Palavra do leitor
- 17 de julho de 2012
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Teólogos e Alquimistas: a Imitação da Verdade
Olhando de perto era impossível distinguir se a nota de 100 reais era falsa. Contrafação é isso: imitação ou reprodução feita para passar como autêntica, genuína; ou reprodução fraudulenta; falsificação.
Os Norte-coreanos se especializaram em produzir notas de 100 dólares incrivelmente iguais às Americanas.
‘Incrivelmente iguais’ é contrafação, só que de palavras. Comparem Gênesis 2:17 com 3:4. Deus fala e a Serpente repete ‘tal qual’, exceto pela negativa “não”.
Quando dos 40 dias no deserto, o Diabo cita Salmos ‘tal qual’. Tiago 2:19 diz que ele crê e treme. O Diabo sabe das coisas, não é?
Recentemente, a melhor articulista da ULTIMATO, Bráulia Ribeiro, convidou seus leitores ao diálogo teológico. Noves fora alguns abestalhados que não entenderam nada, o ‘convite’ propunha uma ‘conversa’ entre aqueles que pensam com as mesmas ferramentas. No fundo o convite só seria possível porque entre iguais.
Como assim?
O que tem a ver Atenas (filosofia) com Jerusalém (religião) perguntara Tertuliano (sec. II). Ou se se preferir, o que tem em comum a fé (credos, confissões) e a razão (academia)? Nada!
O professor Leonard Schalkwijk em dois artigos publicados no portal acha que sim: fé e razão podem andar de mãos dadas. Tertuliano torceria o nariz.
Stephen J. Gould, "Rock of Ages" (‘Pilares do Tempo’) criou o termo ‘magistérios não sobrepostos’ na tentativa de resolver o conflito entre ciência e religião. Richard Dawkins achou que ele escreveu abobrinha.
Segundo Gould, os teólogos atenderiam a questões de outra natureza, posto que o objeto de estudo deles é diferente do cientista e nem se sobrepõem. Ainda ele: a ciência busca a idade das rochas, a religião repousa sobre a permanência delas. Tertuliano continua atual.
Meu amigo Chiao, professor de física nuclear no Canadá assustou-me quando disse que seus alunos de doutorado vão para Wall Street trabalhar!
Recentemente, nada menos do que o ex-ministro Delfim Neto, em artigo na Folha de São Paulo, declarou o que Daniel Kahneman, Prêmio Nobel de Economia em 2002, sintetizou muito bem: operadores de mercado, mesmo quando auxiliados por sofisticados métodos da chamada ‘econofísica’ (‘espécie de alquimia’), tem nos físicos o refúgio daqueles que não tiveram sucesso em suas carreiras e que decidiram ganhar dinheiro como analistas nas Bolsas de Valores.
Altamente remunerados pelos investidores à procura da fórmula mágica que maximiza os lucros e minimiza os riscos.
Teriam ‘descoberto’ a dinâmica da coisa e seriam capazes de prever os resultados futuros das Bolsas. A desgraça Americana e Europeia seria o resultado da transferência desse pessoal do laboratório (para onde deveriam ir), e não para as Bolsas (para onde nunca deveriam ter ido).
Físico no lugar errado, e os incautos dançaram no mundo inteiro.
Sir Isaac Newton (1643-1727) foi um cientista inglês, físico e matemático, embora tenha sido também astrônomo, filósofo natural, teólogo e alquimista.
Diz Delfim Neto que Kahneman não tem papas na língua ao afirmar que, "nas Bolsas de Valores, por exemplo, a predição dos 'experts' é praticamente sem nenhum valor. Qualquer indivíduo que deseja investir seus recursos faria melhor se escolhesse o índice de um fundo de ações, sem a intervenção de um 'expert'".
E acrescenta o ex-Ministro, "Então todas essas análises complexas não têm qualquer valor e não conseguem ser melhores do que a aposta no índice?"; e complementa: "Os 'experts' são ainda piores, porque são custosos [caros]!".
Amarro isso com o título desse curto artigo: os teólogos hoje são, na sua grande maioria, à luz do muito que se lê deles, a expressão perfeita e acabada de modismos que está liquidando com a Igreja Cristã como expressão institucional da fé. Viraram alquimistas!
E o pior, isso vai continuar!
Augusto Nicodemus, Guilherme de Carvalho, entre outros, que eu qualifico como teólogos ‘herbívoros’ --- emprestando a palavra do livro MANUAL DO PERFEITO IDIOTA LATINO-AMERICANO, de Plínio Apuleyo Mendoza, Carlos Alberto Montaner e Álvaro Vargas Llosa --- e ‘carnívoros’ (tipo Ricardo Gondim), onde suas investigações teológicas, nas palavras de um Luiz de Camões, são
“Que da ocidental praia Lusitana,
(universo conservador de onde saiu)
Por mares nunca dantes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,”
... dão a exata dimensão da farra festiva que seus escritos estampam.
O primeiro, Nicodemus e o filhote de Schaeffer aqui no portal, tentam a qualquer custo reviver uma teologia que chamam de ‘Reformada’, mas que não passa de pipocar empoeirado da ‘física [teológica] Newtoniana’.
O outro, não tendo formação acadêmica de escol, procura a todo custo suprimir o vazio formal com textos de teologia que um especialista Freudiano entenderia.
