Palavra do leitor
- 24 de abril de 2007
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Uma geração de Judas!
Vejo uma multidão correndo atrás de benção, ainda que "busquem" o abençoador, depositam esperanças em um Gezuz similar (nem genérico é mais), isso me fez refletir sobre algumas coisas.
Voltando a época em que Cristo esteve entre os homens, vejo que Jesus era tido por todo o povo como a solução do império de Israel (qualquer semelhança com certos "ministérios" não é mera coincidência), todos viam e nutriam em Jesus essa esperança. Até seus discípulos assim pensavam, Tiago e João queriam lugares de honra quando Cristo se tornasse rei, eles acreditavam que Jesus estabeleceria um reino "carnal/material" (ainda que o próprio Cristo estivesse lado a lado falando que não era bem isso), apenas mais tarde, após a morte e ressurreição de Cristo e a vinda do Espírito Santo, isso fica mais claro a eles, e assim o cristianismo ganha uma proporção maior.
Em relação a Judas a história é diferente, pois é o único dos doze que demonstra não ter entendido a verdadeira esperança que Jesus veio trazer ao mundo.
Alguns estudos afirmam que ele, por fazer parte de uma facção radical daqueles que se opunham à ocupação romana e acreditavam na retomada de Israel por caminhos inclusive violentos, esperava de Jesus o Messias que finalmente derrubaria o poder que oprimia seu povo (coisa que ainda hoje os crentes esperam que Cristo faça).
No quadro de um Messianismo Político do Século I, Judas estaria convencido de que Jesus, com todo o seu poder, concretizaria a chegada do reino tão desejado por Israel, ao constatar que Jesus optava por um messianismo de serviço humilde e uma entrega não violenta da vida, com o tempo, começou a sentir-se desiludido, porque Jesus não teria correspondido aos seus ideais e expectativas. Desencantado com Jesus, o entrega ao Sinédrio, e assim se torna o traidor.
A motivação de Judas em seguir a Jesus estava errada, apesar de ter sido chamado, de acompanhar o Mestre como os demais, de receber insultos com ele, se alegrar com ele em suas vitórias, apesar de ter sido testemunha de toda a glória do Senhor, e nela alegrar-se, apesar de tudo isso, seu relacionamento era equivocado, sua motivação era encontrar em Jesus um bem-estar pessoal, seu interesse era realizar seu sonho e isso fez com que ele criasse um Gezuz segundo seus ideais, com isso ele deixa de enxergar o Jesus e perde a oportunidade de entender sua mensagem que era (é), simples.
O Gezuz que Judas criou para si deveria, depois de ter entrado em Jerusalém, rumado em direção ao palácio, pois ele era um rei até chegou ser aclamado como um, mas Cristo Jesus, o libertador do povo foi em direção ao templo. Que decepção! Será que vale a pena continuar andando com o Cristo? Meu medo é que cada vez mais as pessoas se façam essa pergunta, ou pior que cheguem a se decepcionar, assim como Judas.
Nossa época tem sido marcada por pessoas que tem criado um Gezuz ao seu gosto, tem depositado esperanças equivocadas em um Gezuz que visa um reino “carnal/material”, vejo multidões esperando de Cristo um libertador do Brasil, esperam um “rei”, assim como o povo de Israel esperavam, assim como Judas esperou, vejo multidões motivadas a encontrar em Jesus apenas um bem-estar pessoal, ainda esperam que o reino de Deus na terra seja estabelecido de forma política, ainda constroem um relacionamento equivocado com Deus, as prioridades do povo ainda são confusas porque criam um Gezuz segundo seus ideais, por isso não enxergam o Jesus, e perdem a oportunidade de compreender sua mensagem que é simples.
Em meio a essa geração de Judas surgem cada vez mais pessoas com as mesmas características desse discípulo, cada vez mais “ministérios/líderes” com a promessa de que o Brasil será restaurado e com a idéia de que quando o reino de Jesus vir sobre a terra as agências bancárias, as escolas, os supermercados, etc, etc... tudo vai melhorar. Vejo o quanto é perigoso esses “ministérios" alimentarem no povo essa “esperança” de que Jesus tem interesse de restaurar o país, ou que estabelecer seu reino sobre a terra implica em fazer uma revolução social, econômica e política, estão formando uma geração de Judas, onde jovens estão depositando suas esperanças em um modelo de reino do qual Jesus não veio estabelecer, segundo a Bíblia esse governo onde tudo será bom e confortável pra população terrena, é o Governo do anti-cristo, pra nós cristãos as promessas de últimos tempos são de dias ruins, difíceis e somos orientados o tempo todo a seguirmos pro alvo que é Cristo visando o reino celestial, corremos uma corrida em que o “prêmio” final é uma coroa incorruptível.
Faltam homens e mulheres de Deus dispostos a “realizar”, e sobram pessoas com a intenção de proclamar seus sonhos em nome de Deus, infelizmente os líderes “cristãos” que ganham destaque estão mais preocupados em fazer seus nomes conhecidos, vender cd/dvd ou acumular fortuna, do que fazer a obra que Deus nos confiou.
