Palavra do leitor
- 01 de dezembro de 2008
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Uma nuvem de calor nos envolveu
Conhecedor dos meus hábitos, o porteiro do prédio onde eu morava me interfonou pedindo um pouco d'água para uma mendiga, me adiantando que ela já havia se alimentado. Peguei uma garrafa, um copo e desci. Sentada na escada encontrei uma mulher de traços finos e aproximadamente uns 40 anos, trajando um vestido florido em tons azuis.
Ao me ver disse que estava com fome. Ofereci-lhe água e o pão que desceu dos céus. Com sua aquiescência me sentei ao seu lado e comecei a conversar sobre coisas do reino. Vez por outra ela me perguntava num tom quase afirmativo se eu era Jesus. Sou Seu amigo, respondia e continuava a conversa.
Havia um leve cheiro de bebida e seu estado era lastimável. Suas pernas estavam pretas de sujeira. Os braços e o vestido também estavam bastante sujos, e uma secreção escura, quase preta, que ela limpava com a mão esquerda, escorria quase que intermitentemente de uma de suas narinas.
Aquela mulher vivia um drama. Havia perdido sua família, marido, filhas e a vontade de viver. Pedi para orar com ela. Passei meu braço sobre seu ombro e ela me estendeu a mão esquerda suja daquela secreção do nariz. Segurei sua mão, humana, quente e carente de amor e quando comecei a orar fomos envolvidos como que por uma nuvem de calor que testemunhava a presença do Espírito de Deus ali conosco. Foi um momento extraordinário.
Convidei-a para subir, tomar um banho, colocar uma roupa limpa e descansar numa cama decente. Não houve jeito, ainda que eu insistisse, ela não aceitou e ainda me recomendou que jogasse fora o copo em que havia bebido água numa demonstração de consciência. Deixei aberta as portas de minha casa para quando ela precisasse, nos despedimos e nunca mais a vi.
Quando narro essa passagem, me constrange o sentimento de que já fui uma pessoa bem melhor do que sou hoje e preciso me desvencilhar de algumas decepções que endureceram um pouco meu coração e retornar ao primeiro amor. Mas o propósito central dessa narrativa é dizer a você, meu irmão e minha irmã, que não esperem Deus movê-los em direção aos dramas humanos. Coisa do tipo “se for a vontade de Deus”; não é assim que as coisas acontecem. Não espere, tenha iniciativa, vá, abre teu coração, estende tua mão. Toca as feridas do mundo e você se encontrará com Deus no caminho. Ele sempre está no caminho.
Ao me ver disse que estava com fome. Ofereci-lhe água e o pão que desceu dos céus. Com sua aquiescência me sentei ao seu lado e comecei a conversar sobre coisas do reino. Vez por outra ela me perguntava num tom quase afirmativo se eu era Jesus. Sou Seu amigo, respondia e continuava a conversa.
Havia um leve cheiro de bebida e seu estado era lastimável. Suas pernas estavam pretas de sujeira. Os braços e o vestido também estavam bastante sujos, e uma secreção escura, quase preta, que ela limpava com a mão esquerda, escorria quase que intermitentemente de uma de suas narinas.
Aquela mulher vivia um drama. Havia perdido sua família, marido, filhas e a vontade de viver. Pedi para orar com ela. Passei meu braço sobre seu ombro e ela me estendeu a mão esquerda suja daquela secreção do nariz. Segurei sua mão, humana, quente e carente de amor e quando comecei a orar fomos envolvidos como que por uma nuvem de calor que testemunhava a presença do Espírito de Deus ali conosco. Foi um momento extraordinário.
Convidei-a para subir, tomar um banho, colocar uma roupa limpa e descansar numa cama decente. Não houve jeito, ainda que eu insistisse, ela não aceitou e ainda me recomendou que jogasse fora o copo em que havia bebido água numa demonstração de consciência. Deixei aberta as portas de minha casa para quando ela precisasse, nos despedimos e nunca mais a vi.
Quando narro essa passagem, me constrange o sentimento de que já fui uma pessoa bem melhor do que sou hoje e preciso me desvencilhar de algumas decepções que endureceram um pouco meu coração e retornar ao primeiro amor. Mas o propósito central dessa narrativa é dizer a você, meu irmão e minha irmã, que não esperem Deus movê-los em direção aos dramas humanos. Coisa do tipo “se for a vontade de Deus”; não é assim que as coisas acontecem. Não espere, tenha iniciativa, vá, abre teu coração, estende tua mão. Toca as feridas do mundo e você se encontrará com Deus no caminho. Ele sempre está no caminho.
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