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Palavra do leitor

Artigo publicado em resposta a Para este segundo turno

Um cristão verdadeiro pode, sim, votar na Dilma. (e também no Serra...)

Caro Fábio,
gostaria de responder seu artigo e refutar alguns dos seus argumentos.
Não quero que você leve pro lado pessoal, por favor.

A minha opinião é que os evangélicos foram feitos de fantoche na mão de marketeiros que usaram com habilidades as armas corretas para alarmar um povo assustado e mal-informado: os evangélicos brasileiros. "As armas corretas" que me refiro, são principalmente os ataques através da internet.

Irmão, procure na internet, por exemplo, algo sobre o Projeto de Lei 122, a lei da homofobia. É incrível como os sites cristãos (católicos e evangélicos) não sabem explicar a lei. Não sabem explicar de uma forma imparcial o caso, antes de se posicionar e defender as suas opiniões. (Foi ainda mais incrível ver como são os sites favoráveis a causa gay que mais comumente fazem isso.) Tenho que concordar com a opinião de que há uma "campanha de anti-informação" encabeçada por grupos religiosos. Evangélicos se dizem "contra a Lei da Homofobia", sem perceber que estão dando a entender que são favoráveis a violência contra a pessoa homossexual. (Meu Deus!!!)

Um povo assustado e mal-informado: Esse é o terreno que os marketeiros anti-PT estavam pisando no 1º turno. E estranhamente eles conhecem muito bem esse terreno. Não quero pensar que eles são ou já foram cristãos, porque o nível de alguns emails (ou correntes de emails) era muito baixo. Acho que eram propositalmente vulgares. Habilidosamente rústicos. Finamente enrudescidos.

Alguns jornais especularam que se não fosse a questão do aborto, Dilma teria levado a eleição no 1º turno. Parece que o PT não deu muita atenção ao “voto religioso”. Tenho a impressão de que o que você disse sobre os intelectuais do PT (em 2d) é verdade. Mas é só impressão, eu não tenho conhecimento suficiente pra afirmar isso com certeza.

Mas se é verdade que os Petistas acham que as crenças religiosas são uma besteira e uma coisa ultrapassada: bem feito pra eles! Acho que alguns intelectuais (políticos ou não) ainda pensam que a religião estará instinta com o “desenvolvimento” da humanidade. Eles também se frustrarão no futuro (mas talvez mereçam mais da nossa piedade, já que a frustração, no caso deles, pode ser eterna)

Mas voltando, quero falar de uma coisa: nem todos os evangélicos são paranaenses; nem todos são curitibanos; muitos foram apresentados ao Pr Piragine através de um vídeo descontextualizado e às vezes editado para ser nocivo.

Muitos, inclusive eu, acharam que a mensagem do sacerdote misturou as coisas, distorceu fatos, explorou apelativamente e etc. Algo incômodo. Claro que não foi o pastor que ficou mandando o email todas as 10 mil vezes que eu recebi na minha caixa de entrada, mas da minha parte, eu gostaria que ele viesse a público pedir desculpas. Acho que ele foi usado, mas também tem uma participação nisso. (olha que interessante, a sua opinião é quase que inversa à minha nesse ponto)

Bom, finalizando minha resposta (que é, ou era pra ser, respeitosa. Se não foi, me desculpe), eu queria falar de uma coisa importante no período das eleições: a questão das promessas. Quem garante que o candidato vai realmente cumprir todas as promessas feitas durante a campanha? O partido? Ele mesmo? Você disse que não podemos votar em quem "defende oficialmente algumas bandeiras contrárias à fé cristã". Mas não é porque um candidato se diz favorável a ela na época da eleição que ele efetivamente seguirá os princípios cristãos depois de eleito. Isso porque essa “favorabilidade” pode ser algo puramente eleitoreiro.

Sendo eleitor no estado de SP, não acho que todos os governos do PSDB, inclusive os do Serra, tenham expressado sempre os valores do Reino, tais como justiça social, dignidade humana e valorização das pessoas. Mas como não havia uma questão crucial como o aborto (e como não havia marketeiros suficientemente espertos ou suficientemente anti-éticos), ninguém falou nada sobre a "legalização da iniqüidade".

Quero levantar ainda uma última questão: nas eleições municipais de Santos-SP em 2000, um candidato cristão percorreu as igrejas evangélicas pregando sobre o papel da mulher segundo a Bíblia. Bom, ele argumentava que uma mulher no comando era sinônimo de problema, de confusão, de iniqüidade. Seja no comando de uma família, de uma igreja ou de uma cidade (com ênfase nessa última). Obviamente que uma das concorrentes à prefeitura era uma mulher: Telma de Souza, do PT.

Não concordo com a atitude dele, mas esse não é o caso. O caso é: a liderança feminina não é uma questão a se considerar? Porque é que hoje isso não é mais questionado? Porque ninguém fala contra a Dilma afirmando que ela estaria indo contra o princípio "bíblico" de submissão feminina? Que não é papel da mulher governar um país? Será que é porque as igrejas evangélicas já aceitam muito mais as lideranças femininas do que há dez anos atrás e falar isso seria estrategicamente arriscado?
São Carlos - SP
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