Paz.
Voltando a época em que Cristo esteve entre os homens, vejo que Jesus era tido por todo o povo como a solução do império de Israel (qualquer semelhança com certos "ministérios" não é mera coincidência), todos viam e nutriam em Jesus essa esperança. Até seus discípulos assim pensavam, Tiago e João queriam lugares de honra quando Cristo se tornasse rei, eles acreditavam que Jesus estabeleceria um reino "carnal/material" (ainda que o próprio Cristo estivesse lado a lado falando que não era bem isso), apenas mais tarde, após a morte e ressurreição de Cristo e a vinda do Espírito Santo, isso fica mais claro a eles, e assim o cristianismo ganha uma proporção maior.
Em relação a Judas a história é diferente, pois é o único dos doze que demonstra não ter entendido a verdadeira esperança que Jesus veio trazer ao mundo.
Alguns estudos afirmam que ele, por fazer parte de uma facção radical daqueles que se opunham à ocupação romana e acreditavam na retomada de Israel por caminhos inclusive violentos, esperava de Jesus o Messias que finalmente derrubaria o poder que oprimia seu povo (coisa que ainda hoje os crentes esperam que Cristo faça).
No quadro de um Messianismo Político do Século I, Judas estaria convencido de que Jesus, com todo o seu poder, concretizaria a chegada do reino tão desejado por Israel, ao constatar que Jesus optava por um messianismo de serviço humilde e uma entrega não violenta da vida, com o tempo, começou a sentir-se desiludido, porque Jesus não teria correspondido aos seus ideais e expectativas. Desencantado com Jesus, o entrega ao Sinédrio, e assim se torna o traidor.
A motivação de Judas em seguir a Jesus estava errada, apesar de ter sido chamado, de acompanhar o Mestre como os demais, de receber insultos com ele, se alegrar com ele em suas vitórias, apesar de ter sido testemunha de toda a glória do Senhor, e nela alegrar-se, apesar de tudo isso, seu relacionamento era equivocado, sua motivação era encontrar em Jesus um bem-estar pessoal, seu interesse era realizar seu sonho e isso fez com que ele criasse um Gezuz segundo seus ideais, com isso ele deixa de enxergar o Jesus e perde a oportunidade de entender sua mensagem que era (é), simples.
O Gezuz que Judas criou para si deveria, depois de ter entrado em Jerusalém, rumado em direção ao palácio, pois ele era um rei até chegou ser aclamado como um, mas Cristo Jesus, o libertador do povo foi em direção ao templo. Que decepção! Será que vale a pena continuar andando com o Cristo? Meu medo é que cada vez mais as pessoas se façam essa pergunta, ou pior que cheguem a se decepcionar, assim como Judas.
Nossa época tem sido marcada por pessoas que tem criado um Gezuz ao seu gosto, tem depositado esperanças equivocadas em um Gezuz que visa um reino “carnal/material”, vejo multidões esperando de Cristo um libertador do Brasil, esperam um “rei”, assim como o povo de Israel esperavam, assim como Judas esperou, vejo multidões motivadas a encontrar em Jesus apenas um bem-estar pessoal, ainda esperam que o reino de Deus na terra seja estabelecido de forma política, ainda constroem um relacionamento equivocado com Deus, as prioridades do povo ainda são confusas porque criam um Gezuz segundo seus ideais, por isso não enxergam o Jesus, e perdem a oportunidade de compreender sua mensagem que é simples.
Em meio a essa geração de Judas surgem cada vez mais pessoas com as mesmas características desse discípulo, cada vez mais “ministérios/líderes” com a promessa de que o Brasil será restaurado e com a idéia de que quando o reino de Jesus vir sobre a terra as agências bancárias, as escolas, os supermercados, etc, etc... tudo vai melhorar. Vejo o quanto é perigoso esses “ministérios" alimentarem no povo essa “esperança” de que Jesus tem interesse de restaurar o país, ou que estabelecer seu reino sobre a terra implica em fazer uma revolução social, econômica e política, estão formando uma geração de Judas, onde jovens estão depositando suas esperanças em um modelo de reino do qual Jesus não veio estabelecer, segundo a Bíblia esse governo onde tudo será bom e confortável pra população terrena, é o Governo do anti-cristo, pra nós cristãos as promessas de últimos tempos são de dias ruins, difíceis e somos orientados o tempo todo a seguirmos pro alvo que é Cristo visando o reino celestial, corremos uma corrida em que o “prêmio” final é uma coroa incorruptível.
Faltam homens e mulheres de Deus dispostos a “realizar”, e sobram pessoas com a intenção de proclamar seus sonhos em nome de Deus, infelizmente os líderes “cristãos” que ganham destaque estão mais preocupados em fazer seus nomes conhecidos, vender cd/dvd ou acumular fortuna, do que fazer a obra que Deus nos confiou.
Paz.
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