Palavra do leitor
- 02 de abril de 2009
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Uma questão de atitude
"Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca." (Ap 3.16)
Esse versículo do Apocalipse me faz pensar no atual estágio das igrejas evangélicas, todas elas, sem exceção.
Mil e uma denominações, mil e uma inovações – em tentativa de alcançar um público cada vez maior, através de concessões que eu classifico de, no mínimo, duvidosas...
De comum, apenas a mornura própria de quem teme tomar atitudes, não só em favor da própria fé, mas do que se refere ao bem comum, ou seja, o "amai-vos uns aos outros" é apenas mote de sermões – mas, não, de ações.
Cada vez mais, me deparo com a manifestação da imperiosa necessidade de enviarmos missionários às nações mais distantes, e as missões internas, que, suponho eu, são o ponto fundamental de partida para qualquer atividade de evangelização, permanecem em banho-maria.
Porque considero missão interna, a união das igrejas, todas guiando-se pelo mesmo princípio e uniformidade do pensamento bíblico, e não por variações e delírios humanos. Porque não encontro um único órgão que fale em nome de todas, que se posicione perante a sociedade em atitude coesa, na defesa de princípios morais e éticos.
Em nome da justiça, reconheço no Pr. Silas Malafaia e na revista ULTIMATO os únicos que não perderam o poder da indignação. Bem sei, há vozes aqui e acolá, merecedoras do nosso respeito e admiração; ainda há raras vozes que clamam no deserto.
A igreja católica possui a CNBB, a qual, sem que entremos no mérito de sua filosofia, não emudece perante fatos de relevância que ocorrem em nosso país. E nós? Quem fala por nós?
Qual órgão representante do mundo evangélico posicionou-se contra o Projeto de Lei 122, o qual, além de tentar amordaçar a liberdade de expressão que é garantida pela Constituição Federal a todo cidadão, procura emudecer os princípios religiosos obedecidos por católicos, evangélicos e judeus, inclusive escancarando as portas à pedofilia?
Quem se manifestou contra a barbaridade proposta pela Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, através do Edital do Pregão nº142/2008 (anexo 1) decorrente do processo nº 25000.019579/2008-71, que teve por objeto a aquisição 15 milhões de Gel lubrificante para distribuição gratuita, no valor global de R$1.160.000,00 (um milhão, cento e sessenta mil reais), “para lubrificação íntima durante a relação anal e vaginal, com uso de preservativo, possibilitando assim maior conforto e segurança”, quando nossos hospitais não dispõem do gel condutor recomendado para uso como meio de contato para transmissão ultra-sônica, em aparelhos de ultra-sonografia, ecógrafos e dopplers, para a realização de exames que podem salvar vidas?
Qual órgão evangélico ousa enfrentar a alienação governamental e afirmar que não necessitamos de bolsas-esmola ou degradantes cotas, mas de boas escolas, de emprego, saúde, educação e moradias dignas? Que necessitamos de cidadania?
Ou será que, como muitas igrejas apregoam, é Jesus quem deve “se virar” e resolver todos os nossos problemas?
Ser cristão é bem mais que empunhar uma Bíblia e freqüentar cultos; é contemplar o mundo com os olhos de Jesus. Porque Ele não sentou-se no meio-fio em frente ao templo, à espera de que bons ventos expulsassem os vendilhões. Ele tomou uma atitude. Assim, nós, os evangélicos, não podemos assumir a postura de ratos assustados e nos limitar a uma vida entre as quatro paredes de uma igreja. Isso é muito fácil. O difícil, o que Deus espera de nós, é que sejamos cristãos no mundo que nos rodeia.
Neste momento, mais do que nunca, é urgentemente necessário que nos unamos em um só corpo, que instituamos um órgão evangélico interdenominacional que participe da vida deste país, para defender a grandeza dos planos que o Senhor tem para nossas vidas, para a vida do Brasil.
Ou seremos vomitados pela nossa omissão. É velho o ditado que afirma: a omissão dos bons é o que garante a vitória dos maus.
