Palavra do leitor
- 23 de abril de 2014
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Troquei de Igreja
Hoje mais cedo um amigo comunica não poder me ajudar a marcar um evento da Missão Vida na sua igreja, pelo mais rotineiro dos motivos na atualidade: ele trocou de igreja.
Isso azedou meu dia, pois que na minha careta maneira de ver a vida, não trocamos de igreja “como quem troca de namorada ou namorado”; aliás, outra coisa comum, as pessoas trocam as pessoas das suas vidas velozmente; então percebo que as pessoas trocam de igreja e de pessoas como quem troca de roupa, sem sobressalto.
Não é um discurso rançoso acerca de fidelidade denominacional, o que me assombra são a velocidade e frequência com que as pessoas trocam de igreja e, trocando de igreja trocam de amigos e amigas, de pastor, de linha de pensamento, perdem a linha do tempo.
Às vezes é necessário mudar a direção das nossas vidas e isso inclui a direção da nossa vida religiosa; caso necessário essa mudança deve acontecer sem alarde ou trauma, e que seja mesmo necessária.
As pessoas tem dado as caras nos ajuntamentos cristãos à procura de prazer, de “prosperidade”, êxtase neopentecostal e coisas do tipo, não querem compromisso, ficam enquanto lhes é conveniente. É isso, elas apenas ficam, já não se comprometem com a igreja; são apenas “ficantes”, apêndices inúteis da igreja, sem dúvida uma tragédia pessoal de milhões.
Por que as pessoas saem da igreja? Por que as pessoas trocam de pastor? E por que as pessoas vão embora e se tornam desigrejadas e, desagregadas?
Nossos valores mudam rapidamente, isso é fato, o que hoje é sério e vital, amanhã pode ser encontrado na vitrine das opções, das variações da forma de enxergar a vida; o encantamento inicial, a paixão por Cristo precisa ser direcionada pelo discipulado gentil e eficaz; a paixão por Jesus se torna angústia quando não alicerçada de forma honesta e bíblica; ninguém consegue ser apaixonado a vida inteira, nem o dia todo, é preciso avançar e avançar é trabalhoso.
Quando não fundamentamos a fé e paixão por Jesus nos ensinamentos claros da Bíblia é certo que em pouco tempo olharemos a igreja como um prédio velho, cheio de gente velha com pensamentos idem; é urgente apresentarmos Jesus por inteiro ao novo convertido, sob o risco de sermos esvaziados, nós e os templos, ambos velhos demais.
Quando o encantamento por Jesus dá lugar ao cotidiano de cultos, “EBD” e outros eventos, a pessoas descobrem que somos apenas gente parecida com elas, que o diferencial, que é Cristo, nem tanta diferença assim faz em nossas vidas, o que leva as pessoas a acreditarem que deram mais um passo em direção a lugar algum.
É que temos nos esforçado, e muito, para parecermos aprovados e aprováveis, santos e bons diante dos olhos dessa gente que só apareceu na igreja em busca de um toque de afeto e de um olhar de compaixão.
Tentando ser moderna a igreja se torna substituível, descartável; relativizando a santidade e a piedade nos tornamos um clube com mensalidades em forma de dízimos e nos igualamos a tantos outros ambientes que podem proporcionar algum prazer e entretenimento, sem no entanto apresentar a esperança nova e a vida nova contidas no evangelho de Jesus, o Cristo de Deus.
A culpa (palavra fora de moda), a sensação ruim de incompatibilidade entre pessoas e igreja, é da falta de equilíbrio e maturidade nessa relação, dos convertidos que esperam a solução de todos os seus problemas; inclua-se aí até mesmo seus problemas financeiros, amorosos e profissionais; e da igreja que se torna ineficaz ao abandonar a boa e velha tradição bíblica e incapacita-se.
A igreja não vai completar ninguém, nem as pessoas podem salvar a igreja, os donos da igreja que me desculpem, mas Cristo é essencial nesse processo, tanto as pessoas como a igreja falirão sem Jesus.
Homens e mulheres vem pra igreja esperando que essa lhes preencha o vazio do coração, envolvem-se em serviços a mais não poder, gastam-se de forma inútil em tarefas inócuas e depois se percebem vazias, insatisfeitas, insaciadas, fúteis tal qual na chegada, e aí o pecado (de novo uma palavra fora de moda) torna-se atraente outra vez.
O preenchimento das lacunas da alma não vem da igreja em si nem das tarefas e ritos; a sede avassaladora para a qual procuramos solução só pode ser enfrentada e vencida de uma única forma, pelo amor.
Mas não é qualquer amor. Se alguém está em Cristo é nova criação e todo o ser é preenchido, saciado, fortalecido e animado; todo desamor, rancor, mágoas, falta de perdão e temor tem fim n’Ele.
Gente assim (eu) que viveu tempo demais sem Jesus e sem amor algum, ao encontra-Lo e a ele se render, experimenta uma transformação real, as angústias são abrandadas e a alma encontra repouso; é o Caminho.
Se creio em Deus e conheço a Bíblia, sei perfeitamente que dias ruins, que dificuldades e tribulações e desânimo surgirão, mas sei também que posso “rever meus conceitos e valores” e reconstruir meu relacionamento com Ele e, por conseguinte, com a igreja.
