Palavra do leitor
- 04 de novembro de 2018
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Um retrato
Um retrato, uma figura, podem dizer muito. Podem ensinar lições, declamar versos e causar emoções. Um simples retrato na parede, ou mesmo jogado em algum canto pode falar tanto e até causar espanto. É só olhar bem, prestar atenção, abrir o coração e ouvir a mensagem, a canção. Um retrato pode falar muito e nos ensinar preciosas lições. Pode mexer conosco, pode provocar profundas emoções. Nunca devemos ignorar um retrato na parede. Com estas palavras, olhando um retrato, me disponho e me ponho a escrever mais uma crônica.
Na vida existem momentos e objetos que formam versos e contam histórias que preenchem esse espaço tão amado e tão querido que é a nossa vida. É incrível como as coisas se encaixam e se tocam, cada uma com a sua função, o seu valor. É só observar as nuances, se ater às histórias, criar personagens, voltar no tempo e se arremeter no espaço para podermos abraçar e curtir o que a vida nos oferece graciosamente. Não me lembro do meu primeiro retrato, naquele tempo já tinha retratos, mas eu só vim a "me conhecer" quando fui tirar os meus documentos e, finalmente, posei e deixei me fotografar, um pouco assustado, e depois vi o resultado tão esperado...
De lá para cá comecei a observar os detalhes tantos e então pude ver além da vista, pude imaginar o retrato na parede e perceber que ele queria falar comigo. Com o seu jeito, ele me dizia palavras, embora já estivesse cansado e até amassado, corroído pelo tempo ali inerte e desprezado. Depois vi outros retratos: quadros de "santos" na casa de um vizinho me olhando muitas vezes com ar de reprovação. E outros eu vi pela vida afora, cada um com a sua história, com sua tristeza, pendentes na parede, empoeirados, tristes a abandonados. Vi um retrato de Jesus, da virgem com seus olhos azuis e sua beleza inegável. Mas o meu retrato não foi colocado na parede, apenas foi colado numa folha da minha CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social).
Um turbilhão de pensamentos, depois vieram outros retratos que ficaram amarelados e foram amassados. E hoje eu ainda os vejo e os contemplo com a mesma atenção e ansiedade. Por que um retrato, uma fotografia fala tanto conosco? Carlos Drummond de Andrade, no seu poema Confidências do itabirano, fez uma homenagem à sua terra natal, Itabira MG, e termina assim o seu famoso poema: "Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói!". Eu fico imaginando o poeta olhando a fotografia na parede e lembrando de sua terra, depois ele escreve esse poema tão lindo, que ficou conhecido mundialmente e depois foi traduzido para vários idiomas. A foto, o retrato trazem inspiração, mexem com o nosso subconsciente, com as nossas emoções. Acredito que todos já tiveram essa sensação, já sentiram esse arrepio. Por isso, nunca devemos ignorar um retrato na parede.
Na vida existem momentos e objetos que formam versos e contam histórias que preenchem esse espaço tão amado e tão querido que é a nossa vida. É incrível como as coisas se encaixam e se tocam, cada uma com a sua função, o seu valor. É só observar as nuances, se ater às histórias, criar personagens, voltar no tempo e se arremeter no espaço para podermos abraçar e curtir o que a vida nos oferece graciosamente. Não me lembro do meu primeiro retrato, naquele tempo já tinha retratos, mas eu só vim a "me conhecer" quando fui tirar os meus documentos e, finalmente, posei e deixei me fotografar, um pouco assustado, e depois vi o resultado tão esperado...
De lá para cá comecei a observar os detalhes tantos e então pude ver além da vista, pude imaginar o retrato na parede e perceber que ele queria falar comigo. Com o seu jeito, ele me dizia palavras, embora já estivesse cansado e até amassado, corroído pelo tempo ali inerte e desprezado. Depois vi outros retratos: quadros de "santos" na casa de um vizinho me olhando muitas vezes com ar de reprovação. E outros eu vi pela vida afora, cada um com a sua história, com sua tristeza, pendentes na parede, empoeirados, tristes a abandonados. Vi um retrato de Jesus, da virgem com seus olhos azuis e sua beleza inegável. Mas o meu retrato não foi colocado na parede, apenas foi colado numa folha da minha CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social).
Um turbilhão de pensamentos, depois vieram outros retratos que ficaram amarelados e foram amassados. E hoje eu ainda os vejo e os contemplo com a mesma atenção e ansiedade. Por que um retrato, uma fotografia fala tanto conosco? Carlos Drummond de Andrade, no seu poema Confidências do itabirano, fez uma homenagem à sua terra natal, Itabira MG, e termina assim o seu famoso poema: "Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói!". Eu fico imaginando o poeta olhando a fotografia na parede e lembrando de sua terra, depois ele escreve esse poema tão lindo, que ficou conhecido mundialmente e depois foi traduzido para vários idiomas. A foto, o retrato trazem inspiração, mexem com o nosso subconsciente, com as nossas emoções. Acredito que todos já tiveram essa sensação, já sentiram esse arrepio. Por isso, nunca devemos ignorar um retrato na parede.
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