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Palavra do leitor

Tornou-se em

Na época em que eu assistia TV, eu não perdia, no sábado, três programas evangélicos sequenciais; assisti, em um deles, um testemunho de conversão ao Senhor Jesus de um dos mais famosos e perigosos chefes do tráfico nas comunidades do Rio de Janeiro; ele, no seu português incorreto, mas muito espontâneo, bem convicto e feliz de sua nova condição disse:

"Hoje sou um servo de Jesus, que deu a sua vida para me salvar; sou um ex-traficante, um ex-viciado, um ex-ladrão, um ex-assassino, um ex-adúltero, um ex-beberrão, pois "EX que tudo se fez novo" (sic).

Essa expressão - "ex que tudo se fez novo" - levou as pessoas que participavam do programa, presencialmente, a dar risadas porque, na verdade, ele queria dizer "EIS que tudo se fez novo", parte final de II Coríntios 5.17: "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as cousas antigas já passaram; EIS que tudo se fez novo."

Face à sua conhecida periculosidade, ninguém, em sã consciência, à época, se arriscaria a se aproximar de um homem assim: bruto, mal educado, pornográfico, violento, daqueles que matam o semelhante para ver o sangue esvair até que a vítima caia no chão, sem vida; havia medo de ser levado para o chamado "micro-ondas", um monte de pneus sobrepostos, onde as vítimas eram colocadas com o fogo ardendo.

Mas a conversão ao Senhor Jesus o levou a dizer esse versículo; sim, tudo se fez novo, quem traficou não trafica mais, quem furtou não furta mais, quem roubou não rouba mais, quem matou não mata mais, quem adulterou não adultera mais - ele era um "EX-TUDO", então nova criatura no Senhor Jesus, então filho de Deus (Jo 1. 12).

Sempre percebo que várias pessoas receiam se converter tendo em vista, creem elas, que serão proibidas de vários procedimentos que fazem parte dos seus antigos costumes, dos prazeres que, desde criança, já se arraigaram nelas; isso é um equívoco no qual militam por ouvirem dizer que as igrejas, que os pastores proíbem certos hábitos considerados "mundanos".

Eis o que a Escritura Sagrada diz [mas não proíbe]: "Todas as cousas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as cousas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas" (I Co 6. 12).

Dou destaque à expressão "Eu não me deixarei dominar", pois ela aponta para uma opção pessoal, escolha espontânea do convertido em deixar de furtar, de roubar, de adulterar, de matar, de usar drogas, de beber bebida alcoólica, de cobiçar o que é do próximo, de ter maus pensamentos etc.

Não se trata de proibição, mas de uma "troca de valores"; o que, no passado, era muito amado, muito desejado passou a não ter mais valor, não mais traz alegria, não mais comove, tendo em vista que o convertido passou a possuir um valor mais elevado, o qual substituiu tudo isso: o amor de Deus para com ele e para com o mundo todo (Jo 3. 16).

Referido texto diz em seguida: "Porém o corpo não é para a impureza, mas, para o Senhor, e o Senhor para o corpo" (I Co 6. 13); a seguir lemos: "aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo. Acaso não sabeis que o vosso corpo é Santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo" (I Co 6. 18-20); de fato, o preço foi elevadíssimo, o sangue do Senhor Jesus Cristo vertido, naquela cruz, por nós.

Reitero que ninguém nos obriga a nada, ninguém nos força a trocar de hábitos, é uma questão de valores, de trocar um velho procedimento por uma nova maneira de gozar a vida, de ter alegria; face à conversão sincera, nenhum de nós quer macular o templo do Espírito Santo de Deus, que é o nosso corpo!

É importante, ainda, lembrar outro texto bíblico: "Todas as cousas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam" (I Co 10. 23); essa é uma questão importantíssima – EDIFICAR - pois a vida cristã é uma constante busca de edificação própria; edificação, também, do próximo pois não podemos e nem devemos ser pedra de tropeço para terceiros.

Tenho dito, em artigos anteriores, que pecar [pecar é tudo o que entristece o coração de Deus] não glorifica a Deus, nem nos edifica, nem edifica a vida do nosso próximo; apenas destrói!

Oportuna uma citação extra-bíblica: "Todas as escolhas têm perda. Quem não estiver preparado para perder o irrelevante, não estará apto para conquistar o fundamental" (Augusto Cury).

Concluindo, devo mencionar algo de muita relevância, de muita importância para os que se convertem ao Senhor Jesus:

"Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra cousa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (I Co 10. 31); portanto, o que não glorifica a Deus deve ser descartado.

É necessário, ainda, refletir sobre o questionamento feito pelo Senhor Jesus: "Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Que daria um homem em troca de sua alma?" (Mc 8. 36-37).
São Paulo - SP
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