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Palavra do leitor

Artigo publicado em resposta a A relevância da adoração e louvor na Igreja contemporânea

Tripas / tri-Paz -- 40: Adoração e Louvor & Cia.

Gostei do artigo de Fernando Henrique Heise (Curitiba/PR) – “A relevância da adoração e louvor na Igreja contemporânea” –, e aproveito-o para colocar algo do binômio adoração-louvor, e do que daí surge...

1 - Conceituando - -
Dentro de uma distinção, que nos parece influenciada pela liturgia, adorar é reconhecer o Ser de Deus, e louvar é agradecer pelo fazer de Deus; eu digo, noutras palavras: Respectivamente, engrandecer e agradecer. O articulista em foco colocou essa distinção: “[...] Adoração é quando nos curvamos em reconhecimento de que estamos diante de alguém muito maior do que nós [...]”; “[...] todos possuem algo a devotar em gratidão a Deus [...]”. Por isso, numa liturgia que usa a parte “Adoração” e a “Louvor e Ações de Graças” – ou, simplesmente, Louvor –, penso que deve denominar esta (a 2ª ) parte de “Gratidão”.

2 - Compartilhando - -
Essa distinção, se não originalmente litúrgica, mas, atualmente, usada por algumas liturgias, esbarra em 3 cousas (antes de mencioná-las, não vejo contrariar a Bíblia o uso litúrgico, pois ele tem base no todo do ensino da Bíblia); as cousas, no entanto, em que a distinção litúrgica esbarram são: (1) Fundamentalmente, na Bíblia, mormente no Livro-Hinário, e Livro-Devocionário, o Livro Salmos, essa distinção não existe, pois adorar e louvar são usados no mesmo sentido, assim compartilhando os termos os mesmos conceitos (Daí que, como vimos acima, na Liturgia que tem as partes distintas, deve preferir o termo gratidão ao louvor!). (2) Instrumentalmente, temos o problema de nossos hinários e de outros cânticos clássicos, como das canções contemporâneas, que, outrossim, não fazem a distinção. (3) Eclesialmente, temos pessoas-dirigentes e pessoas-participantes que não sabem essa definição, e – quando sabem – a mim me parece não fazerem questão de cumprir à risca...

3 - Complicando - -
O problema tem aumentado por quê o dirigente do culto tem ficado a mercê de outros fatores – inicialmente, veio o conjunto coral, depois os conjuntinhos, e, atualmente, a chamada equipe de louvor (não sou contra ela!) e o chamado período de louvor (não sou contra ele!!), e tem aumentado o número de solistas, e de outras participações, que, até, ganharam o nome de apresentações –. Com isso, não é o dirigente – muito menos o pastor! – que dirige o culto, mas, até, mais, outras pessoas!!! O solista (não sou contra ele!!!) tem tido destaques que chegam ao exagero nos cultos. Enfim, hoje, as igrejas que usam a liturgia clássica de 5 pontos, ou algo nessa linha – adoração, confissão de pecados, louvor, edificação e consagração –, colocam tantas leituras bíblicas, orações, músicas etc fora do assunto, que não sei por quê mantêm essa forma litúrgica. Inclusive, a minha denominação (Igreja Presbiteriana do Brasil) tem uma liturgia mais leve, se seguidos seus princípios litúrgicos, nos artigos 7 e 8, e parágrafo único deste. Eu gosto da liturgia clássica, mas, para ser seguida só no papel, só nos títulos, seu papel fica prejudicado. Temos que repensar muito a direção que temos dado ao culto público, se vamos fazer valer a liturgia com ordem e decência, e, se o dirigente terá autoridade de conduzir o povo à cultuar; e, cousas que o valham. E, daí pra lá...

Penso que o artigo de Fernando Henrique Heise retro mencionado e supracitado dá idéias sobre como melhorar a performance de nossa adoração e louvor! Eu apenas toquei de leve nele e nisso!!!

Com(o) tri-Paz!!!
Governador Valadares - MG
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