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Palavra do leitor

Uma pena de esperança (homenagem a Rubem Alves)

‘’Vida cristã que não passa e perpassa por uma realidade de convivência, e isto envolve o participar, o partilhar e ser parceiro em comunidade, sem fazer disso uma espécie de gueto legalista e corporativista ou dos predestinados, não passa de uma perda de sentido e motivo, diante do tempo, pelo qual construímos os encontros e reencontros de nossa história interligada a Cruz.’’.

A figura desprovida de todos os aparatos do poder das aparências deu seu último suspiro. De certo, valho-me da frase esculpida acima para tentar escrever algo sobre Rubem Alves. É bem verdade, em toda sua fluência e confluência, tivemos a oportunidade de um espertar de nossa humanidade, de uma insistência por andar léguas a mais, de experimentarmos o chamado ao lúdico, a insurreição promovida pelas palavras, a ser banhado pelas lágrimas e pelo riso. Muito embora, as esferas midiáticas, tão somente, pincelaram fagulhas de uma pletora de legados, mesmo assim, Rubem Alves pintou os quadros da simplicidade e sinceridade, sem hostilizar, sem espezinhar, sem desfigurar, sem manter conchavos e ser amante dos conluios de um poder manipulador de vidas.

Sem sombra de dúvida, Rubem Alves percorreu por todas as tribos, todos os povos, todas as raças, todos os nichos de uma sociedade de multifaces e nuances. Não importa quem, fossem ricos ou pobres, fossem eruditos e simplórios, fossem catedráticas ou pelejadores do dia a dia, suas obras contribuíram para, em meio aos vendavais arriscar, desatar as cordas, deixar os ventos das decisões e dos desafios de ouvir mais, de ponderar mais, de alentar mais, de abraçar mais, de humanizar-se mais (assim como a loucura do Deus, ao qual se despiu de todas as vestes das fantasias criadas pelos homens), de descer pelas escadarias da vida e encontrar a mulher na eminência de ser apedrejada, do dilema do jovem rico, das dúvidas de Nicodemos, do ceticismo de Tomé, dos arroubos de Pedro, dos idealismos e das ideologias forjadas aldredor de si. Eis essa frágil, vulnerável, sem resistência pena de esperança, porque Rubem Alves pode ser percebido dessa maneira.

Vale dizer, o quanto essa pena fecundou páginas vazias, preencheu-as com a conjugação de alegria, justiça, misericórdia, de amor e sabor. Sim e sim, cada toque de Rubem Alves trazia o sabor da Graça despida dos grilhões dos templos, dos vendilhões da fé, dos negociadores da espiritualidade, por um prato de favores, e por ai vai. Nada mais nos resta, senão apreciarmos a eternidade pulsante e pujante de Rubem Alves, por meio de suas marcas que nos servem de uma inquietação para não desistir do próximo, da vida e de nós mesmos.
São Paulo - SP
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