Palavra do leitor
- 06 de agosto de 2023
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Trégua não é derrota!
Em "Somos cidadãos romanos" – devocional de Refeições Diárias no Partir do Pão e na Oração – 30.06.2013 pg. 194, o reverendo Élben César assim se expressou: "O cristão não precisa engolir tudo o que se faz contra ele. Pode denunciar, protestar, clamar por justiça e até praticar a desobediência civil em casos extremos. Mas ele não pode odiar nem vingar-se."
Nosso querido Brasil vive, há muito, uma atmosfera de guerra urbana [sobretudo em junho de 2013], um clima de terrorismo, um cheiro [no ar] de banditismo, com pessoas de má índole [black bloc] se infiltrando em grupos pacíficos [povo e polícia] para a promoção da baderna, para a adoção violenta do vandalismo, para a maldade dos saques a lojas/mercados e roubos a bancos.
Os infiltrados têm, sempre, um fim único: violência que gera violência, e, ocorrendo o quebra-quebra, a depredação, pessoas feridas, algumas até mortas [14 no litoral paulista, na véspera em que escrevo este texto, em 30.07.23], aí vem a repressão, às vezes, por ódio e vingança.
• Repressão
Repressão não tem domínio próprio, não possui controle emocional; sofre dela até o inocente transeunte que apenas passava, quem sabe, de volta ao lar.
Há, também, e muito mais, a vitimização do participante pacífico, que, sem má fé, entrou na manifestação [inclusive com a Bíblia na mão] para solidarizar-se com o povo que sofre tantas carências; quem sabe ele também sente, na carne, os males que afligem a Nação quase que como um todo!
• Trégua
É a hora de pensar a paz, é o tempo de buscar a paz, é o momento de praticar a paz; trégua é a hora de uma interrupção na belicosidade para um diálogo racional tentando encontrar uma solução que satisfaça os anseios de todos; necessária é a participação de terceiros/conselheiros, isentos, mas de boa e ilibada reputação.
É o momento de uma pausa, é o tempo de trégua, é a hora da reflexão para que a violência não anestesie a razão, e nem inocule a ira no intelecto que busca a melhor forma de sentar para o diálogo.
Trégua é o sentir a necessidade de paz, não é derrota, não é "jogar a toalha" assumindo a desistência, como se faz no box; é o levantar da "bandeira branca" utilizada em substituição às bandeiras verde-amarelas manchadas com o sangue inocente já derramado.
• Bandeira da Paz
Eu disse certa vez que a bandeira branca é irmã gêmea da bandeira nacional; se esta, antes, era reverenciada, hoje já não tanto [agora é chale, cachecol e até toalha de mesa], a bandeira da paz determina o respeito das partes litigantes: é o cessar fogo, é o acalmar-se, é o calar para ouvir a parte adversa.
Em outras ocasiões, tenho dito que paz não é ausência de guerra, não é o abandono de um ideal, também não é a existência da palavra única dos regimes tiranos, do partido único comum em países totalitários.
Paz é sim o exercício do domínio próprio, da mansidão [como a própria paz, são características do fruto do Espírito Santo – Gálatas 5 22-23], do autocontrole, do bom senso de primeiro ouvir para depois falar:
"Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus" (Tiago 1.19, NVI).
No tempo de paz os oponentes, em termos de pensarem e procederem diferente, são "partes adversas"; inclusive, longe do calor do debate democrático, educado, formal, se dão bem, são até amigos.
• Desafetos
Em nossos dias, todavia, não são oponentes, nem parte adversa - lamentavelmente se tornaram desafetos - os desafetos não se falam, não se procuram, mutuamente, para o entendimento através do diálogo como pessoas cultas e civilizadas.
Aprendi na faculdade de direito e nos meios forenses que "um mau acordo é melhor do que uma boa demanda."
No meu entendimento, o Senhor Jesus recomendou que o ofendido busque o ofensor [desafeto] e se reconcilie com ele:
"Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta" (Mateus 5 23 NVI)
[- a oferta aqui não é, necessariamente, só a financeira, mas, também, de serviço, de vida dedicados ao nosso Deus e Pai].
• Dias maus
Estamos passando por dias maus, não há como procrastinar, não se deve protelar a busca da reconciliação individual e coletiva, particular e nacional, sem o que virá o caos, e é isso que o mal e o mau anseiam, pois é na derrota dos que são do bem [e do Bom] é que o "desafeto maior" triunfa.
Não podemos nos transformar em desafetos - não somos e nem desejamos sê-lo; por isso a proposta da trégua de quem está longe dos litigantes, a sugestão do diálogo para a paz, para que cada um de nós, a serviço do Reino de Deus e da Pátria, possa prosseguir e fazer [refazer] a oferta, não só a financeira, mas, em especial, a de vida, a de serviço em prol do valor maior, que é o evangelho do Senhor Jesus.
