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Palavra do leitor

Um Deus vingador

"Minha é a vingança; eu retribuirei", diz o Senhor – Romanos 12:19.

As pessoas, especialmente de hoje, têm muita dificuldade em conceberem um Deus vingador. Há razões plausíveis para isto. Temos motivos justos para crermos num Deus que tudo perdoa... Mas esse não é o Deus que Jesus Cristo nos revelou. Deus estabelece certos limites. Jesus alertou para a condenação eterna.

Quando Rubem Alves argumentava que toda a teologia cristã está apoiada sobre o medo da condenação do inferno, ele não estava completamente errado, mas estava bem errado: ele acertou ao perceber que o medo pelo inferno pode ser instrumentalizado pela igreja, e muitas vezes foi e ainda é, de forma desequilibrada e manipulativa. Ele acertou sem querer ao intuir que a condenação ao inferno é algo tremendamente central na mensagem cristã, pois significa a separação eterna do homem de seu criador. Mas ele errou ao pensar que toda teologia cristã se apoia nesse perigo.

A existência humana é que assiste este perigo. As consequências do pecado já são sentidas de forma imediata por todos nós, aqui neste mundo. Às vezes o inferno nos rodeia, e não muito raro ele se instala já dentro da alma daqueles que não conhecem o perdão divino. Não é uma questão teológica, é mera questão empírica!

Se não há punição o mal teria triunfado. Pais não precisam castigar para educar, governos não precisam punir para estabelecer justiça e ordem. Criminosos saem ilesos. O Diabo não estaria condenado, não haveria juízo. A impunidade só interessa malfeitores.

A mensagem da cruz oferece resposta cabível para essa fatalidade. Jesus sofre nossa (minha) punição. Nisto é que se apoia toda a teologia cristã: a oferta de reconciliação através do Rei Jesus – a salvação, a graça, a fé. Um Deus bondoso cujo Filho voltará e julgará todos com justiça – dando a cada um segundo a suas obras. Maranata!
Fürth - EX
Textos publicados: 296 [ver]
Site: http://teologia-livre.blogspot.de/

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