Palavra do leitor
- 20 de janeiro de 2015
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Uma Igreja sem propósitos, vamos repensar?
"Uma vida de oração não nos afasta das demandas e das exigências, das inquietações e das incertezas da vida!"
Quero ser parte e participar de uma igreja sem propósitos. Sabe, desmuniciada de todo um emaranhado de dogmas e doutrinas comprometidas a amordaçar as liberdades. Sim e sim, adentrar na dimensão de um evangelho ancorado ao chamado do amor ao próximo, como processo de um resgate da minha dignidade e de que já fui aceito pela Graça.
Vou adiante, decido abrir mão de uma igreja orquestrada pelos propósitos de, simplesmente, formar bons homens e não os transformar, em sua existência e humanidade. Sem hesitar, uma igreja alforriada para abraçar mais, para ouvir mais, para falar, para discursar e atacar menos.
Aliás, uma igreja que não manda para a forca das inquisições a fecundidade das opiniões, que não pinta o quadro de um Cristo, segundo a sede virulenta dos homens pelo sucesso, por essa obsessão pelo triunfalismo voltado a satisfazer o próprio eu e nada mais. Pontuo, uma igreja sem os propósitos de uma oração de cartas marcadas e, em direção oposta, desemboque numa relação de entrega com o Criador.
Diga – se de passagem, uma oração que passa e perpassa por todos os enredos da arte, da música, da poesia, da ética, da ciência, do cinema, da literatura.
Nessa caminhada, não pelo ideal e muito menos pelo perfeito, aspiro ser parte e participar de uma igreja marcada por uma transcendência que me leve ao outro e haja a condição de sermos próximos; que não foge da luta, diante dos profundos cenários de vergonha social; que seja sensível a não abrir mão de ouvir a palavra e por onde os dons espirituais deságuem numa corporação solidária de uns para com os outros; uma igreja desafeita aos oráculos dos púlpitos, as lideranças carismáticas e sem nenhuma fagulha de finitude, de transitoriedade e de efemeridade.
Deixo ser mais, mais bem mais claro, uma igreja sem os propósitos de manter a Graça nos encontros dominicais, de o único sentido da Cruz se encontra nas miríades de campanhas para obter algum benefício, lá do alto; a par das demandas e das exigências, das inquietações e das incertezas da vida.
Não por menos, uma igreja submergida as utopias possíveis alderedor da cruz do samaritano, da mulher adultera, do cego Bartmeu, dos leprosos e de todos os anônimos banhados para os ajustes e acertos, com o próximo, consigo mesmo e com a vida. De observar, uma igreja movida pelo serviço, por ser serva e ir direção do servir, aqui, na realidade crua e nua, sem nenhuma visão abstrata.
Não paro por aqui, uma igreja que não se envergonha de rir e sorrir, de trabalhar por uma fé lúdica, por um olhar inocente, por uma espiritualidade submetida, em Cristo, e, expressamente, contagiada pelo sopro do viver, como condição fundamental de nossa identidade cristã. ·
Quero ser parte e participar de uma igreja sem propósitos. Sabe, desmuniciada de todo um emaranhado de dogmas e doutrinas comprometidas a amordaçar as liberdades. Sim e sim, adentrar na dimensão de um evangelho ancorado ao chamado do amor ao próximo, como processo de um resgate da minha dignidade e de que já fui aceito pela Graça.
Vou adiante, decido abrir mão de uma igreja orquestrada pelos propósitos de, simplesmente, formar bons homens e não os transformar, em sua existência e humanidade. Sem hesitar, uma igreja alforriada para abraçar mais, para ouvir mais, para falar, para discursar e atacar menos.
Aliás, uma igreja que não manda para a forca das inquisições a fecundidade das opiniões, que não pinta o quadro de um Cristo, segundo a sede virulenta dos homens pelo sucesso, por essa obsessão pelo triunfalismo voltado a satisfazer o próprio eu e nada mais. Pontuo, uma igreja sem os propósitos de uma oração de cartas marcadas e, em direção oposta, desemboque numa relação de entrega com o Criador.
Diga – se de passagem, uma oração que passa e perpassa por todos os enredos da arte, da música, da poesia, da ética, da ciência, do cinema, da literatura.
Nessa caminhada, não pelo ideal e muito menos pelo perfeito, aspiro ser parte e participar de uma igreja marcada por uma transcendência que me leve ao outro e haja a condição de sermos próximos; que não foge da luta, diante dos profundos cenários de vergonha social; que seja sensível a não abrir mão de ouvir a palavra e por onde os dons espirituais deságuem numa corporação solidária de uns para com os outros; uma igreja desafeita aos oráculos dos púlpitos, as lideranças carismáticas e sem nenhuma fagulha de finitude, de transitoriedade e de efemeridade.
Deixo ser mais, mais bem mais claro, uma igreja sem os propósitos de manter a Graça nos encontros dominicais, de o único sentido da Cruz se encontra nas miríades de campanhas para obter algum benefício, lá do alto; a par das demandas e das exigências, das inquietações e das incertezas da vida.
Não por menos, uma igreja submergida as utopias possíveis alderedor da cruz do samaritano, da mulher adultera, do cego Bartmeu, dos leprosos e de todos os anônimos banhados para os ajustes e acertos, com o próximo, consigo mesmo e com a vida. De observar, uma igreja movida pelo serviço, por ser serva e ir direção do servir, aqui, na realidade crua e nua, sem nenhuma visão abstrata.
Não paro por aqui, uma igreja que não se envergonha de rir e sorrir, de trabalhar por uma fé lúdica, por um olhar inocente, por uma espiritualidade submetida, em Cristo, e, expressamente, contagiada pelo sopro do viver, como condição fundamental de nossa identidade cristã. ·
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