Palavra do leitor
- 25 de julho de 2011
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Trepanaram a Cristo na Parada Gay
Passeie pela Wikipédia e veja a figura, A EXTRAÇÃO DA PEDRA DA LOUCURA. É uma dessas imagens de Hieronymus Bosch, pintor holandês (século XV). Ao redor de um suposto paciente tem um sujeito com um funil invertido na própria cabeça fazendo uma Trepanação. Não, eu não escrevi errada a palavra.
Contrário dos energúmenos que odeiam leitura e que são fãs de exclamações e reticências mil para cobrirem o vazio cultural e mental, deem uma lida no dicionário.
Trepanação é técnica cirúrgica que consiste em perfurar um osso, especialmente do crânio, com um Trépano, instrumento cirúrgico em forma de furadeira que permite a abertura de orifícios na abóbada craniana.
Ocorrendo um edema, a caixa craniana intumesce, é preciso então a retirada de um tampão ósseo para drenar. É aí que entra a furadeira na Trepanação.
O procedimento era usado em ‘tratamento’ de doenças mentais ou epilepsia nos primórdios da humanidade quando o homem tirara suas patinhas do chão e descera das árvores para a planície.
Na Idade Média, curandeiros garantiam extrair da cabeça do demente, pedras que estariam causando sua loucura. E se guardava o pedaço de crânio retirado, como amuleto.
Transfiro Trepanação no sentido moderno (craniectomia), hoje, para uma daquelas figuras de linguagem que consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual pela via da similaridade entre o sentido próprio (Trepanação, como recurso cirúrgico) e o sentido figurado de ‘entrar dentro’ (trepanar) da cuca de uma pessoa para saber se tem alguma coisa lá aproveitável.
Muito embora o verbo trepanar possa ser conjugado em todas as pessoas, exceto na primeira do imperativo afirmativo, muitos há por aqui que trepanam a si próprios.
Buscar na mente ou nas profundezas do inconsciente não é arte nem ciência para qualquer um. Primeiro porque a ‘cirurgia mental’ da criatividade ao buscar o profundo da mente é privilégio.
Privilégio que consiste em estudos, pesquisas, treino; onde se procura fazer por onde, e, geralmente, a preguiça mental parece ser o instrumento de trabalho de muitos, de modo que não adianta trepanar com reticências mil.
Escrevi semana passada um artigo sobre a arte editorial que existe na revista ULTIMATO e a beleza que há nessa revista (comparem-na com similares no mercado) em trepanar no sentido de tirar da cabeça dos outros (não no sentido de copiar-e-colar como muitos fazem), retirar da realidade, do conjunto do dado bíblico, da experiência da fé, dos embates que a igreja na sua multiforme graça de Deus permite, e trazer à luz muito do que está lá.
Assim como na cirurgia lá e esse ato metafórico cá, é um bálsamo às pessoas que carecem de melhor compreensão de assuntos evangélicos, o trepanar, posto que muitos não têm a destreza de pensar!
ULTIMATO trepana ‘descomprimindo edemas espirituais’, e tem feito isso ao longo dos anos. Elben é um mestre nessa arte e na ética cirúrgica. Quiçá, justificaria assim os mais de 40 anos de existência.
Num dos últimos artigos postados por Ricardo Gondim, há a observação da parte dele de que nessa quadra da vida deu-se a ler autores em profusão. Cita José Lins do Rego, Machado de Assis. O clássico de Victor Hugo é uma de suas obras favoritas.
Entre os conservadores ele vai de Brian McLaren, Rob Bell e o próprio Phillip Yancey e entre os ‘emergentes’, Bell, McLaren, Juan Luis Segundo, Andrés Torres Queiruga, além de teólogos judeus como Jonathan Sacks e Abraham Heschel.
Gondim também tem esse dom da trepanação.
Há, porém, certas trepanações que no ato de perfurar trazem à luz muito do lixo que está na própria cachola daqueles que tentam a cirurgia editorial.
Voltemos à figura de Hieronymus.
Vejam que o sujeito que está fazendo a cirurgia está com o funil na própria cabeça. Sirvo-me da explicação e pontuação precisa que o artigo na Wikipédia oferece para concluir esse artigo. Leia lá você mesmo:
“Na obra aparece um falso médico que em vez de um barrete usa um funil na cabeça (símbolo da estupidez); extrai a pedra da cabeça de um indivíduo que olha em direção a quem vê o quadro, ainda que na realidade o que está a extrair é uma flor, uma tulipa. A sua bolsa de dinheiro é atravessada por um punhal, símbolo do seu delito, [...] uma crítica contra os que acreditam estar de posse do saber, mas que... são mais ignorantes que aqueles a quem pretendem curar... Um frade e uma freira estão presentes também na cena; a religiosa tem um livro... [sobre a] cabeça: isto pode ser uma espécie de alegoria à superstição e à ignorância... O frade sustém um cântaro de vinho. O tema do quadro juntamente com o formato circular em que se realiza [a cirurgia] poderia remeter de certo modo a um espelho, e assim parece atirar ao mundo a imagem da sua própria estupidez [refletida] ao desejar superá-la deste modo tão errôneo.”
