Palavra do leitor
- 30 de maio de 2019
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Três modelos equivocados de igreja e missão. Você já viu algum deles por aí?
Introdução
Em minha experiência pastoral tenho observado muitos modelos de ministério pastoral, e muitas formas de ser e fazer Igreja. Nem sempre as estratégias eclesiásticas empregadas, e os valores ministeriais correspondem ao modelo bíblico, derivado do evangelho de Cristo.
Nesta tipologia, sem citar nomes, indicar placas, ou mencionar casos específicos, gostaria de apresentar, de modo geral, o que considero modelos equivocados de ministério, presentes em nosso contexto evangélico brasileiro.
Esta breve descrição, talvez possa auxiliá-lo na identificação e rejeição destes modelos prejudiciais à missão, e no exercício útil e necessário da autocrítica e correção de práticas. Olhar no espelho, às vezes, faz muito bem.
Modelo 1- Igreja mercado. Neste modelo, a igreja é vista como um mercado em expansão (franquia) os membros são vistos como consumidores (são monetarizados) e as benesses espirituais são vistas como produtos à venda. A teologia de fundo é a teologia da prosperidade. E a abordagem é a da superficialidade na relação com Deus e com o próximo. Nota-se também a agressividade na expansão do "negócio". Seu lema é "Tudo que dá certo é certo!" Critica a Igreja Granja por falta de visão e a Igreja Ativista por sua ação romântica e pouco efetiva.
Modelo 2- Igreja granja. Neste modelo a igreja é vista como uma granja, os pastores como os granjeiros, o paradigma é o da manutenção para subsistência. O cuidado visa à permanência da granja. O foco está nas visitas regulares e manutenção das atividades rotineiras e singelas. Os membros são vistos como galinhas (fragilizados e imobilizados). E o sustento visa à subsistência rotineira e pacata do granjeiro. O mundo externo passa despercebido, sendo que profundas realidades espirituais dentro e fora das igrejas nunca serão experimentadas. Seu lema é "Mudar para quê? Está muito bom como está!" Neste paradigma critica-se a Igreja Mercado e a Igreja Ativista.
Modelo 3- Igreja ativista. Neste modelo, a igreja é vista como uma organização para a mobilização, impacto e mudança externa. Esta igreja está alinhada com as bandeiras da sociedade, e compromissada com o mundo. Seus membros (os ativistas) aprenderam estratégias de mobilização, protesto, pressão, uso de mídias e redes sociais, eles pensam localmente e agem globalmente etc... Mas perderam a dimensão pastoral do cuidado dentro, e a perspectiva da missão lá fora! Empenham todas as suas energias em salvar este mundo, e perderam a mensagem acerca de outro mundo, embrenharam-se tanto nos caminhos da sociedade que perderam o seu passaporte para o céu. Criticam a Igreja Mercado por sua ganância, e a Igreja Granja por sua visão limitada.
Conclusão
Estes três modelos infelizmente são mais comuns do que gostaríamos, e nascem da polarização e ênfase desproporcional de aspectos da missão em detrimento da proposta abrangente do evangelho. Sem dúvida, precisamos exercer o cuidado pastoral, precisamos desenvolver uma ação influenciadora e eficiente, e devemos sim no que depender de nós , buscarmos e estimularmos o crescimento em todas as suas dimensões , mas o elemento articulador de todas estas ações deve ser o evangelho de Cristo, o poder de Deus, para salvação de todo aquele que crê.
O desafio, portanto, é o de desenvolvermos uma ação pastoral que seja comprometida com uma visão abrangente do ser humano e expresse genuinamente o evangelho. At.2:42-47/1Ts./Ef.4/Tt.2:11-Tg.
Perguntas para reflexão:
1- Você concorda com esta tipologia? Na sua opinião ela corresponde à realidade?
2- Se você fosse considerar a sua própria visão ministerial, com qual destes modelos você se identificaria mais? Explique a razão.
3- Leia as passagens bíblicas mencionadas na conclusão deste trabalho e procure desenvolver em poucas linhas, as características que você considera importantes para um modelo genuinamente cristão.
