Palavra do leitor
- 08 de fevereiro de 2016
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Tivéssemos a coragem!
Tivéssemos a coragem!
‘’Em meio a todo um emaranhado de informações sobre Cristo, por qual motivo, antes de qualquer escolha, aceitar o chamado para o silêncio e a confissão estribado na palavra simples e livre das boas – novas, sem aquela exigência de revelar algo. ’’
O carnaval esta a todo o vapor, aqui no Brasil. As pessoas procuram extravasar e deletar os dissabores e as incertezas de uma economia endêmica, de uma dinâmica política desmoralizada, de uma sucessão simultânea e diária de escândalos dos considerados altos escalões do executivo e legislativo federal, de um mundo de refugiados visto como um problema a ser resolvido, de uma estranha decadência do sentimento de dever, de responsabilidade e compromisso pelo próximo. Ah, se, nos, cristãos, tivéssemos a coragem para ir a direção oposta da resposta de Caim (sou eu responsável pelo meu irmão?).
Tristemente, eis as engrenagens de uma realidade subjugada ao caudilho ditatorial da imagem, da fé narcisista, do homocentrismo, do individualismo e do relativismo. Nada de uma leitura alocêntrica, comprometida, serva, discipuladora e voltada a estender nas mãos para erguer e não soterrar. Não por menos, tornamo – nos escravos das telas de computadores, de celulares e sela lá quais forem as outras ferramentas. Vira e mexe, estufamos o peito e nos orgulhamos de estarmos conectados vinte e quatro horas, a procura de novidades e ofertas, como consumidores obsessivos e inveterados. Sinceramente, tivéssemos a coragem para aceitar um frear nessa tresloucada imposição para ser reconhecido e aceito.
Mais, diametralmente oposto, atrelamo –nos a uma espiritualidade cooptadas a um ufanismo triunfalista, pelo qual adora – se um Deus reduzido a acarretar um ciclo de efeitos positivistas. Nada mais e nada menos. Cada vez mais, permanecemos acostumados com os ícones episcopais, personalidades predestinadas a serem super – humanos, acima do bem e do mal, com uma história lacrada e não revelada para ninguém.
Entrementes, há a nossa disposição toda uma pletora de vias alternativas de ritualismos, de liturgias, de credos, de ideias e idealismos de um messias, ao qual se amolde as minhas convicções e crenças. Verdadeiramente, tivéssemos a coragem para dizer um basta a tantas falácias advindas dos púlpitos, aos guetos que deformam as pessoas, a parar com uma Graça barateada, banalizada e boçal, pelo qual o homem (espírito, alma e corpo) não seja inimigo.
Vou adiante, tivéssemos a coragem de fazer a lição de casa, cuidar dos órfãos e das viúvas, das crianças e dos adolescentes, dos anciãos e dos jovens, de permitir ao Espírito Santo levantar uma geração de cristãos inspiradores e criativos, de cristãos com a pujança e ternura de impactarem as artes, a poesia, o teatro, o espaço do pensamento, a sociedade.
Lá no fundo, muitos, talvez, encontram – se cansados de um evangelho de baciada, de final de feira, de sobras misturadas, de uma promiscuidade mística (com a palavra removida, em prol lençol ungido, do coberto ungido, da água ungida, quando uma só palavra basta, a palavra do Cordeiro Santo de Deus, do Carpinteiro dos Recomeços, daquele que adentra nos cenários de gente banida, de gente vitimada pelas perdas e frustrações, de gente esmagada por cobranças e culpas, de gente cansada de muitas receitas de como ser feliz, ser vitorioso, ser um escolhido. Enfim, amanhã será terça – feira, depois a folia baixara suas cortinas e todos retornarão para um contexto estigmatizado por ambiguidades, por tensões, por dilemas e por incertezas.
Aliás, muitos cristãos voltaram de acampamentos e será possível extrair a pergunta:
- Sou eu, o responsável pelo meu irmão?