Fecho o artigo e concluo.
Jesus não estava e nem vai a Paradas. Mormente às Paradas de gays. Lembrei-me do mágico e feiticeiro de Atos 8.18-24. Há os que vão e se locupletam.
Contrário dos energúmenos que odeiam leitura e que são fãs de exclamações e reticências mil para cobrirem o vazio cultural e mental, deem uma lida no dicionário.
Trepanação é técnica cirúrgica que consiste em perfurar um osso, especialmente do crânio, com um Trépano, instrumento cirúrgico em forma de furadeira que permite a abertura de orifícios na abóbada craniana.
Ocorrendo um edema, a caixa craniana intumesce, é preciso então a retirada de um tampão ósseo para drenar. É aí que entra a furadeira na Trepanação.
O procedimento era usado em ‘tratamento’ de doenças mentais ou epilepsia nos primórdios da humanidade quando o homem tirara suas patinhas do chão e descera das árvores para a planície.
Na Idade Média, curandeiros garantiam extrair da cabeça do demente, pedras que estariam causando sua loucura. E se guardava o pedaço de crânio retirado, como amuleto.
Transfiro Trepanação no sentido moderno (craniectomia), hoje, para uma daquelas figuras de linguagem que consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual pela via da similaridade entre o sentido próprio (Trepanação, como recurso cirúrgico) e o sentido figurado de ‘entrar dentro’ (trepanar) da cuca de uma pessoa para saber se tem alguma coisa lá aproveitável.
Muito embora o verbo trepanar possa ser conjugado em todas as pessoas, exceto na primeira do imperativo afirmativo, muitos há por aqui que trepanam a si próprios.
Buscar na mente ou nas profundezas do inconsciente não é arte nem ciência para qualquer um. Primeiro porque a ‘cirurgia mental’ da criatividade ao buscar o profundo da mente é privilégio.
Privilégio que consiste em estudos, pesquisas, treino; onde se procura fazer por onde, e, geralmente, a preguiça mental parece ser o instrumento de trabalho de muitos, de modo que não adianta trepanar com reticências mil.
Escrevi semana passada um artigo sobre a arte editorial que existe na revista ULTIMATO e a beleza que há nessa revista (comparem-na com similares no mercado) em trepanar no sentido de tirar da cabeça dos outros (não no sentido de copiar-e-colar como muitos fazem), retirar da realidade, do conjunto do dado bíblico, da experiência da fé, dos embates que a igreja na sua multiforme graça de Deus permite, e trazer à luz muito do que está lá.
Assim como na cirurgia lá e esse ato metafórico cá, é um bálsamo às pessoas que carecem de melhor compreensão de assuntos evangélicos, o trepanar, posto que muitos não têm a destreza de pensar!
ULTIMATO trepana ‘descomprimindo edemas espirituais’, e tem feito isso ao longo dos anos. Elben é um mestre nessa arte e na ética cirúrgica. Quiçá, justificaria assim os mais de 40 anos de existência.
Num dos últimos artigos postados por Ricardo Gondim, há a observação da parte dele de que nessa quadra da vida deu-se a ler autores em profusão. Cita José Lins do Rego, Machado de Assis. O clássico de Victor Hugo é uma de suas obras favoritas.
Entre os conservadores ele vai de Brian McLaren, Rob Bell e o próprio Phillip Yancey e entre os ‘emergentes’, Bell, McLaren, Juan Luis Segundo, Andrés Torres Queiruga, além de teólogos judeus como Jonathan Sacks e Abraham Heschel.
Gondim também tem esse dom da trepanação.
Há, porém, certas trepanações que no ato de perfurar trazem à luz muito do lixo que está na própria cachola daqueles que tentam a cirurgia editorial.
Voltemos à figura de Hieronymus.
Vejam que o sujeito que está fazendo a cirurgia está com o funil na própria cabeça. Sirvo-me da explicação e pontuação precisa que o artigo na Wikipédia oferece para concluir esse artigo. Leia lá você mesmo:
“Na obra aparece um falso médico que em vez de um barrete usa um funil na cabeça (símbolo da estupidez); extrai a pedra da cabeça de um indivíduo que olha em direção a quem vê o quadro, ainda que na realidade o que está a extrair é uma flor, uma tulipa. A sua bolsa de dinheiro é atravessada por um punhal, símbolo do seu delito, [...] uma crítica contra os que acreditam estar de posse do saber, mas que... são mais ignorantes que aqueles a quem pretendem curar... Um frade e uma freira estão presentes também na cena; a religiosa tem um livro... [sobre a] cabeça: isto pode ser uma espécie de alegoria à superstição e à ignorância... O frade sustém um cântaro de vinho. O tema do quadro juntamente com o formato circular em que se realiza [a cirurgia] poderia remeter de certo modo a um espelho, e assim parece atirar ao mundo a imagem da sua própria estupidez [refletida] ao desejar superá-la deste modo tão errôneo.”
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