Descansa no Senhor e espera n’Ele.
Diretor do Centro de Recuperação de Mendigos – Missão Vida
Isso azedou meu dia, pois que na minha careta maneira de ver a vida, não trocamos de igreja “como quem troca de namorada ou namorado”; aliás, outra coisa comum, as pessoas trocam as pessoas das suas vidas velozmente; então percebo que as pessoas trocam de igreja e de pessoas como quem troca de roupa, sem sobressalto.
Não é um discurso rançoso acerca de fidelidade denominacional, o que me assombra são a velocidade e frequência com que as pessoas trocam de igreja e, trocando de igreja trocam de amigos e amigas, de pastor, de linha de pensamento, perdem a linha do tempo.
Às vezes é necessário mudar a direção das nossas vidas e isso inclui a direção da nossa vida religiosa; caso necessário essa mudança deve acontecer sem alarde ou trauma, e que seja mesmo necessária.
As pessoas tem dado as caras nos ajuntamentos cristãos à procura de prazer, de “prosperidade”, êxtase neopentecostal e coisas do tipo, não querem compromisso, ficam enquanto lhes é conveniente. É isso, elas apenas ficam, já não se comprometem com a igreja; são apenas “ficantes”, apêndices inúteis da igreja, sem dúvida uma tragédia pessoal de milhões.
Por que as pessoas saem da igreja? Por que as pessoas trocam de pastor? E por que as pessoas vão embora e se tornam desigrejadas e, desagregadas?
Nossos valores mudam rapidamente, isso é fato, o que hoje é sério e vital, amanhã pode ser encontrado na vitrine das opções, das variações da forma de enxergar a vida; o encantamento inicial, a paixão por Cristo precisa ser direcionada pelo discipulado gentil e eficaz; a paixão por Jesus se torna angústia quando não alicerçada de forma honesta e bíblica; ninguém consegue ser apaixonado a vida inteira, nem o dia todo, é preciso avançar e avançar é trabalhoso.
Quando não fundamentamos a fé e paixão por Jesus nos ensinamentos claros da Bíblia é certo que em pouco tempo olharemos a igreja como um prédio velho, cheio de gente velha com pensamentos idem; é urgente apresentarmos Jesus por inteiro ao novo convertido, sob o risco de sermos esvaziados, nós e os templos, ambos velhos demais.
Quando o encantamento por Jesus dá lugar ao cotidiano de cultos, “EBD” e outros eventos, a pessoas descobrem que somos apenas gente parecida com elas, que o diferencial, que é Cristo, nem tanta diferença assim faz em nossas vidas, o que leva as pessoas a acreditarem que deram mais um passo em direção a lugar algum.
É que temos nos esforçado, e muito, para parecermos aprovados e aprováveis, santos e bons diante dos olhos dessa gente que só apareceu na igreja em busca de um toque de afeto e de um olhar de compaixão.
Tentando ser moderna a igreja se torna substituível, descartável; relativizando a santidade e a piedade nos tornamos um clube com mensalidades em forma de dízimos e nos igualamos a tantos outros ambientes que podem proporcionar algum prazer e entretenimento, sem no entanto apresentar a esperança nova e a vida nova contidas no evangelho de Jesus, o Cristo de Deus.
A culpa (palavra fora de moda), a sensação ruim de incompatibilidade entre pessoas e igreja, é da falta de equilíbrio e maturidade nessa relação, dos convertidos que esperam a solução de todos os seus problemas; inclua-se aí até mesmo seus problemas financeiros, amorosos e profissionais; e da igreja que se torna ineficaz ao abandonar a boa e velha tradição bíblica e incapacita-se.
A igreja não vai completar ninguém, nem as pessoas podem salvar a igreja, os donos da igreja que me desculpem, mas Cristo é essencial nesse processo, tanto as pessoas como a igreja falirão sem Jesus.
Homens e mulheres vem pra igreja esperando que essa lhes preencha o vazio do coração, envolvem-se em serviços a mais não poder, gastam-se de forma inútil em tarefas inócuas e depois se percebem vazias, insatisfeitas, insaciadas, fúteis tal qual na chegada, e aí o pecado (de novo uma palavra fora de moda) torna-se atraente outra vez.
O preenchimento das lacunas da alma não vem da igreja em si nem das tarefas e ritos; a sede avassaladora para a qual procuramos solução só pode ser enfrentada e vencida de uma única forma, pelo amor.
Mas não é qualquer amor. Se alguém está em Cristo é nova criação e todo o ser é preenchido, saciado, fortalecido e animado; todo desamor, rancor, mágoas, falta de perdão e temor tem fim n’Ele.
Gente assim (eu) que viveu tempo demais sem Jesus e sem amor algum, ao encontra-Lo e a ele se render, experimenta uma transformação real, as angústias são abrandadas e a alma encontra repouso; é o Caminho.
Se creio em Deus e conheço a Bíblia, sei perfeitamente que dias ruins, que dificuldades e tribulações e desânimo surgirão, mas sei também que posso “rever meus conceitos e valores” e reconstruir meu relacionamento com Ele e, por conseguinte, com a igreja.
Descansa no Senhor e espera n’Ele.
Diretor do Centro de Recuperação de Mendigos – Missão Vida
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