Palavra do leitor
08 de março de 2025
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Um "ex-cristão" é um homem de ânimo dobre?
Grande parte do meio evangélico é moralista e tende a colocar um fardo na vida dos crentes, mas isso não significa que a real vida cristã não seja leve e feliz, embora exija renúncia e genuína santidade que começa dentro do coração regenerado pelo Espírito. Se parâmetros exteriores legalistas de alguns segmentos do cristianismo alienam e oprimem, existem razões mais elevadas para o cristão permanecer firme, fiel e fundamentado na Palavra de Deus - tendo o amor por base desse relacionamento.
A verdadeira conversão, novo nascimento e encontro com Jesus, resulta numa vida transformada de crescimento espiritual e paz interior. Sem essa experiência, um mero cristianismo nominal pode levar ao fracasso de cinco terrenos básicos: 1) Legalismo que centra a vida cristã na tentativa de se obter a salvação pelo esforço 2) "Hiper graça" que incentiva sutil licenciosidade e negação da santidade 3) Uma "vida dupla" que alterna piedade e prática pecaminosa acariciada 4) Apostasia, renúncia da fé e rendição a uma deliberada vida ímpia.
Se apesar de provações, tentações, dúvidas ou mesmo eventuais tropeços, a sublime alegria de um viver em Cristo não preencher a alma do crente e trazer-lhe direção na Palavra, sua jornada espiritual será como a de um homem de ânimo dobre: divido, confuso, inconstante (Tg 1:8).
No entanto, somente um professo cristão com mentalidade semelhante à de um Fariseu (Parábola contada por Jesus) poderia imaginar-se um "meritocrata" religioso tão perfeito a ponto de ser cegado pelo autoengano e presunção da superioridade moral e espiritual ("santidade") frente aos demais pecadores - "Publicanos". Lc 18:10-14.
Porque ninguém é tão maduro, santo, experiente, sábio, forte e infalível espiritualmente que não possa tropeçar ou compartilhar das fraquezas e fardos dos irmãos em sua verdadeira humanidade, pois ainda que não pratique pecados em comum, isso não significa que não carecerá igualmente da misericórdia e socorro junto ao trono da graça em tempo oportuno (Hb 4:16), pois Aquele que não cometeu pecado, o fez pecado por nós (2Co 5:21).
A Bíblia ensina não somente que todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rm3:23), mas que precisamos levar as cargas uns dos outros (Gl 6:2) e chorar com os que choram e se alegrar com os que se alegram (Rm 12:15). Se estamos realmente em família espiritual, jamais deveríamos aproveitar fraquezas alheias para justificar linchamento moral. Muito menos agir como Caim ao afirmar: Não sou tutor (guardião - guarda-costas) do meu irmão.
Embora não devamos invadir a vida pessoal de outros nem assumir as responsabilidades ou consequências das escolhas delas; embora as pessoas que amamos (ou estejam em algum grau sob nossa influência) tenham o direito legítimo de suas decisões como adultas, fomos comissionados por Deus a oferecer em Jesus ânimo aos que estão em crise espiritual ou prestes a renunciar a fé.
Algumas vezes recebi pedidos de ajuda por parte de pessoas próximas com aparência de fé inabalável e insuspeita de tendência a apostasia espiritual, mas confidenciando-me ausência de forças para prosseguir. Parafraseando o inesquecível Elben César: "Nem todo crente morre crente e nem todo ateu morre ateu. Muitas vezes o crente precisará de ajuda para continuar crendo e o ateu para passar a acreditar".
O saudoso amigo que me presenteou a assinatura de ULTIMATO em 2009, disse-me certa vez gostar de ouvir a música "Permanecer" (Nelson Bomilcar) em sua juventude, quando tentado a abandonar a fé cristã, pois tal canção o motivava a perseverar em momentos de dúvidas. Este amigo já tinha rompido seu vínculo definitivo com a igreja (institucional) quando me conheceu, mas apesar de toda sua postura agnóstica, sincera e crítica, creio que aportou na fé ao final de sua jornada.
Daniel Pax viralizou na internet ao dizer: "Jesus não te faz feliz. Ele não aparece [...] Você já nasceu devendo porque Ele morreu em seu lugar... Mas eu não pedi! Você já nasce com esse peso... Transar não pode...Beber não pode! Se te faz feliz é pecado...".
Pax precisa ser abraçado e confrontado amistosamente. Ele confunde divertimento/hedonismo com felicidade. Não pode ser aplaudido. E fracos na fé em busca de respostas ante tal discurso, precisam ser esclarecidos.
Jesus não prometeu felicidade no sentido de ser útil para nossos caprichos. Não pedimos Sua morte por nós do mesmo modo que "nascemos sem pedir e morremos sem querer". Entre não ter existido e ter a chance de viver eternamente há uma dádiva incomparável.
Sendo filho de pastor (Nietzsche e tantos também), Pax revela a tristeza de uma vida religiosa baseada em regras sem sentido – não princípios. Lembra-me os amigos com objeções e críticas facilmente respondíveis teológica e apologeticamente, cujas angústias confirmariam o título do livro (O Jesus que eu nunca conheci) de um autor indispensável: Philip Yancey.
