Palavra do leitor
- 12 de janeiro de 2013
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Um dia a gente cresce...
Meu professor de história costumava dizer que "só há duas fases para se ler e compreender "O Pequeno Príncipe", na infância ou na maturidade".
Realmente o distanciamento é algo imprescindível para o nosso amadurecimento. Há vinte e três anos devorei um determinado livro e "fingi pra mim mesmo" que foi muito proveitosa àquela leitura. Lembro-me de recomendá-lo para alguns colegas endossando-o com "minhas considerações", que ridículo.
Dez anos depois, voltei meus olhos para o mesmo livro e decidi dar uma olhada casual. Para meu espanto descobri que nunca havia lido aquele livro. Isso mesmo! Quando comecei a "reler", percebi que estava diante de algo simplesmente profundo que na época que comprei tal livro, não tinha se quer "mundo" suficiente para acompanhar o universo espalhado naquelas páginas.
Trago essa experiência para todos os campos da minha vida e observo calado o movimento de gente "fingindo" entender tudo sobre tudo, quando o melhor seria pelo menos, perguntar ao invés de fazer papel de tolo com respostas fúteis que não resistirão aos próximos anos.
Quando a gente é menino, pensa e tagarela como menino, até que a gente cresce e então descobre que não é vergonhoso perguntar quando não se sabe ou não se entendeu isso ou aquilo. Ouvir as fantasias da criançada é divertido e saudável, mas gente "grande" fingindo que já entendeu tudo da vida é triste e fatal, se não crescer é claro. Quando eu era menino, disse Paulo, pensava e falava como menino, mas quando cresci, deixei as coisas de menino.
Nas palavras de meu pai, tem velho menino e menino velho. Ou seja, o envelhecimento não diz muita coisa quando não se amadurece. Uma piada fecha bem essa questão. Tive um colega de trabalho (há mil anos) que se embriagava com o próprio discurso. Depois de concluir uma das suas peças desastrosas, perguntou pra quem ouviu; e ai, o que achou? Bom, você calado parece ter trinta e cinco anos, mas falando... uns nove ou dez.
Um dia a gente cresce.
Realmente o distanciamento é algo imprescindível para o nosso amadurecimento. Há vinte e três anos devorei um determinado livro e "fingi pra mim mesmo" que foi muito proveitosa àquela leitura. Lembro-me de recomendá-lo para alguns colegas endossando-o com "minhas considerações", que ridículo.
Dez anos depois, voltei meus olhos para o mesmo livro e decidi dar uma olhada casual. Para meu espanto descobri que nunca havia lido aquele livro. Isso mesmo! Quando comecei a "reler", percebi que estava diante de algo simplesmente profundo que na época que comprei tal livro, não tinha se quer "mundo" suficiente para acompanhar o universo espalhado naquelas páginas.
Trago essa experiência para todos os campos da minha vida e observo calado o movimento de gente "fingindo" entender tudo sobre tudo, quando o melhor seria pelo menos, perguntar ao invés de fazer papel de tolo com respostas fúteis que não resistirão aos próximos anos.
Quando a gente é menino, pensa e tagarela como menino, até que a gente cresce e então descobre que não é vergonhoso perguntar quando não se sabe ou não se entendeu isso ou aquilo. Ouvir as fantasias da criançada é divertido e saudável, mas gente "grande" fingindo que já entendeu tudo da vida é triste e fatal, se não crescer é claro. Quando eu era menino, disse Paulo, pensava e falava como menino, mas quando cresci, deixei as coisas de menino.
Nas palavras de meu pai, tem velho menino e menino velho. Ou seja, o envelhecimento não diz muita coisa quando não se amadurece. Uma piada fecha bem essa questão. Tive um colega de trabalho (há mil anos) que se embriagava com o próprio discurso. Depois de concluir uma das suas peças desastrosas, perguntou pra quem ouviu; e ai, o que achou? Bom, você calado parece ter trinta e cinco anos, mas falando... uns nove ou dez.
Um dia a gente cresce.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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