Palavra do leitor
- 20 de janeiro de 2016
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Um avivamento com a cara lavada
Um avivamento com a cara lavada
‘’Que a nossa busca por um avivamento venha precedido de um indignação espiritual, de um resgate a ética do dever e do respeito, de uma ênfase aos talentos que nos levam a sabedoria, a ponderação e a tolerância, de um não taxativo e implacável a fazer do próximo um objeto de nossas deformações, de uma decisão por caminhar pela vida, com simplicidade e esperança, com utopias e sonhos, com dedicação e esforço.’’
Vira e mexe, em tempos e tempos, bate na porta dos cristãos um discurso e uma abordagem por um avivamento. Para isso, lançam toda uma pletora de acontecimentos ocorridos na Europa, nos Estados – Unidos e em outros locais, como até aqui.
Não por menos, enfocam como uma veemente necessidade de a igreja adquirir um novo fôlego, uma nova pegada, uma nova dinâmica e uma nova visitação singular do Espírito de Deus.
Sinceramente, acredito no avivamento que traz redenção, remissão e reconciliação para a humanidade, em Cristo Jesus, do Carpinteiro dos Recomeços. Agora, a questão principal e inegociável passa e perpassa pela igreja, ou seja, porque não percebo isso, a começar, na minha existência, na minha espiritualidade e na minha história.
Digo isso, porque muitos eventos ocorreram sobre avivamentos, mas quantos levaram a formação de servos - discípulos, de discípulos - testemunhas abertos aos dons e sem desprezar os talentos de ser pensante, criativo, inovador, dialogal e, enfim, com uma humanidade lapidada?
Afinal de contas, almejamos um avivamento que nos torne mais gente, mais apegados ao respeito e a dignidade do próximo, mais indignados com as injustiças e impiedades que nos cercam, dentro e fora da igreja.
Ou, em direção oposta, continuamos a ruminar acontecimentos passados e a viver de êxtases momentâneos?
Por fim, espero por um avivamento voltado a dizer não aos abismos sociais, aos xenofobismos, as perseguições, a violência doméstica, as mortes não declaradas (nas periferais, nos recônditos das metrópoles), a conveniência com a mendicância (como se nada me dissesse respeito), a fechar os olhos para as profundas desigualdades sociais, a aceitar as regras do jogo de uma sociedade relativista, individualista, senhora de si mesma e com o qual pouco se importa, diante de tantas disparidades.
Ora, ao ir para a trajetória de Jesus de Nazaré, toda sua caminhada procurou colocar toda a realidade em foco, chamou seus discípulos para serem bem – aventurados, serem sal da terra e luz do mundo, serem praticantes do amor servo e transformador, serem agentes promotores de revoluções silenciosas, por meio de atos e práticas, serem abertos aos dons e sensíveis aos talentos, serem arraigados num cenário de vida em comunidade, serem cultivados por Kairos (mesmo diante de Kronos).
Agora, será esse o enredo de avivamento buscado e aspirado?
Tristemente, observo o prevalecer de uma peleja por avivamentos mais compromissados a defender determinadas bandeiras eclesiásticas, a manter homens em seus púlpitos (tratados como predestinados, acima do bem e mal), a não levar as pessoas para uma profunda e expressiva inter – relação com a Graça (sem rodeios, sem dogmas, sem doutrinas paranoicas, sem teologias ufanistas, sem uma espiritualidade esquizofrênica, que lança as pessoas em guetos, a viver receosas de ser gente, de ser alma, de ser imagem e semelhança de uma Criação original, ao qual não lida com marionetes, com bonecos adestrados).
Então, não deveríamos perguntar:
- Queremos o avivamento de Jeremais, de Amós, de Isaías, com uma relevância a prática da justiça e do direito em favor do órfão, da viúva e do estrangeiro?
Sejamos honestos, ainda mais:
- Nos interessa o avivamento do evangelho de braços abertos, de risos, de inspiração, de sonhos, de uma transcendência que me aproxima do próximo?
Deveras, esse avivamento nos envolve, nos atiça, nos desperta para uma vida de oração, de meditação da palavra e de confissão, sem a intenção de colocar a bíblia no banco dos réus?
Não sei quanto a você, mas, particularmente, tenho sido direcionado a parar e reavaliar minhas colocações por um avivamento, porque, em Cristo Jesus, não temos, então, a nascente para seremos avivados, em todo o momento, e o por qual motivo insto não acontece?
De notar, Deus estaria por tratar a igreja com paleativos, com estimulantes?