Pax conhece muito de música. Não diria o mesmo de Bíblia. Mas que ele não duvide: conhecer o Jesus Vivo e das Escrituras é tudo!
A verdadeira conversão, novo nascimento e encontro com Jesus, resulta numa vida transformada de crescimento espiritual e paz interior. Sem essa experiência, um mero cristianismo nominal pode levar ao fracasso de cinco terrenos básicos: 1) Legalismo que centra a vida cristã na tentativa de se obter a salvação pelo esforço 2) "Hiper graça" que incentiva sutil licenciosidade e negação da santidade 3) Uma "vida dupla" que alterna piedade e prática pecaminosa acariciada 4) Apostasia, renúncia da fé e rendição a uma deliberada vida ímpia.
Se apesar de provações, tentações, dúvidas ou mesmo eventuais tropeços, a sublime alegria de um viver em Cristo não preencher a alma do crente e trazer-lhe direção na Palavra, sua jornada espiritual será como a de um homem de ânimo dobre: divido, confuso, inconstante (Tg 1:8).
No entanto, somente um professo cristão com mentalidade semelhante à de um Fariseu (Parábola contada por Jesus) poderia imaginar-se um "meritocrata" religioso tão perfeito a ponto de ser cegado pelo autoengano e presunção da superioridade moral e espiritual ("santidade") frente aos demais pecadores - "Publicanos". Lc 18:10-14.
Porque ninguém é tão maduro, santo, experiente, sábio, forte e infalível espiritualmente que não possa tropeçar ou compartilhar das fraquezas e fardos dos irmãos em sua verdadeira humanidade, pois ainda que não pratique pecados em comum, isso não significa que não carecerá igualmente da misericórdia e socorro junto ao trono da graça em tempo oportuno (Hb 4:16), pois Aquele que não cometeu pecado, o fez pecado por nós (2Co 5:21).
A Bíblia ensina não somente que todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rm3:23), mas que precisamos levar as cargas uns dos outros (Gl 6:2) e chorar com os que choram e se alegrar com os que se alegram (Rm 12:15). Se estamos realmente em família espiritual, jamais deveríamos aproveitar fraquezas alheias para justificar linchamento moral. Muito menos agir como Caim ao afirmar: Não sou tutor (guardião - guarda-costas) do meu irmão.
Embora não devamos invadir a vida pessoal de outros nem assumir as responsabilidades ou consequências das escolhas delas; embora as pessoas que amamos (ou estejam em algum grau sob nossa influência) tenham o direito legítimo de suas decisões como adultas, fomos comissionados por Deus a oferecer em Jesus ânimo aos que estão em crise espiritual ou prestes a renunciar a fé.
Algumas vezes recebi pedidos de ajuda por parte de pessoas próximas com aparência de fé inabalável e insuspeita de tendência a apostasia espiritual, mas confidenciando-me ausência de forças para prosseguir. Parafraseando o inesquecível Elben César: "Nem todo crente morre crente e nem todo ateu morre ateu. Muitas vezes o crente precisará de ajuda para continuar crendo e o ateu para passar a acreditar".
O saudoso amigo que me presenteou a assinatura de ULTIMATO em 2009, disse-me certa vez gostar de ouvir a música "Permanecer" (Nelson Bomilcar) em sua juventude, quando tentado a abandonar a fé cristã, pois tal canção o motivava a perseverar em momentos de dúvidas. Este amigo já tinha rompido seu vínculo definitivo com a igreja (institucional) quando me conheceu, mas apesar de toda sua postura agnóstica, sincera e crítica, creio que aportou na fé ao final de sua jornada.
Daniel Pax viralizou na internet ao dizer: "Jesus não te faz feliz. Ele não aparece [...] Você já nasceu devendo porque Ele morreu em seu lugar... Mas eu não pedi! Você já nasce com esse peso... Transar não pode...Beber não pode! Se te faz feliz é pecado...".
Pax precisa ser abraçado e confrontado amistosamente. Ele confunde divertimento/hedonismo com felicidade. Não pode ser aplaudido. E fracos na fé em busca de respostas ante tal discurso, precisam ser esclarecidos.
Jesus não prometeu felicidade no sentido de ser útil para nossos caprichos. Não pedimos Sua morte por nós do mesmo modo que "nascemos sem pedir e morremos sem querer". Entre não ter existido e ter a chance de viver eternamente há uma dádiva incomparável.
Sendo filho de pastor (Nietzsche e tantos também), Pax revela a tristeza de uma vida religiosa baseada em regras sem sentido – não princípios. Lembra-me os amigos com objeções e críticas facilmente respondíveis teológica e apologeticamente, cujas angústias confirmariam o título do livro (O Jesus que eu nunca conheci) de um autor indispensável: Philip Yancey.
Pax conhece muito de música. Não diria o mesmo de Bíblia. Mas que ele não duvide: conhecer o Jesus Vivo e das Escrituras é tudo!
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