Palavra do leitor
- 17 de fevereiro de 2015
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Test drive da fé
Há uma expressão americana muito em moda hoje em dia que serve para justificar nosso consumismo, essa busca desenfreada pelo simples prazer de possuir algo: test drive, testar antes de adquirir, de comprar. Hoje é comum fazermos test drive para tudo aquilo que desejamos adquirir, carros, roupas, joias e o mais incrível, é que muitos usam essa expressão em seus relacionamentos, sejam de amizade ou entre homem e mulher. É comum as pessoas ficarem se testando uns aos outros. Um desses dias, ouvi um de meus alunos dizer que estava fazendo um test drive em uma ‘’mina’’ para ver se ela seria boa para se namorar...
Vejo consultores, em suas palestras, orientando os participantes a não se prenderem ao lugar em que trabalham. Conheço executivos e profissionais liberais que saltaram de galho em galho e não são bem-sucedidos. É cada vez mais frequente o desligamento de gente que nem esquentou a cadeira, mal passou de seis meses de casa. O profissional é treinado, cria expectativas na equipe e então... Na hora em que começaria a brilhar, parte para um novo desafio. Essa ‘’saída pela direita’’ também acontece com quem decide frequentar um templo, uma igreja, com o passar do tempo, para ele, as pregações se tornam monótonas, não procura aprofundar na Palavra, não possui determinação para superar uma queda e levantar. Ao menor sinal de fracasso, desiste.
Em ambos os casos, falta comprometimento. Falta aquela promessa que se faz no casamento: na alegria e na tristeza...
Li um artigo intitulado ‘’Poço profundo’’, que dizia que se quisermos saber a profundidade de um poço, basta que joguemos uma pedra dentro dele. Quando a pedra cai dentro de um poço raso, ela chega rápido ao fundo e produz um ruído audível, mas se o poço é profundo, produz-se um ruído baixo devido a uma vibração produzida por causa da profundidade do poço.
E assim, desse modo, podemos entender a profundidade da fé de um homem como um poço raso ou profundo, pela sua forma de agir e responder aos desafios lançados pela vida. Se ele desiste facilmente por causa das dificuldades e situações desfavoráveis, mostra que sua fé não é profunda. O homem com fé profunda não reage imediatamente aos desafios, demora a fazer ruído, aceita-os silenciosamente, para depois estudá-los e analisá-los estrategicamente e assim superá-los. A fé é uma de suas armas imprescindíveis.
A fé de muitos homens da Bíblia, como Noé, Abraão, Moises era como um poço profundo. ‘’ sem fé é impossível agradar a Deus’’ (Hb. 6:15). Aqueles cuja fé é rasa se abalam por pequenas palavras e atitudes dos outros. Em Êxodo, é narrada a história de que uns 600 mil israelitas não entraram em Canaã e foram destruídos no deserto. Esse fato poderia estar relacionado com a profundidade da fé daquela gente. Não possuíam uma fé profunda, por isso, murmuraram contra Deus ao serem provados devido às condições adversas que enfrentaram naquela época e por isso foram destruídos (1Cor 10: 1-15).
Nós, seres humanos, estamos em constante processo de evolução, mas a principal evolução é a do espírito, seja no campo espiritual e moral, seja na área material ou tecnológico-científica. E quando se fala em progresso moral e espiritual, trata-se da evolução ou crescimento da prática do amor cristão, que é o efeito da verdadeira e da mais importante evolução do espírito.
E as religiões capengam quando não buscam colocar em primeiro plano o progresso da prática do amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. E quando isto não é aprendido, a fé de muitos se esfria, fica rasa. Então, nos tornamos verdadeiros dependentes emocionais da fé.
O dependente emocional demonstra uma dependência afetiva em relação a uma outra pessoa. Ele necessita da aprovação, aceitação e reconhecimento do outro para lidar com as situações da vida, pois não acredita no seu próprio valor, no seu poder de tomar decisões, fazer escolhas e até mesmo na sua capacidade de conquistar alguém e, muitas vezes aceita relações destrutivas como um prêmio de recompensa.
Você pode confiar em um homem hoje e não mais confiar amanhã; um homem pode merecer o maior crédito de você este ano, mas no ano seguinte pode ser que outro homem, com pensamentos contrários, venha a merecer mais crédito aos seus olhos. Portanto, consiste em que você examine as Escrituras, e teste se as coisas que lhes dizem são verdadeiras. Este teste, entretanto, não significa que você terá que fazer um test drive da fé baseado em crença humanas e pulando de igreja em igreja para ver qual é que tem a melhor pregação, a melhor pirotecnia gospel, o pastor da moda, e o altar mais high tech da cidade.