Ademais, podemos nos questionar, a saber:
- Tenho a coragem para aceitar o chamado inconformado de Cristo?
‘’Em meio a todo um emaranhado de informações sobre Cristo, por qual motivo, antes de qualquer escolha, aceitar o chamado para o silêncio e a confissão estribado na palavra simples e livre das boas – novas, sem aquela exigência de revelar algo. ’’
O carnaval esta a todo o vapor, aqui no Brasil. As pessoas procuram extravasar e deletar os dissabores e as incertezas de uma economia endêmica, de uma dinâmica política desmoralizada, de uma sucessão simultânea e diária de escândalos dos considerados altos escalões do executivo e legislativo federal, de um mundo de refugiados visto como um problema a ser resolvido, de uma estranha decadência do sentimento de dever, de responsabilidade e compromisso pelo próximo. Ah, se, nos, cristãos, tivéssemos a coragem para ir a direção oposta da resposta de Caim (sou eu responsável pelo meu irmão?).
Tristemente, eis as engrenagens de uma realidade subjugada ao caudilho ditatorial da imagem, da fé narcisista, do homocentrismo, do individualismo e do relativismo. Nada de uma leitura alocêntrica, comprometida, serva, discipuladora e voltada a estender nas mãos para erguer e não soterrar. Não por menos, tornamo – nos escravos das telas de computadores, de celulares e sela lá quais forem as outras ferramentas. Vira e mexe, estufamos o peito e nos orgulhamos de estarmos conectados vinte e quatro horas, a procura de novidades e ofertas, como consumidores obsessivos e inveterados. Sinceramente, tivéssemos a coragem para aceitar um frear nessa tresloucada imposição para ser reconhecido e aceito.
Mais, diametralmente oposto, atrelamo –nos a uma espiritualidade cooptadas a um ufanismo triunfalista, pelo qual adora – se um Deus reduzido a acarretar um ciclo de efeitos positivistas. Nada mais e nada menos. Cada vez mais, permanecemos acostumados com os ícones episcopais, personalidades predestinadas a serem super – humanos, acima do bem e do mal, com uma história lacrada e não revelada para ninguém.
Entrementes, há a nossa disposição toda uma pletora de vias alternativas de ritualismos, de liturgias, de credos, de ideias e idealismos de um messias, ao qual se amolde as minhas convicções e crenças. Verdadeiramente, tivéssemos a coragem para dizer um basta a tantas falácias advindas dos púlpitos, aos guetos que deformam as pessoas, a parar com uma Graça barateada, banalizada e boçal, pelo qual o homem (espírito, alma e corpo) não seja inimigo.
Vou adiante, tivéssemos a coragem de fazer a lição de casa, cuidar dos órfãos e das viúvas, das crianças e dos adolescentes, dos anciãos e dos jovens, de permitir ao Espírito Santo levantar uma geração de cristãos inspiradores e criativos, de cristãos com a pujança e ternura de impactarem as artes, a poesia, o teatro, o espaço do pensamento, a sociedade.
Lá no fundo, muitos, talvez, encontram – se cansados de um evangelho de baciada, de final de feira, de sobras misturadas, de uma promiscuidade mística (com a palavra removida, em prol lençol ungido, do coberto ungido, da água ungida, quando uma só palavra basta, a palavra do Cordeiro Santo de Deus, do Carpinteiro dos Recomeços, daquele que adentra nos cenários de gente banida, de gente vitimada pelas perdas e frustrações, de gente esmagada por cobranças e culpas, de gente cansada de muitas receitas de como ser feliz, ser vitorioso, ser um escolhido. Enfim, amanhã será terça – feira, depois a folia baixara suas cortinas e todos retornarão para um contexto estigmatizado por ambiguidades, por tensões, por dilemas e por incertezas.
Aliás, muitos cristãos voltaram de acampamentos e será possível extrair a pergunta:
- Sou eu, o responsável pelo meu irmão?
Ademais, podemos nos questionar, a saber:
- Tenho a coragem para aceitar o chamado inconformado de Cristo?
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