Que o Senhor nos abençoe e guarde.
Esse versículo do Apocalipse me faz pensar no atual estágio das igrejas evangélicas, todas elas, sem exceção.
Mil e uma denominações, mil e uma inovações – em tentativa de alcançar um público cada vez maior, através de concessões que eu classifico de, no mínimo, duvidosas...
De comum, apenas a mornura própria de quem teme tomar atitudes, não só em favor da própria fé, mas do que se refere ao bem comum, ou seja, o "amai-vos uns aos outros" é apenas mote de sermões – mas, não, de ações.
Cada vez mais, me deparo com a manifestação da imperiosa necessidade de enviarmos missionários às nações mais distantes, e as missões internas, que, suponho eu, são o ponto fundamental de partida para qualquer atividade de evangelização, permanecem em banho-maria.
Porque considero missão interna, a união das igrejas, todas guiando-se pelo mesmo princípio e uniformidade do pensamento bíblico, e não por variações e delírios humanos. Porque não encontro um único órgão que fale em nome de todas, que se posicione perante a sociedade em atitude coesa, na defesa de princípios morais e éticos.
Em nome da justiça, reconheço no Pr. Silas Malafaia e na revista ULTIMATO os únicos que não perderam o poder da indignação. Bem sei, há vozes aqui e acolá, merecedoras do nosso respeito e admiração; ainda há raras vozes que clamam no deserto.
A igreja católica possui a CNBB, a qual, sem que entremos no mérito de sua filosofia, não emudece perante fatos de relevância que ocorrem em nosso país. E nós? Quem fala por nós?
Qual órgão representante do mundo evangélico posicionou-se contra o Projeto de Lei 122, o qual, além de tentar amordaçar a liberdade de expressão que é garantida pela Constituição Federal a todo cidadão, procura emudecer os princípios religiosos obedecidos por católicos, evangélicos e judeus, inclusive escancarando as portas à pedofilia?
Quem se manifestou contra a barbaridade proposta pela Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, através do Edital do Pregão nº142/2008 (anexo 1) decorrente do processo nº 25000.019579/2008-71, que teve por objeto a aquisição 15 milhões de Gel lubrificante para distribuição gratuita, no valor global de R$1.160.000,00 (um milhão, cento e sessenta mil reais), “para lubrificação íntima durante a relação anal e vaginal, com uso de preservativo, possibilitando assim maior conforto e segurança”, quando nossos hospitais não dispõem do gel condutor recomendado para uso como meio de contato para transmissão ultra-sônica, em aparelhos de ultra-sonografia, ecógrafos e dopplers, para a realização de exames que podem salvar vidas?
Qual órgão evangélico ousa enfrentar a alienação governamental e afirmar que não necessitamos de bolsas-esmola ou degradantes cotas, mas de boas escolas, de emprego, saúde, educação e moradias dignas? Que necessitamos de cidadania?
Ou será que, como muitas igrejas apregoam, é Jesus quem deve “se virar” e resolver todos os nossos problemas?
Ser cristão é bem mais que empunhar uma Bíblia e freqüentar cultos; é contemplar o mundo com os olhos de Jesus. Porque Ele não sentou-se no meio-fio em frente ao templo, à espera de que bons ventos expulsassem os vendilhões. Ele tomou uma atitude. Assim, nós, os evangélicos, não podemos assumir a postura de ratos assustados e nos limitar a uma vida entre as quatro paredes de uma igreja. Isso é muito fácil. O difícil, o que Deus espera de nós, é que sejamos cristãos no mundo que nos rodeia.
Neste momento, mais do que nunca, é urgentemente necessário que nos unamos em um só corpo, que instituamos um órgão evangélico interdenominacional que participe da vida deste país, para defender a grandeza dos planos que o Senhor tem para nossas vidas, para a vida do Brasil.
Ou seremos vomitados pela nossa omissão. É velho o ditado que afirma: a omissão dos bons é o que garante a vitória dos maus.
Que o Senhor nos abençoe e guarde.
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