacionamento amoroso autêntico e sustentável – até que a morte os separe. Ou seja, o primeiro motivo é igual ao motivo segundo! Em outras palavras, um único gênero não poderia jamais revelar a glória de Deus, pois não poderia jamais espelhar a diversidade amorosa existente na Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
A criação do primeiro casal determina definitivamente a única sexualidade aceitável, excluindo todas as demais. Por uma simples questão de amor, de glória e de santidade. Amor, pois é na diferença entre feminino e masculino que surge a complementariedade, o desejo, a doação. Glória, pois é nessa união que se tornam uma só carne, tendo como resultado (fruto) o surgimento de filhos biológicos, de uma família. E santidade, pois a vida familiar exige fidelidade, exclusividade, integridade, caráter e contornos bem definidos. Tudo que vai contra isso é promíscuo e profano, e adultera a pureza conjugal.
Quando Jesus explica as responsabilidades de um casamento verdadeiro, entre um homem e uma mulher, seus discípulos percebem o peso dessas implicações e logo classificam o celibato como melhor opção. Mas o Rabi deixa claro que o celibato não pode ser uma imposição. (Erro crasso da Igreja Católica – que vincula impositivamente o celibato à liderança eclesiástica).
Também está claro para os discípulos, que Jesus não estava ali estabelecendo regras para discriminar ou condenar as pessoas. Pelo contrário, Ele ensinava o amor real (Ágape) em contraposição a uma paixão sexualizada passageira apelidada de amor (Eros), ou à dureza de coração de homens, cuja principal vítima, na época, eram as mulheres – e provavelmente ainda são hoje.
Então, resta-nos deslocar nosso interesse pela letra da lei para o espírito da graça, da arrogância do saber para a humildade do amor e para a misericórdia. Só assim podemos nos posicionar firmemente diante de um mundo caído; não como fariseus, mas como verdadeiros discípulos de Jesus, o qual revelou a todo universo a única forma de amor que vale a pena – no caso, pena de morte e morte de cruz.
Para os amantes e estudiosos da Bíblia é difícil perceber que os que "irritaram" Jesus, com suas perguntas capiciosas, foram exatamente os estudiosos bíblicos de sua época: Aqueles caras com um livro de regras debaixo do braço.
Não importa se a "bíblia" que usam vem da religião, da filosofia, da ciência, da política etc. O fariseu a detém e estará pronto para atacar e cancelar todo aquele que se opõe, desrespeita e desobedece a sua "autoridade".
Vale relembrar que a Bíblia não foi concebida com esse fim. Ela tem como finalidade primordial apontar para o Cristo, para uma pessoa viva, ativa e relacional. Uma vez em contato com esse Deus, revelado na Bíblia, Ele mesmo: te ensinará, te redarguirá, te corrigirá, te instruirá em justiça – usando para isso especialmente a Bíblia. Deus e seu Espírito liberta o ser humano, o farisaísmo e sua carnalidade o escraviza.
Foi no encontro dessas duas placas tectônicas, uma, do zelo exacerbado pelas regras e controle social; e outra, do viver na plena liberdade do espírito, que aconteceu todo esse terremoto religioso no primeiro século dando origem à igreja e ao cristianismo como sistema orgânico de contraposição à todas outras forças satânicas de dominação da humanidade.
Em uma sentença: Foi respondendo os diversos questionamentos farisaicos, que Jesus nos deixou valiosos ensinos e doutrinas para nosso viver diário. Um deles, de central importância psicossocial: nossa sexualidade.
Posto isto, vemos que respondendo aos fariseus, Jesus evoca a criação do primeiro casal. Um casal criado à imagem e semelhança de um Deus tri-uno. Motivo primeiro? Revelar a glória de Deus em sua perfeita unidade. Motivo segundo? Que houvesse relacionamento amoroso autêntico e sustentável – até que a morte os separe. Ou seja, o primeiro motivo é igual ao motivo segundo! Em outras palavras, um único gênero não poderia jamais revelar a glória de Deus, pois não poderia jamais espelhar a diversidade amorosa existente na Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
A criação do primeiro casal determina definitivamente a única sexualidade aceitável, excluindo todas as demais. Por uma simples questão de amor, de glória e de santidade. Amor, pois é na diferença entre feminino e masculino que surge a complementariedade, o desejo, a doação. Glória, pois é nessa união que se tornam uma só carne, tendo como resultado (fruto) o surgimento de filhos biológicos, de uma família. E santidade, pois a vida familiar exige fidelidade, exclusividade, integridade, caráter e contornos bem definidos. Tudo que vai contra isso é promíscuo e profano, e adultera a pureza conjugal.
Quando Jesus explica as responsabilidades de um casamento verdadeiro, entre um homem e uma mulher, seus discípulos percebem o peso dessas implicações e logo classificam o celibato como melhor opção. Mas o Rabi deixa claro que o celibato não pode ser uma imposição. (Erro crasso da Igreja Católica – que vincula impositivamente o celibato à liderança eclesiástica).
Também está claro para os discípulos, que Jesus não estava ali estabelecendo regras para discriminar ou condenar as pessoas. Pelo contrário, Ele ensinava o amor real (Ágape) em contraposição a uma paixão sexualizada passageira apelidada de amor (Eros), ou à dureza de coração de homens, cuja principal vítima, na época, eram as mulheres – e provavelmente ainda são hoje.
Então, resta-nos deslocar nosso interesse pela letra da lei para o espírito da graça, da arrogância do saber para a humildade do amor e para a misericórdia. Só assim podemos nos posicionar firmemente diante de um mundo caído; não como fariseus, mas como verdadeiros discípulos de Jesus, o qual revelou a todo universo a única forma de amor que vale a pena – no caso, pena de morte e morte de cruz.
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