Palavra do leitor
- 06 de julho de 2016
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Udé e a Refração do Cristianismo de Massa
O saber dignifica, mas também danifica - Udé, batizado e crismado, já sabia juntar as palavras desde pequeno e só acreditava no que lhe movesse os sonhos. Ladainhas, rezas e algumas frases feitas já havia descartado na adolescência. Embora tenha nascido na caatinga sabia tudo sobre o cerrado, mas apreciava dissertar sobre qualquer bioma ou assunto. Passou a acreditar no consolo das palavras saindo-se bem nas lides da ciência e no primeiro doutorado, aos trinta. Não gosta das impressões ditadas por valores e princípios. Católico de nascimento, agnóstico por pensamento, tomou emprestada a metralhadora do Cazuza* e saiu por aí.
Gosta de citar Millôr Fernandes por desconfiar de idealistas que lucram com os ideais; não ousou mais frear seus sonhos. Demasiadamente humano, Udé, caricaturista moral e confessor de neófitos (toda espécie de crentes, incrédulos e alienados), romanceou passaportes e, cosmopolita, aferiu que Jesus Cristo não dividiu a história acima da linha do equador. O que dizer das celeumas cristãs tupiniquins? Vê aí um vasto mundo: se nem Raimundo (ateu) solucionou, tão pouco ele, controversa e emocionalmente, se apresentaria ridículo. Jamais! A partir daí tornou-se crítico observador do fenômeno “Cristianismo de Massa”.
Nele há quem lucra dinheiro e se beneficia através de pregações truncadas, tergiversando sobre o ideal da vontade de Deus. Udé lança mão de vaticínios: Se Cristo é a cabeça da Igreja onde está o corpo? E Udé polemiza: qual é o sexo dos anjos, apedeuta? Ouviu de um seguidor de Sigmund: “Filósofo é um cara que gosta de falar com os mortos”. Se Cristo ressuscitou e Platão não reencarnou, Freud explica? Melhor ir à caça dos clérigos idealistas, ou melhor, de alguns que usam o púlpito para fins questionáveis. Acontece que Jesus orientou dar a Cesar o que é de César e exortou: “todo aquele que não renuncia a todos os seus bens não pode ser meu discípulo”. Udé pondera, realinha o assunto e contemporiza entraves etimológicos; a seu critério corrige tudo.
Quem segue Udé no disqus ou twiter passou a apreciar a complexidade, o devir e as ressalvas. Afinal, ser indefinido e jamais tomar partido é mais tranquilo. Nada tão sereno que tomar o ideal de Caim. Esse filho de Adão, ao sair da presença de Deus, foi o precursor da sociedade “libertária”. Seus descendentes se adaptaram e sobreviveram longe do Deus de Adão. Este, que é uma figura de Cristo; Udé discorda. Paulo afirma que o último Adão é o Espírito Vivificante; Udé, o exegeta, tripudia: a Bíblia não diz isso, iniciante. Todavia, quem estava por si, como era o caso do primeiro assassino, tinha que se virar e buscar sua meta. Udé ironiza o efeito entorpecente do próprio viver complacente e vocifera: “Nem crente nem descrente, apenas refratando o eco”.
(*) metáfora mencionada em “O Tempo Não Para”. Letra (MPB) de Cazuza e Arnaldo Brandão.
Gosta de citar Millôr Fernandes por desconfiar de idealistas que lucram com os ideais; não ousou mais frear seus sonhos. Demasiadamente humano, Udé, caricaturista moral e confessor de neófitos (toda espécie de crentes, incrédulos e alienados), romanceou passaportes e, cosmopolita, aferiu que Jesus Cristo não dividiu a história acima da linha do equador. O que dizer das celeumas cristãs tupiniquins? Vê aí um vasto mundo: se nem Raimundo (ateu) solucionou, tão pouco ele, controversa e emocionalmente, se apresentaria ridículo. Jamais! A partir daí tornou-se crítico observador do fenômeno “Cristianismo de Massa”.
Nele há quem lucra dinheiro e se beneficia através de pregações truncadas, tergiversando sobre o ideal da vontade de Deus. Udé lança mão de vaticínios: Se Cristo é a cabeça da Igreja onde está o corpo? E Udé polemiza: qual é o sexo dos anjos, apedeuta? Ouviu de um seguidor de Sigmund: “Filósofo é um cara que gosta de falar com os mortos”. Se Cristo ressuscitou e Platão não reencarnou, Freud explica? Melhor ir à caça dos clérigos idealistas, ou melhor, de alguns que usam o púlpito para fins questionáveis. Acontece que Jesus orientou dar a Cesar o que é de César e exortou: “todo aquele que não renuncia a todos os seus bens não pode ser meu discípulo”. Udé pondera, realinha o assunto e contemporiza entraves etimológicos; a seu critério corrige tudo.
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(*) metáfora mencionada em “O Tempo Não Para”. Letra (MPB) de Cazuza e Arnaldo Brandão.
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