Apoie com um cafezinho
Olá visitante!
Cadastre-se

Esqueci minha senha

  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.

Palavra do leitor

Uma eleição que está sob suspeita

Não gosto de ficar repetindo os assuntos, pois isto dá a impressão de que estou sem assuntos e alimentando os leitores com comida requentada. Mas quero falar algo em torno da eleição que ocorreu recentemente para a presidência da República Federativa do Brasil. Nunca na minha vida de cronista, analista, muitas vezes polêmico, vi algo igual ou próximo do que vimos e ainda estamos vendo.

Eu sempre acreditei em eleições, sempre votei, nunca anulei o meu voto, nem votei em branco, há 40 anos. E sempre acompanhei e acreditei na lisura das eleições. Quando surgiram as urnas eletrônicas entendi como um avanço que ia facilitar e até ia corrigir alguns possíveis erros na contagem dos votos. Não sou deste tempo, mas dizem que antigamente se votava assinando um livro. E muita gente era incentivada a ir votar recebendo em troca um pão com mortadela. Quando se perguntava em quem o eleitor votou, ele dizia prontamente: "Eu votei no pão com "mortandela". Isto foi no tempo em que amarravam cachorro com mortadela, digo, linguiça.

Mas vamos aos fatos: Como eu disse em epígrafe, sempre acreditei na lisura das eleições. Hoje, porém, não acredito mais por um motivo: há fortes suspeitas de fraude e manipulação das urnas, e se há suspeitas tem-se que apurar. Ademais, nunca se fez uma apuração como na última eleição. Sempre as apurações são feitas voto a voto. Milhões de internautas, telespectadores, rádio-ouvintes ficaram aguardando a contagem tradicional dos votos, principalmente porque o candidato da oposição aparecia bem à frente em quase todas as pesquisas (exceto o Data-Folha e o Ibope, que marcavam um empate técnico entre os candidatos). Mas nada acontecia, tudo continuava no zero a zero. Estranhei este fato, mas hoje, juntamente com milhões de eleitores,eu posso imaginar por que isto aconteceu. Por isto defendo que se faça uma auditoria, alguma coisa, mesmo sabendo que isto não vai acontecer e não adiantaria nada.

A gente ouve falar tanto em fraude em eleições presidenciais de vários países, e quando isto supostamente acontece por aqui é como se não adiantasse acreditar em mais nada e em ninguém. Não há mais sagrado no mundo do que a consciência do eleitor. Por fim, com mais de 95% das urnas apuradas, muitas delas suspeitas, como se soube depois,é que se deu o resultado que favorecia a candidata oficial por pequena margem de votos. Alguma coisa já deveria ter sido feita, até para dirimir as dúvidas quanto ao pleito. Mas nada se fez, nada se faz e nada vai se fazer. Essa eleição já passou para a história e vai carregar consigo essa mancha. Acredito que milhões de cidadãos eleitores, assim como eu, não vão acreditar mais em lisura e seriedade em nenhuma eleição.

Este outro assunto já foi muito comentado, de ambos os lados, mas foi vergonhosa a exploração que se fez do Programa Bolsa Família, do Governo Federal. Em muitas cidades, principalmente em Minas, carros de som percorreram as ruas da periferia afirmando em alto som que se o "candidato da mudança" ganhasse a eleição ele ia acabar com o Programa Bolsa Família. Mentira! O que estava em projeto era moralizar o Programa, melhorá-lo e tentar dissociá-lo da política partidária. Afinal, o eleitor deve sempre votar com a sua consciência, e não votar em alguém em troca de alguns reais mensalmente. Isto chega a ser desumano e humilhante. Nenhum brasileiro, em sã consciência, é contra quaisquer programas sociais, os quais existem desde o tempo dos governos militares. E hoje tentam impingir às pessoas que são contra as chantagens e as mentiras disseminadas em época de campanha. Na verdade, o Governo escondeu, ou tentou esconder a verdadeira situação do País, através dos dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), varreu dados importantes para debaixo do tapete. (Vide Folha de S. Paulo, de 23-10-2014). E hoje nós vemos na mídia a realidade em que vivemos, pois todos nós sabemos que a mentira tem perna curta. É só ouvir e ver os telejornais, ler a internet, os jornais impressos, ouvir as rádios para ver e sentir a nossa realidade pós eleição, a qual é decadente em todos os setores.

Por fim é necessário dizer mais uma vez que não sou filiado a nenhum partido, não odeio a nenhum partido assim como não amo de paixão a nenhum político. Mas sou "povão" e não aceito que se use as pessoas e em troca façam chantagem com um programa social que não é de nenhum governo ou partido, mas sim do povo, pago pelo povo e que deve ser administrado para o povo, e não somente com fins eleitoreiros como tem acontecido.

Pela primeira vez numa eleição me senti frustrado, não com o resultado em si, embora ele esteja sob fortes suspeitas de manipulação, mas com a forma como tudo foi conduzido e se chegou a um resultado final, que pelos antecedentes já era previsível. Pensei que só no futebol a gente via essas coisas. Neste ano (2014) sim, tivemos uma eleição que está e continua sob suspeita. Mas vai ficar por isto mesmo, como tudo neste País.
Mogi Guaçu - SP
Textos publicados: 606 [ver]

Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.

Ultimato quer falar com você.

A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.

PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Opinião do leitor

Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Escreva um artigo em resposta

Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.