Resultado: entre esses ‘experts’ teológicos medeiam a panóplia que inclui e protege as maquininhas VISA e CIELO que correm soltas nos templos.
Os Norte-coreanos se especializaram em produzir notas de 100 dólares incrivelmente iguais às Americanas.
‘Incrivelmente iguais’ é contrafação, só que de palavras. Comparem Gênesis 2:17 com 3:4. Deus fala e a Serpente repete ‘tal qual’, exceto pela negativa “não”.
Quando dos 40 dias no deserto, o Diabo cita Salmos ‘tal qual’. Tiago 2:19 diz que ele crê e treme. O Diabo sabe das coisas, não é?
Recentemente, a melhor articulista da ULTIMATO, Bráulia Ribeiro, convidou seus leitores ao diálogo teológico. Noves fora alguns abestalhados que não entenderam nada, o ‘convite’ propunha uma ‘conversa’ entre aqueles que pensam com as mesmas ferramentas. No fundo o convite só seria possível porque entre iguais.
Como assim?
O que tem a ver Atenas (filosofia) com Jerusalém (religião) perguntara Tertuliano (sec. II). Ou se se preferir, o que tem em comum a fé (credos, confissões) e a razão (academia)? Nada!
O professor Leonard Schalkwijk em dois artigos publicados no portal acha que sim: fé e razão podem andar de mãos dadas. Tertuliano torceria o nariz.
Stephen J. Gould, "Rock of Ages" (‘Pilares do Tempo’) criou o termo ‘magistérios não sobrepostos’ na tentativa de resolver o conflito entre ciência e religião. Richard Dawkins achou que ele escreveu abobrinha.
Segundo Gould, os teólogos atenderiam a questões de outra natureza, posto que o objeto de estudo deles é diferente do cientista e nem se sobrepõem. Ainda ele: a ciência busca a idade das rochas, a religião repousa sobre a permanência delas. Tertuliano continua atual.
Meu amigo Chiao, professor de física nuclear no Canadá assustou-me quando disse que seus alunos de doutorado vão para Wall Street trabalhar!
Recentemente, nada menos do que o ex-ministro Delfim Neto, em artigo na Folha de São Paulo, declarou o que Daniel Kahneman, Prêmio Nobel de Economia em 2002, sintetizou muito bem: operadores de mercado, mesmo quando auxiliados por sofisticados métodos da chamada ‘econofísica’ (‘espécie de alquimia’), tem nos físicos o refúgio daqueles que não tiveram sucesso em suas carreiras e que decidiram ganhar dinheiro como analistas nas Bolsas de Valores.
Altamente remunerados pelos investidores à procura da fórmula mágica que maximiza os lucros e minimiza os riscos.
Teriam ‘descoberto’ a dinâmica da coisa e seriam capazes de prever os resultados futuros das Bolsas. A desgraça Americana e Europeia seria o resultado da transferência desse pessoal do laboratório (para onde deveriam ir), e não para as Bolsas (para onde nunca deveriam ter ido).
Físico no lugar errado, e os incautos dançaram no mundo inteiro.
Sir Isaac Newton (1643-1727) foi um cientista inglês, físico e matemático, embora tenha sido também astrônomo, filósofo natural, teólogo e alquimista.
Diz Delfim Neto que Kahneman não tem papas na língua ao afirmar que, "nas Bolsas de Valores, por exemplo, a predição dos 'experts' é praticamente sem nenhum valor. Qualquer indivíduo que deseja investir seus recursos faria melhor se escolhesse o índice de um fundo de ações, sem a intervenção de um 'expert'".
E acrescenta o ex-Ministro, "Então todas essas análises complexas não têm qualquer valor e não conseguem ser melhores do que a aposta no índice?"; e complementa: "Os 'experts' são ainda piores, porque são custosos [caros]!".
Amarro isso com o título desse curto artigo: os teólogos hoje são, na sua grande maioria, à luz do muito que se lê deles, a expressão perfeita e acabada de modismos que está liquidando com a Igreja Cristã como expressão institucional da fé. Viraram alquimistas!
E o pior, isso vai continuar!
Augusto Nicodemus, Guilherme de Carvalho, entre outros, que eu qualifico como teólogos ‘herbívoros’ --- emprestando a palavra do livro MANUAL DO PERFEITO IDIOTA LATINO-AMERICANO, de Plínio Apuleyo Mendoza, Carlos Alberto Montaner e Álvaro Vargas Llosa --- e ‘carnívoros’ (tipo Ricardo Gondim), onde suas investigações teológicas, nas palavras de um Luiz de Camões, são
“Que da ocidental praia Lusitana,
(universo conservador de onde saiu)
Por mares nunca dantes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,”
... dão a exata dimensão da farra festiva que seus escritos estampam.
O primeiro, Nicodemus e o filhote de Schaeffer aqui no portal, tentam a qualquer custo reviver uma teologia que chamam de ‘Reformada’, mas que não passa de pipocar empoeirado da ‘física [teológica] Newtoniana’.
O outro, não tendo formação acadêmica de escol, procura a todo custo suprimir o vazio formal com textos de teologia que um especialista Freudiano entenderia.
Resultado: entre esses ‘experts’ teológicos medeiam a panóplia que inclui e protege as maquininhas VISA e CIELO que correm soltas nos templos.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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