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Palavra do leitor

Um baile de máscaras e outras fantasias

Pobre Pedro... Depois de andar por sobre as águas, de conviver com Jesus e testemunhar seus milagres, depois de alertado pelo próprio Mestre ainda caiu na esparrela de negá-lo três vezes seguidas! E chorou amargamente (Mt 26:75). Já ouvi esse galo cantar várias vezes. Já dormi e acordei chorando de arrependimento. Quantas vezes pedi perdão com dores e hálito de fel? Nem por isso aprendi a viver sem pecar.

Pobre Saulo... Um prodígio! Que zelo! Tão jovem e tão dedicado. Fariseu de fariseus. Tinha doutrina, textos bíblicos decorados. Achava que tinha resposta pra tudo até cair do cavalo aos pés de Jesus. Também fui ilutida com o sistema binário anti-tentação. Achei que podia tabelar cartesianamente isso como pecado e aquilo como não-pecado. Tão jovem, tão religiosa e tão viciada no fermento dos fariseus (Mt. 16:6): atam fardos pesados e os põem nos ombros dos homens, eles, porém, nem com o dedo querem movê-lo (Mt. 23:4).

Pobre Caim... Sua oferta não agradara a Deus. Não suportou a frustração e impotência: matou seu irmão de tanta inveja. Quando percebi que não conseguia caminhar de tão engessada e atrofiada que estava pelo legalismo, descaiu-me o semblante. Passei a sacrificar o que me ameaçava: Cortei amizades por suposta má influência. Encerrei o diálogo para evitar discussão. Matei "Abeis" e "Eloás" por não lidar bem com a rejeição. Cada vez mais vulnerável, enclausurei-me em neuroses para proteger-me do mundo pecaminoso. Inútil! O pecado não morava ao lado, mas aqui dentro. Limpa primeiro o interior do copo para que também o exterior fique limpo (Mt 23:26).

Pobre Eva... Sequer tinha natureza pecaminosa e deixou-se iludir com o conhecimento do bem o do mal. Pensou que teria autonomia. Foi o que a serpende lhe garantiu. Percebeu que estava nua e se escondeu de vergonha. Também pensei poder chegar lá com meus próprios pés. Fracassei... Então adotei máscaras, como Moisés, que perdera o brilho da glória do Senhor, mas preferiu manter o véu e as aparências.

Já desfalacendo de cansaço, concluí que os padrões do Reino de Deus eram elevados demais para mim. Jamais os atingiria. Está comprovado estatisticamente: não há um justo sequer, nem umzinho só (Rm. 3:10)! Então revelou-se-me o auto-retrato: fraca, pobre, incapaz e totalmente dependente de Jesus. Finalmente enxerguei que a santificação também vem pela graça. Só quando aceitamos o sacrifício substitutivo de Jesus como suficiente para agradar ao Pai; só quando entendemos que somos um simples ramo da Videira, que precisamos de Jesus até para manter as promessas mais básicas e rejeitamos qualquer pretensa autonomia, é que o Senhor faz, de glória em glória, o maior milagre que poderíamos testemunhar - a nossa santificação.

Foi isso mesmo que o Senhor disse a Paulo "A minha graça te basta, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza" (2 Co 12:9). Foi o que disse a Pedro e demais discípulos "Sem mim, nada podeis fazer" (Jo 15:5). "O castigo que nos traz a paz estava sobre ele" (Is. 53:5). Ele já feiru a cabeça da serpente, como prometido a Eva e convida "Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim". (MT. 11:28, 29).

Hoje, graças a Deus, sou refugiada no esconderijo do Altíssimo. Descanso à sombra da presença do Onipotente, como fez o salmista. Segura estou sob as asas de Jesus. Não estou mais sob o jugo da lei, e sim da graça. Morri para o pecado, Cristo está vivendo em mim e Ele me faz cada vez mais parecida consigo. Não estou imune às tentações, porque este corpo ainda é de natureza pecaminosa, mas o pecado não me escraviza mais! Jesus é o que nos fortalece. É o Pão do Céu, sua graça é meu maná diário. Comei dele todos! Esta é a confissão reformada. esta é a fé que neutraliza os dardos inflamados do maligno. Esta é a vitória que vence o mundo. O resto, queridos, são só máscara e outras fantasias.

professoraebd.blogspot.com
Brasília - DF
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