Simples assim quando, de verdade, se quer a paz; paz que só o Senhor Jesus dá!
Nosso querido Brasil vive, há muito, uma atmosfera de guerra urbana [sobretudo em junho de 2013], um clima de terrorismo, um cheiro [no ar] de banditismo, com pessoas de má índole [black bloc] se infiltrando em grupos pacíficos [povo e polícia] para a promoção da baderna, para a adoção violenta do vandalismo, para a maldade dos saques a lojas/mercados e roubos a bancos.
Os infiltrados têm, sempre, um fim único: violência que gera violência, e, ocorrendo o quebra-quebra, a depredação, pessoas feridas, algumas até mortas [14 no litoral paulista, na véspera em que escrevo este texto, em 30.07.23], aí vem a repressão, às vezes, por ódio e vingança.
• Repressão
Repressão não tem domínio próprio, não possui controle emocional; sofre dela até o inocente transeunte que apenas passava, quem sabe, de volta ao lar.
Há, também, e muito mais, a vitimização do participante pacífico, que, sem má fé, entrou na manifestação [inclusive com a Bíblia na mão] para solidarizar-se com o povo que sofre tantas carências; quem sabe ele também sente, na carne, os males que afligem a Nação quase que como um todo!
• Trégua
É a hora de pensar a paz, é o tempo de buscar a paz, é o momento de praticar a paz; trégua é a hora de uma interrupção na belicosidade para um diálogo racional tentando encontrar uma solução que satisfaça os anseios de todos; necessária é a participação de terceiros/conselheiros, isentos, mas de boa e ilibada reputação.
É o momento de uma pausa, é o tempo de trégua, é a hora da reflexão para que a violência não anestesie a razão, e nem inocule a ira no intelecto que busca a melhor forma de sentar para o diálogo.
Trégua é o sentir a necessidade de paz, não é derrota, não é "jogar a toalha" assumindo a desistência, como se faz no box; é o levantar da "bandeira branca" utilizada em substituição às bandeiras verde-amarelas manchadas com o sangue inocente já derramado.
• Bandeira da Paz
Eu disse certa vez que a bandeira branca é irmã gêmea da bandeira nacional; se esta, antes, era reverenciada, hoje já não tanto [agora é chale, cachecol e até toalha de mesa], a bandeira da paz determina o respeito das partes litigantes: é o cessar fogo, é o acalmar-se, é o calar para ouvir a parte adversa.
Em outras ocasiões, tenho dito que paz não é ausência de guerra, não é o abandono de um ideal, também não é a existência da palavra única dos regimes tiranos, do partido único comum em países totalitários.
Paz é sim o exercício do domínio próprio, da mansidão [como a própria paz, são características do fruto do Espírito Santo – Gálatas 5 22-23], do autocontrole, do bom senso de primeiro ouvir para depois falar:
"Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus" (Tiago 1.19, NVI).
No tempo de paz os oponentes, em termos de pensarem e procederem diferente, são "partes adversas"; inclusive, longe do calor do debate democrático, educado, formal, se dão bem, são até amigos.
• Desafetos
Em nossos dias, todavia, não são oponentes, nem parte adversa - lamentavelmente se tornaram desafetos - os desafetos não se falam, não se procuram, mutuamente, para o entendimento através do diálogo como pessoas cultas e civilizadas.
Aprendi na faculdade de direito e nos meios forenses que "um mau acordo é melhor do que uma boa demanda."
No meu entendimento, o Senhor Jesus recomendou que o ofendido busque o ofensor [desafeto] e se reconcilie com ele:
"Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta" (Mateus 5 23 NVI)
[- a oferta aqui não é, necessariamente, só a financeira, mas, também, de serviço, de vida dedicados ao nosso Deus e Pai].
• Dias maus
Estamos passando por dias maus, não há como procrastinar, não se deve protelar a busca da reconciliação individual e coletiva, particular e nacional, sem o que virá o caos, e é isso que o mal e o mau anseiam, pois é na derrota dos que são do bem [e do Bom] é que o "desafeto maior" triunfa.
Não podemos nos transformar em desafetos - não somos e nem desejamos sê-lo; por isso a proposta da trégua de quem está longe dos litigantes, a sugestão do diálogo para a paz, para que cada um de nós, a serviço do Reino de Deus e da Pátria, possa prosseguir e fazer [refazer] a oferta, não só a financeira, mas, em especial, a de vida, a de serviço em prol do valor maior, que é o evangelho do Senhor Jesus.
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