Acredito, categoricamente, não!
De tudo, abro o jogo, e reconheço o quanto necessito de um avivamento de cara lavada, ao qual me torne mais acessível e aberto a Graça, desapegado de tantos imposições forjadas pelos homens e submergido no chamado de Jesus para seguir suas pegadas, aqui, neste oikos.
‘’Que a nossa busca por um avivamento venha precedido de um indignação espiritual, de um resgate a ética do dever e do respeito, de uma ênfase aos talentos que nos levam a sabedoria, a ponderação e a tolerância, de um não taxativo e implacável a fazer do próximo um objeto de nossas deformações, de uma decisão por caminhar pela vida, com simplicidade e esperança, com utopias e sonhos, com dedicação e esforço.’’
Vira e mexe, em tempos e tempos, bate na porta dos cristãos um discurso e uma abordagem por um avivamento. Para isso, lançam toda uma pletora de acontecimentos ocorridos na Europa, nos Estados – Unidos e em outros locais, como até aqui.
Não por menos, enfocam como uma veemente necessidade de a igreja adquirir um novo fôlego, uma nova pegada, uma nova dinâmica e uma nova visitação singular do Espírito de Deus.
Sinceramente, acredito no avivamento que traz redenção, remissão e reconciliação para a humanidade, em Cristo Jesus, do Carpinteiro dos Recomeços. Agora, a questão principal e inegociável passa e perpassa pela igreja, ou seja, porque não percebo isso, a começar, na minha existência, na minha espiritualidade e na minha história.
Digo isso, porque muitos eventos ocorreram sobre avivamentos, mas quantos levaram a formação de servos - discípulos, de discípulos - testemunhas abertos aos dons e sem desprezar os talentos de ser pensante, criativo, inovador, dialogal e, enfim, com uma humanidade lapidada?
Afinal de contas, almejamos um avivamento que nos torne mais gente, mais apegados ao respeito e a dignidade do próximo, mais indignados com as injustiças e impiedades que nos cercam, dentro e fora da igreja.
Ou, em direção oposta, continuamos a ruminar acontecimentos passados e a viver de êxtases momentâneos?
Por fim, espero por um avivamento voltado a dizer não aos abismos sociais, aos xenofobismos, as perseguições, a violência doméstica, as mortes não declaradas (nas periferais, nos recônditos das metrópoles), a conveniência com a mendicância (como se nada me dissesse respeito), a fechar os olhos para as profundas desigualdades sociais, a aceitar as regras do jogo de uma sociedade relativista, individualista, senhora de si mesma e com o qual pouco se importa, diante de tantas disparidades.
Ora, ao ir para a trajetória de Jesus de Nazaré, toda sua caminhada procurou colocar toda a realidade em foco, chamou seus discípulos para serem bem – aventurados, serem sal da terra e luz do mundo, serem praticantes do amor servo e transformador, serem agentes promotores de revoluções silenciosas, por meio de atos e práticas, serem abertos aos dons e sensíveis aos talentos, serem arraigados num cenário de vida em comunidade, serem cultivados por Kairos (mesmo diante de Kronos).
Agora, será esse o enredo de avivamento buscado e aspirado?
Tristemente, observo o prevalecer de uma peleja por avivamentos mais compromissados a defender determinadas bandeiras eclesiásticas, a manter homens em seus púlpitos (tratados como predestinados, acima do bem e mal), a não levar as pessoas para uma profunda e expressiva inter – relação com a Graça (sem rodeios, sem dogmas, sem doutrinas paranoicas, sem teologias ufanistas, sem uma espiritualidade esquizofrênica, que lança as pessoas em guetos, a viver receosas de ser gente, de ser alma, de ser imagem e semelhança de uma Criação original, ao qual não lida com marionetes, com bonecos adestrados).
Então, não deveríamos perguntar:
- Queremos o avivamento de Jeremais, de Amós, de Isaías, com uma relevância a prática da justiça e do direito em favor do órfão, da viúva e do estrangeiro?
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Deveras, esse avivamento nos envolve, nos atiça, nos desperta para uma vida de oração, de meditação da palavra e de confissão, sem a intenção de colocar a bíblia no banco dos réus?
Não sei quanto a você, mas, particularmente, tenho sido direcionado a parar e reavaliar minhas colocações por um avivamento, porque, em Cristo Jesus, não temos, então, a nascente para seremos avivados, em todo o momento, e o por qual motivo insto não acontece?
De notar, Deus estaria por tratar a igreja com paleativos, com estimulantes?
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