Palavra do leitor
- 07 de dezembro de 2017
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Todas as religiões são iguais?
Você deve ter ouvido algo parecido. Devido a crescente onda de atentados em nível global, a intolerância religiosa tem aumentado e muitos, temendo violência ainda maior, estão propondo um ajuste fino entre as várias confissões ao redor do globo. Em tese, parece algo interessante, mas não passa de uma versão religiosa da globalização. Um tom pastel, sobrepondo nossa liberdade de escolha e decisão.
Trata-se de uma solução baseada no medo. A verdadeira tolerância exige a diferença. Só posso ser tolerante com quem é diferente. Não há necessidade de tolerância entre iguais. O que está por trás deste ecumenismo é o desejo do controle total por uma minoria. Um controle global de uma religião unificada é tudo que um "Hitler", por exemplo, deseja. Adolf Hitler unificou a religião na Alemanha, registrou igrejas e as que recusaram ceder ao controle do Estado, foram lançadas na clandestinidade. Um dos líderes da resistência cristã, o pastor protestante Dietrich Bonhoffer, deixou um maravilhoso legado em seus livros e um exemplo de como toda e qualquer atitude de unificar religiões debaixo de um só corpo de crença, é pervertida. Pagou com sua própria vida, sendo executado pouco antes do fim da Segunda Guerra.
A ideia de que todas as religiões são iguais carece de entendimento da história, dos dogmas, credos e formas de liturgia e adoração que variam entre, aspectos semelhantes e outros irreconciliáveis! Aláh, Yawé, Krishna, Buda, Cristo, não são a mesma pessoa. Não ensinaram as mesmas coisas. Não viveram na mesma época. Não são expressões divinas de um único ser. Qualquer pessoa inteligente, que conhece o mínimo de religião, sabe disso. Somos livres e nossa liberdade exige liberdade de crença.
Como cristão, entendo que as Escrituras Sagradas, tanto o Antigo quanto o Novo Testamento, ensinam que Yawé é o único Senhor e que Jesus Cristo é seu Unigênito Filho, a encarnação de Deus. Também aprendo que devo amar meu próximo como a mim mesmo, independentemente de sua religião. Tolerância social, sim. Tolerância intelectual, não.
Pensando bem, os representantes das religiões deveriam ensinar a seus adeptos, o amor ao próximo, o respeito às diferenças de credo e liturgia e não buscar elementos unificadores que irão restringir nosso principal direito: o de liberdade.
Pensando bem, as religiões deveriam propagar suas crenças por palavras e exemplos e não por meios políticos e/ou militares. Deveriam ensinar o respeito e ministrar aos necessitados que, diga-se de passagem, são muitos: milhares, talvez milhões!
Deveriam ser mais humanas no sentido social e mais inteligentes no sentido intelectual, demonstrando desapego aos valores desta vida terrena e anseio pela vida por vir. Mais sinceridade, caridade e fraternidade. Menos ecumenismo, por favor!
sergiomarcosmevec@gmail.com
Trata-se de uma solução baseada no medo. A verdadeira tolerância exige a diferença. Só posso ser tolerante com quem é diferente. Não há necessidade de tolerância entre iguais. O que está por trás deste ecumenismo é o desejo do controle total por uma minoria. Um controle global de uma religião unificada é tudo que um "Hitler", por exemplo, deseja. Adolf Hitler unificou a religião na Alemanha, registrou igrejas e as que recusaram ceder ao controle do Estado, foram lançadas na clandestinidade. Um dos líderes da resistência cristã, o pastor protestante Dietrich Bonhoffer, deixou um maravilhoso legado em seus livros e um exemplo de como toda e qualquer atitude de unificar religiões debaixo de um só corpo de crença, é pervertida. Pagou com sua própria vida, sendo executado pouco antes do fim da Segunda Guerra.
A ideia de que todas as religiões são iguais carece de entendimento da história, dos dogmas, credos e formas de liturgia e adoração que variam entre, aspectos semelhantes e outros irreconciliáveis! Aláh, Yawé, Krishna, Buda, Cristo, não são a mesma pessoa. Não ensinaram as mesmas coisas. Não viveram na mesma época. Não são expressões divinas de um único ser. Qualquer pessoa inteligente, que conhece o mínimo de religião, sabe disso. Somos livres e nossa liberdade exige liberdade de crença.
Como cristão, entendo que as Escrituras Sagradas, tanto o Antigo quanto o Novo Testamento, ensinam que Yawé é o único Senhor e que Jesus Cristo é seu Unigênito Filho, a encarnação de Deus. Também aprendo que devo amar meu próximo como a mim mesmo, independentemente de sua religião. Tolerância social, sim. Tolerância intelectual, não.
Pensando bem, os representantes das religiões deveriam ensinar a seus adeptos, o amor ao próximo, o respeito às diferenças de credo e liturgia e não buscar elementos unificadores que irão restringir nosso principal direito: o de liberdade.
Pensando bem, as religiões deveriam propagar suas crenças por palavras e exemplos e não por meios políticos e/ou militares. Deveriam ensinar o respeito e ministrar aos necessitados que, diga-se de passagem, são muitos: milhares, talvez milhões!
Deveriam ser mais humanas no sentido social e mais inteligentes no sentido intelectual, demonstrando desapego aos valores desta vida terrena e anseio pela vida por vir. Mais sinceridade, caridade e fraternidade. Menos ecumenismo, por favor!
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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