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Palavra do leitor

Um caminho chamado amor

"E eu passo a mostrar-vos ainda um caminho sobremodo excelente. Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine" (I Co 13.1).

Na vida espiritual muitas vezes somos atacados por uma "enfermidade" que nos traz muitos prejuízos. Eu a chamo de visão curta. É como um tipo de "catarata" que afeta nossa percepção espiritual impedido-nos de ver claramente o ponto focal restando-nos apenas a percepção periférica, e isso ainda de forma deficitária.

Essa "enfermidade espiritual" é causada por uma constante tendência nossa, humana, de ater-nos apenas às aparências, ao que é externo, ao que é visível, esquecendo-nos de atentarmos "nas cousas (...) que se não vêem", como disse Paulo, pois "as cousas que se não vêem são eternas" (II Co 4.18); ou, como poeticamente escreveu Saint Exupery, deixando de perceber que "o essencial é invisível aos olhos" (O Pequeno Príncipe). 

Paulo, quando escreveu esse trecho bíblico sobre o amor, estava tratando sobre dons espirituais. Estava doutrinando a igreja de Corinto acerca dos que se julgavam ou eram julgados como espirituais por terem dons notáveis, de como esses dons deveriam ser usados, de quais eram os dons prioritários, etc. Todas essas questões eram importantes, sem dúvida, mas eis que Paulo, repentinamente, deixa evidente que todos esses aspectos são secundários, ainda que importantes, e passa a tratar de algo superior e mais importante ainda, na verdade fundamental: a superioridade e imprescindibilidade do amor sobre todas as coisas.

É interessante notar como Paulo apresenta o amor: como um caminho. Na Bíblia a palavra caminho tem forte relação com procedimento, com conduta de vida, com ação desenvolvida. Sendo assim, vemos uma importante característica do amor cristão, pois ele não é primeiramente um sentimento, uma sensação ou emoção – embora existam essas características em toda manifestação de amor –, mas sim decisão consciente, voluntária, propósito determinado. Precisamos entender que o amor cristão pode e deve ser nutrido, é algo cultivável, controlável. Se cultivado, germina, cresce e produz, dando vazão à ação graciosa e soberana de Cristo sobre – e em – nossos corações: "Nós amamos porque ele nos amou primeiro" (I Jo 4.19).

Sem o amor de Cristo agindo em nossos corações tudo o que fizermos será inútil. Não importarão quantas línguas eu venhamos a falar, quantas profecias venhamos a proferir, quanta fé venhamos a demonstrar, quanta benemerência venhamos a praticar, quanta dedicação venhamos a evidenciar... Tudo será inútil e vão sem amor (I Co 13.1-3). 

Somente o amor nos habilita a interagirmos produtivamente, pois só quando ele está em nossos corações e atuando de forma soberana, superior ao nosso próprio querer, é que poderemos vencer todas as barreiras, quer internas, quer externas, quer individuais, quer coletivas, quer materiais, quer espirituais. Só ele nos torna pacientes, benignos, comedidos, humildes, altruístas, perdoadores, justos, alegres com a verdade, buscadores do bem e persistentes (I Co 13.4-8a).

Só quando trilhamos esse caminho (o do amor voluntário e decidido) é que voltamos ao foco da vida espiritual, é que conseguimos caminhar em direção ao que é superior, ao que não acaba, ao que perdura para a eternidade. 

A opção é nossa de fazê-lo ou não. Se não o fizermos, estaremos condenando-nos a jamais viver uma vida espiritual plena, e continuaremos a deixar-nos conduzir só pelo que é externo, aparente. Se porém praticarmos esse amor conheceremos e viveremos o Eterno em nós mesmos. 

A escolha é nossa. Cabe a nós trilharmos ou não esse caminho chamado amor. Convém, no entanto, lembrar que não há característica que identifique mais o cristão como seguidor de Cristo, senão o amor.

E aí, qual vai ser sua escolha?
Suzano - SP
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