Palavra do leitor
- 10 de dezembro de 2015
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Uma outra teologia
Em tempos de discussão sobre pós-modernidade, globalização, teologia liberal ou conservadora, detive-me a pensar na curva de minha própria teologia.
Estudei em escolas católicas nos primeiros anos escolares, fiz catecismo e primeira comunhão. Participei do movimento católico “De Colores”, antes de abandonar o catolicismo.
Aos 25 anos, converti-me ao protestantismo em uma Igreja Evangélica Pentecostal e não denominacional. Estudei teologia na Faculdade Teológica Batista de São Paulo e tornei-me membro de Igreja Batista.
Até ai tudo bem. Deus era bom, Pai, socorro bem presente nas horas difíceis, etc. Tinha resolvido minha vida espiritual com uma teologia triunfalista e imune a acontecimentos fortuitos.
Certo dia, essa posição mudou bruscamente. Nosso filho mais novo, o Thomas, nasceu com um grave problema cardíaco e escravizante. Então, descobri ser possuidor de um sistema de crenças equivocado. Minha eclesiologia era falsa, assim como a pneumologia, a soterologia, a antropologia, demoniologia, tudo estava furado.
Precisei reconstruir meu sistema de crenças. Uma outra teologia, onde Deus é Pai de toda a humanidade e não só dos filhos de Abraão. Uma Cristologia com um Jesus Cristo capaz de amar incondicionalmente. Uma eclesiologia com a dinâmica de dar e receber, de falar e ouvir, formada por pecadores em arrependimento. Um Espírito Santo sempre presente, mas nem sempre atuante. Livre arbítrio responsável onde minhas escolhas determinarão os acontecimentos futuros. Um Deus que ouve o tempo todo, falando sem cessar a um cristão incapaz de ouvir o tempo todo. Um convite a sofrer com Jesus, carregando a cruz com Ele, incluindo a opção de não aceitar as opções.
Descobri ainda, que todas essas mudanças tirar-me-iam da companhia dos meus antigos irmãos crentes, todos presos às suas velhas teologias pré-batismo com fogo. Não apenas isso, mas minha presença em suas Igrejas tornou-se indesejável e impossível. Acabaram os convites para pregar, palestrar, orar, etc… Passaram o giz branco em minha lapela.
Encontrei, em meu novo gueto, vários outros irmãos de nova teologia. Como eu, indecisos, inseguros, mas conscientes de suas novas cruzes. Resta-nos seguir adiante pregando nossa mensagem no deserto, preparando a vinda do Senhor. Ele vai voltar para buscar sua Igreja, não uma Igreja de pedras mortas, mas a Sua Igreja formada de Pedras Vivas.
Estudei em escolas católicas nos primeiros anos escolares, fiz catecismo e primeira comunhão. Participei do movimento católico “De Colores”, antes de abandonar o catolicismo.
Aos 25 anos, converti-me ao protestantismo em uma Igreja Evangélica Pentecostal e não denominacional. Estudei teologia na Faculdade Teológica Batista de São Paulo e tornei-me membro de Igreja Batista.
Até ai tudo bem. Deus era bom, Pai, socorro bem presente nas horas difíceis, etc. Tinha resolvido minha vida espiritual com uma teologia triunfalista e imune a acontecimentos fortuitos.
Certo dia, essa posição mudou bruscamente. Nosso filho mais novo, o Thomas, nasceu com um grave problema cardíaco e escravizante. Então, descobri ser possuidor de um sistema de crenças equivocado. Minha eclesiologia era falsa, assim como a pneumologia, a soterologia, a antropologia, demoniologia, tudo estava furado.
Precisei reconstruir meu sistema de crenças. Uma outra teologia, onde Deus é Pai de toda a humanidade e não só dos filhos de Abraão. Uma Cristologia com um Jesus Cristo capaz de amar incondicionalmente. Uma eclesiologia com a dinâmica de dar e receber, de falar e ouvir, formada por pecadores em arrependimento. Um Espírito Santo sempre presente, mas nem sempre atuante. Livre arbítrio responsável onde minhas escolhas determinarão os acontecimentos futuros. Um Deus que ouve o tempo todo, falando sem cessar a um cristão incapaz de ouvir o tempo todo. Um convite a sofrer com Jesus, carregando a cruz com Ele, incluindo a opção de não aceitar as opções.
Descobri ainda, que todas essas mudanças tirar-me-iam da companhia dos meus antigos irmãos crentes, todos presos às suas velhas teologias pré-batismo com fogo. Não apenas isso, mas minha presença em suas Igrejas tornou-se indesejável e impossível. Acabaram os convites para pregar, palestrar, orar, etc… Passaram o giz branco em minha lapela.
Encontrei, em meu novo gueto, vários outros irmãos de nova teologia. Como eu, indecisos, inseguros, mas conscientes de suas novas cruzes. Resta-nos seguir adiante pregando nossa mensagem no deserto, preparando a vinda do Senhor. Ele vai voltar para buscar sua Igreja, não uma Igreja de pedras mortas, mas a Sua Igreja formada de Pedras Vivas.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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