Palavra do leitor
- 16 de novembro de 2012
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Uma luz dentro do túnel
Usamos a expressão, “uma luz no fim do túnel” com o fito de transmitir esperança, alento. Mas, o fim do túnel nos remete ao ar livre, e aí, mesmo durante a noite, há luz, em comparação com um túnel. Dessa forma, não há uma luz no fim do túnel, mas, a luz é o fim do túnel. E, quem precisa de esperança quando a realidade sorri?
Acho que carecemos uma luz quando dentro do túnel, em momentos de desespero, abandono, solidão. Nesses momentos, de certa forma estamos “sepultados vivos” e ansiamos que alguém abra nosso esquife.
Ser essa luz, esse amparo aos desvalidos da sorte demanda sensibilidade, empatia, senso de ocasião. Tem gente superficial que acha que a tristeza se remove com espanador, bastando repetir um ou dois chavões, estarão sendo conselheiros sábios.
Salomão, o grande sábio pensava diferente: “Prata escolhida é a língua do justo; o coração dos perversos é de nenhum valor.” Pv 10; 20 Ele não parecia advogar o teor meramente emotivo do falar, mas, mesmo com o fito de ajudar, balizar as palavras pela justiça, ou seja, sem falsear a verdade.
Não basta, pois, aos ouvidos de quem está sofrendo, desconsiderar os motivos, e tentar reanimar de forma superficial; “O que canta canções para o coração aflito é como aquele que despe a roupa num dia de frio, ou como o vinagre sobre salitre.” Pv 25; 20
Não podemos desconhecer a aflição de quem está sofrendo, tampouco mensurar a sua vera intensidade; afinal, seja alegria, seja tristeza que esteja em voga, só o seu hospedeiro a conhece. “O coração conhece a sua própria amargura, e o estranho não participará no íntimo da sua alegria.” Pv 14; 10
Ademais, a tristeza nem é de todo ruim. Nossas quedas eventuais, podem ser apenas os “dentes de leite” marcando etapas de nosso crescimento psicológico e espiritual; como disse alguém: “As verdadeiras desgraças são aquelas com as quais, nada aprendemos”.
E em termos docentes, a tristeza se avantaja em muito à alegria, como diz uma quadrinha que segue: “Andei uma légua com a alegria, incansável tagarela; ainda que falasse tanto, eu nada aprendi com ela; Andei uma légua com a tristeza, que sequer comigo falou; ah quanta coisa aprendi, quando a tristeza comigo andou!”
Então, se o trilho da vida nos conduz eventualmente a um túnel, passar com resignação e colher aprendizado será nossa luz; se alguém nesse estado carecer nossa ajuda, tenhamos senso de ocasião e prudência, como ensina o mesmo Sábio: “Como maçãs de ouro em salvas de prata, é a palavra dita no tempo certo”. Pv 25; 11
Certo é que, muito consolo, conselho, alento, vida, têm sido carreados nos vagões das palavras; entretanto, porção igual ou maior de vezes, a língua tem sido usada como punhal.
“Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores que teu silêncio”. Prov. indiano
Acho que carecemos uma luz quando dentro do túnel, em momentos de desespero, abandono, solidão. Nesses momentos, de certa forma estamos “sepultados vivos” e ansiamos que alguém abra nosso esquife.
Ser essa luz, esse amparo aos desvalidos da sorte demanda sensibilidade, empatia, senso de ocasião. Tem gente superficial que acha que a tristeza se remove com espanador, bastando repetir um ou dois chavões, estarão sendo conselheiros sábios.
Salomão, o grande sábio pensava diferente: “Prata escolhida é a língua do justo; o coração dos perversos é de nenhum valor.” Pv 10; 20 Ele não parecia advogar o teor meramente emotivo do falar, mas, mesmo com o fito de ajudar, balizar as palavras pela justiça, ou seja, sem falsear a verdade.
Não basta, pois, aos ouvidos de quem está sofrendo, desconsiderar os motivos, e tentar reanimar de forma superficial; “O que canta canções para o coração aflito é como aquele que despe a roupa num dia de frio, ou como o vinagre sobre salitre.” Pv 25; 20
Não podemos desconhecer a aflição de quem está sofrendo, tampouco mensurar a sua vera intensidade; afinal, seja alegria, seja tristeza que esteja em voga, só o seu hospedeiro a conhece. “O coração conhece a sua própria amargura, e o estranho não participará no íntimo da sua alegria.” Pv 14; 10
Ademais, a tristeza nem é de todo ruim. Nossas quedas eventuais, podem ser apenas os “dentes de leite” marcando etapas de nosso crescimento psicológico e espiritual; como disse alguém: “As verdadeiras desgraças são aquelas com as quais, nada aprendemos”.
E em termos docentes, a tristeza se avantaja em muito à alegria, como diz uma quadrinha que segue: “Andei uma légua com a alegria, incansável tagarela; ainda que falasse tanto, eu nada aprendi com ela; Andei uma légua com a tristeza, que sequer comigo falou; ah quanta coisa aprendi, quando a tristeza comigo andou!”
Então, se o trilho da vida nos conduz eventualmente a um túnel, passar com resignação e colher aprendizado será nossa luz; se alguém nesse estado carecer nossa ajuda, tenhamos senso de ocasião e prudência, como ensina o mesmo Sábio: “Como maçãs de ouro em salvas de prata, é a palavra dita no tempo certo”. Pv 25; 11
Certo é que, muito consolo, conselho, alento, vida, têm sido carreados nos vagões das palavras; entretanto, porção igual ou maior de vezes, a língua tem sido usada como punhal.
“Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores que teu silêncio”. Prov. indiano
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