Palavra do leitor
- 16 de fevereiro de 2007
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Uma segunda chance, perdão
"Errar é humano, perdoar é divino", afirma o ditado popular
Isso, todavia, representaria simplificar algo muito mais valioso
O poder de oferecer uma segunda chance, outra oportunidade
Seja para aquele que errou contra nós, seja para nós mesmos
Traição, descaso, dano, prejuízos físicos, morais, psicológicos
Marcas que calam fundo em nossa pele, nosso coração e alma
Tão difíceis de apagar, curar, esquecer, que duram sempre
Seus efeitos parecem alimentar a idéia de que nada perdemos
Na verdade, as perdas terrenas são de improvável reparo
Quem poderia sanar completamente uma ofensa moral?
Qual o sabão milagroso que iria lavar uma reputação manchada?
Que tipo de bálsamo teria o condão de curar uma ferida no espírito?
O paradoxo que isso nos traz, contudo, é que para tal só há uma saída
Ela não está na distância de um país estrangeiro, não visitado
Na magia do alquimista que prepara uma porção miraculosa
Na mudança da postura do mundo todo a nosso respeito
A verdadeira panacéia para aquilo que nos tira o sono e nos fere
Está muito perto, dentro de nós, em nosso coração e nossa boca
O perdão, reconciliar-se com quem nos feriu, pisou e humilhou
Algo que parece só beneficiar os outros, mas é lenitivo para nós
Caminho não natural ao homem, precisa ser aprendido, devagar
E nada melhor para entendê-lo do que a Bíblia Sagrada examinar
Jesus dá um quantum, setenta vezes sete ao dia perdoar (Mt 18.22)
Amar inimigos, bendizer os que nos perseguem, não revidar (Mt 5.44)
E ele não ficou somente nas palavras, não indicou sem agir
Na cruz, lavado em sangue, com espinhos coroado, a beber fel (Mt 27.34)
Já perto de expirar, pediu ao Pai para seus algozes perdoar (Lc 23.34)
Sim, para aqueles que o torturavam, pois veio para os salvar
O filho pródigo, figura do homem diante de Deus, contra o pai se rebelou
Tomando toda sua herança, na devassidão e no erro mergulhou
Mas em lugar de prazeres, alegria e paz, somente encontrou sofrer
De degrau em degrau, a escada desceu até aos porcos ir tratar
Em seu coração pensava, e com justiça assim ponderou
Que na casa de seu pai não acharia mais lugar, pelo tanto que pecou
Mas ao retornar, desejando ser um simples empregado e ter de comer
Encontrou o pai, que, com um abraço amigo, tudo perdoou (Lc 15.1-32)
Hoje é um bom dia para que pensemos, de novo, a razão de nossa vida
Que deixemos de lado o rancor que, como espinho, fere nossa alma
Certamente queremos das mãos de Deus ter o perdão de nossas falhas
Cabe, pois, cumprir o que diz a oração do Pai Nosso: "perdoar para ser perdoado".
Isso, todavia, representaria simplificar algo muito mais valioso
O poder de oferecer uma segunda chance, outra oportunidade
Seja para aquele que errou contra nós, seja para nós mesmos
Traição, descaso, dano, prejuízos físicos, morais, psicológicos
Marcas que calam fundo em nossa pele, nosso coração e alma
Tão difíceis de apagar, curar, esquecer, que duram sempre
Seus efeitos parecem alimentar a idéia de que nada perdemos
Na verdade, as perdas terrenas são de improvável reparo
Quem poderia sanar completamente uma ofensa moral?
Qual o sabão milagroso que iria lavar uma reputação manchada?
Que tipo de bálsamo teria o condão de curar uma ferida no espírito?
O paradoxo que isso nos traz, contudo, é que para tal só há uma saída
Ela não está na distância de um país estrangeiro, não visitado
Na magia do alquimista que prepara uma porção miraculosa
Na mudança da postura do mundo todo a nosso respeito
A verdadeira panacéia para aquilo que nos tira o sono e nos fere
Está muito perto, dentro de nós, em nosso coração e nossa boca
O perdão, reconciliar-se com quem nos feriu, pisou e humilhou
Algo que parece só beneficiar os outros, mas é lenitivo para nós
Caminho não natural ao homem, precisa ser aprendido, devagar
E nada melhor para entendê-lo do que a Bíblia Sagrada examinar
Jesus dá um quantum, setenta vezes sete ao dia perdoar (Mt 18.22)
Amar inimigos, bendizer os que nos perseguem, não revidar (Mt 5.44)
E ele não ficou somente nas palavras, não indicou sem agir
Na cruz, lavado em sangue, com espinhos coroado, a beber fel (Mt 27.34)
Já perto de expirar, pediu ao Pai para seus algozes perdoar (Lc 23.34)
Sim, para aqueles que o torturavam, pois veio para os salvar
O filho pródigo, figura do homem diante de Deus, contra o pai se rebelou
Tomando toda sua herança, na devassidão e no erro mergulhou
Mas em lugar de prazeres, alegria e paz, somente encontrou sofrer
De degrau em degrau, a escada desceu até aos porcos ir tratar
Em seu coração pensava, e com justiça assim ponderou
Que na casa de seu pai não acharia mais lugar, pelo tanto que pecou
Mas ao retornar, desejando ser um simples empregado e ter de comer
Encontrou o pai, que, com um abraço amigo, tudo perdoou (Lc 15.1-32)
Hoje é um bom dia para que pensemos, de novo, a razão de nossa vida
Que deixemos de lado o rancor que, como espinho, fere nossa alma
Certamente queremos das mãos de Deus ter o perdão de nossas falhas
Cabe, pois, cumprir o que diz a oração do Pai Nosso: "perdoar para ser perdoado".
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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