Evitemos de nos tornarmos o que chamo de 'macacos da fé', aqueles cristãos que vivem pulando de galho em galho para sentir o verdadeiro Espírito Santo.
Vejo consultores, em suas palestras, orientando os participantes a não se prenderem ao lugar em que trabalham. Conheço executivos e profissionais liberais que saltaram de galho em galho e não são bem-sucedidos. É cada vez mais frequente o desligamento de gente que nem esquentou a cadeira, mal passou de seis meses de casa. O profissional é treinado, cria expectativas na equipe e então... Na hora em que começaria a brilhar, parte para um novo desafio. Essa ‘’saída pela direita’’ também acontece com quem decide frequentar um templo, uma igreja, com o passar do tempo, para ele, as pregações se tornam monótonas, não procura aprofundar na Palavra, não possui determinação para superar uma queda e levantar. Ao menor sinal de fracasso, desiste.
Em ambos os casos, falta comprometimento. Falta aquela promessa que se faz no casamento: na alegria e na tristeza...
Li um artigo intitulado ‘’Poço profundo’’, que dizia que se quisermos saber a profundidade de um poço, basta que joguemos uma pedra dentro dele. Quando a pedra cai dentro de um poço raso, ela chega rápido ao fundo e produz um ruído audível, mas se o poço é profundo, produz-se um ruído baixo devido a uma vibração produzida por causa da profundidade do poço.
E assim, desse modo, podemos entender a profundidade da fé de um homem como um poço raso ou profundo, pela sua forma de agir e responder aos desafios lançados pela vida. Se ele desiste facilmente por causa das dificuldades e situações desfavoráveis, mostra que sua fé não é profunda. O homem com fé profunda não reage imediatamente aos desafios, demora a fazer ruído, aceita-os silenciosamente, para depois estudá-los e analisá-los estrategicamente e assim superá-los. A fé é uma de suas armas imprescindíveis.
A fé de muitos homens da Bíblia, como Noé, Abraão, Moises era como um poço profundo. ‘’ sem fé é impossível agradar a Deus’’ (Hb. 6:15). Aqueles cuja fé é rasa se abalam por pequenas palavras e atitudes dos outros. Em Êxodo, é narrada a história de que uns 600 mil israelitas não entraram em Canaã e foram destruídos no deserto. Esse fato poderia estar relacionado com a profundidade da fé daquela gente. Não possuíam uma fé profunda, por isso, murmuraram contra Deus ao serem provados devido às condições adversas que enfrentaram naquela época e por isso foram destruídos (1Cor 10: 1-15).
Nós, seres humanos, estamos em constante processo de evolução, mas a principal evolução é a do espírito, seja no campo espiritual e moral, seja na área material ou tecnológico-científica. E quando se fala em progresso moral e espiritual, trata-se da evolução ou crescimento da prática do amor cristão, que é o efeito da verdadeira e da mais importante evolução do espírito.
E as religiões capengam quando não buscam colocar em primeiro plano o progresso da prática do amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. E quando isto não é aprendido, a fé de muitos se esfria, fica rasa. Então, nos tornamos verdadeiros dependentes emocionais da fé.
O dependente emocional demonstra uma dependência afetiva em relação a uma outra pessoa. Ele necessita da aprovação, aceitação e reconhecimento do outro para lidar com as situações da vida, pois não acredita no seu próprio valor, no seu poder de tomar decisões, fazer escolhas e até mesmo na sua capacidade de conquistar alguém e, muitas vezes aceita relações destrutivas como um prêmio de recompensa.
Você pode confiar em um homem hoje e não mais confiar amanhã; um homem pode merecer o maior crédito de você este ano, mas no ano seguinte pode ser que outro homem, com pensamentos contrários, venha a merecer mais crédito aos seus olhos. Portanto, consiste em que você examine as Escrituras, e teste se as coisas que lhes dizem são verdadeiras. Este teste, entretanto, não significa que você terá que fazer um test drive da fé baseado em crença humanas e pulando de igreja em igreja para ver qual é que tem a melhor pregação, a melhor pirotecnia gospel, o pastor da moda, e o altar mais high tech da cidade.
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