4- Como o ministério local poderia ser mais próximo da proposta missional?
Em minha experiência pastoral tenho observado muitos modelos de ministério pastoral, e muitas formas de ser e fazer Igreja. Nem sempre as estratégias eclesiásticas empregadas, e os valores ministeriais correspondem ao modelo bíblico, derivado do evangelho de Cristo.
Nesta tipologia, sem citar nomes, indicar placas, ou mencionar casos específicos, gostaria de apresentar, de modo geral, o que considero modelos equivocados de ministério, presentes em nosso contexto evangélico brasileiro.
Esta breve descrição, talvez possa auxiliá-lo na identificação e rejeição destes modelos prejudiciais à missão, e no exercício útil e necessário da autocrítica e correção de práticas. Olhar no espelho, às vezes, faz muito bem.
Modelo 1- Igreja mercado. Neste modelo, a igreja é vista como um mercado em expansão (franquia) os membros são vistos como consumidores (são monetarizados) e as benesses espirituais são vistas como produtos à venda. A teologia de fundo é a teologia da prosperidade. E a abordagem é a da superficialidade na relação com Deus e com o próximo. Nota-se também a agressividade na expansão do "negócio". Seu lema é "Tudo que dá certo é certo!" Critica a Igreja Granja por falta de visão e a Igreja Ativista por sua ação romântica e pouco efetiva.
Modelo 2- Igreja granja. Neste modelo a igreja é vista como uma granja, os pastores como os granjeiros, o paradigma é o da manutenção para subsistência. O cuidado visa à permanência da granja. O foco está nas visitas regulares e manutenção das atividades rotineiras e singelas. Os membros são vistos como galinhas (fragilizados e imobilizados). E o sustento visa à subsistência rotineira e pacata do granjeiro. O mundo externo passa despercebido, sendo que profundas realidades espirituais dentro e fora das igrejas nunca serão experimentadas. Seu lema é "Mudar para quê? Está muito bom como está!" Neste paradigma critica-se a Igreja Mercado e a Igreja Ativista.
Modelo 3- Igreja ativista. Neste modelo, a igreja é vista como uma organização para a mobilização, impacto e mudança externa. Esta igreja está alinhada com as bandeiras da sociedade, e compromissada com o mundo. Seus membros (os ativistas) aprenderam estratégias de mobilização, protesto, pressão, uso de mídias e redes sociais, eles pensam localmente e agem globalmente etc... Mas perderam a dimensão pastoral do cuidado dentro, e a perspectiva da missão lá fora! Empenham todas as suas energias em salvar este mundo, e perderam a mensagem acerca de outro mundo, embrenharam-se tanto nos caminhos da sociedade que perderam o seu passaporte para o céu. Criticam a Igreja Mercado por sua ganância, e a Igreja Granja por sua visão limitada.
Conclusão
Estes três modelos infelizmente são mais comuns do que gostaríamos, e nascem da polarização e ênfase desproporcional de aspectos da missão em detrimento da proposta abrangente do evangelho. Sem dúvida, precisamos exercer o cuidado pastoral, precisamos desenvolver uma ação influenciadora e eficiente, e devemos sim no que depender de nós , buscarmos e estimularmos o crescimento em todas as suas dimensões , mas o elemento articulador de todas estas ações deve ser o evangelho de Cristo, o poder de Deus, para salvação de todo aquele que crê.
O desafio, portanto, é o de desenvolvermos uma ação pastoral que seja comprometida com uma visão abrangente do ser humano e expresse genuinamente o evangelho. At.2:42-47/1Ts./Ef.4/Tt.2:11-Tg.
Perguntas para reflexão:
1- Você concorda com esta tipologia? Na sua opinião ela corresponde à realidade?
2- Se você fosse considerar a sua própria visão ministerial, com qual destes modelos você se identificaria mais? Explique a razão.
3- Leia as passagens bíblicas mencionadas na conclusão deste trabalho e procure desenvolver em poucas linhas, as características que você considera importantes para um modelo genuinamente cristão.
4- Como o ministério local poderia ser mais próximo da proposta missional?
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