Palavra do leitor
- 29 de abril de 2012
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Teodiceia
Como Deus pode ser bom e permitir tanta maldade e dor no mundo? Por que Ele não impede atrocidades e injustiças? Se Deus existe e é Justo, porque os bons sofrem e os maus prosperam?
As questões sobre o problema do sofrimento, o mal e a justiça de Deus são objeto de estudo numa área da Teologia que recebe o nome de Teodiceia. O termo provém do grego θεός - theós, "Deus" e δίκη - díkē, "justiça", que significa, literalmente, "justiça de Deus". O termo foi criado no início do século XVIII pelo filósofo Alemão Gottfried Leibniz.
A inquirição humana a respeito do mal, sofrimento e injustiça é tão antigo quanto o próprio homem. Nem mesmo alguns escritores bíblicos calaram-se ante o espectro quadro da dor e prosperidade do mal. Os profetas Habacuque, Jeremias e o patriarca Jó, foram alguns destes personagens que não pouparam questionamentos. No livro “A anatomia de uma dor”, o escritor britânico C. S. Lewis também faz um desabafo lúcido, revoltoso, inteligente e sincero contra Deus após a morte de sua esposa, vitimada por um câncer fatal.
Embora existam inúmeros bons livros e artigos sobre essa questão do mal e a justiça de Deus, que ajudam a confortar e estimular a fé e esperança; embora tenhamos as Escrituras como revelação divina com promessas maravilhosas, ainda assim, temos os nossos porquês que nenhum mortal pode responder de maneira plenamente satisfatória e convincente. Isto somente Deus pode fazer. Na verdade, a própria Escritura Sagrada não fica argumentando sobre o porquê dos acontecimentos trágicos, ou sobre o triunfo da maldade. Pelo contrário, ela aponta a causa -- origem do mal – de modo objetivo, e indica a solução definitiva para o problema – volta de Jesus, eliminação do pecado, morte e inauguração de um novo tempo.
Mas de onde veio o mal? De quem vem o mal? Seria ele causado por Deus? Teria Deus o premeditado?
É interessante quando descobrimos que as Escrituras revelam que a origem do mal e sofrimento foram consequências de decisões livres, de seres com livre - arbítrio. Segundo a Bíblia, Deus criou anjos livres e seres humanos livres, isto é, com capacidade de escolher entre servi-lo ou não. Dessa liberdade demandava a possibilidade do surgimento do mal. Possibilidade é diferente de predeterminação ou predestinação.
Mas poderíamos perguntar: então para que Deus nos deu essa tal de`liberdade´ e `possibilidade´? “Seria melhor que não tivéssemos recebido esse livre arbítrio, pois, não correríamos o risco de sofrer, e estaríamos agora em paz”, disse-me um amigo em diálogo.
Em nome da paz e harmonia universal, seria melhor não termos livre arbítrio? Pense. Nesta hipótese, seríamos todos “robôs programados” para comando do “Bem”. Não teríamos escolha. Neste caso, não seria Deus um tirano e manipulador?
Não é curioso o fato de que, Deus, é considerado por muitos como um ditador, insensível, indiferente e injusto, exatamente por ELE resguardar e respeitar o direito de liberdade das escolhas de suas criaturas inteligentes?
É interessante a reflexão de que Ele preferiu correr o risco de ser mal-interpretado do que manipular suas criaturas, privando-as da capacidade de raciocinar e escolher se queriam servi-lo por amor ou não. Ele estava disposto a sofrer a penalidade da transgressão de suas criaturas (morrendo numa cruz por elas), mas não tiraria delas o direito de escolha.
Mas tudo bem. Deus não causou o mal, apenas permitiu. Não dá no mesmo? Permitir e causar parecem ser iguais, mas são diferentes. Ainda mais, em nosso contexto.
Deus permitiu as consequências de escolhas livres, mas ELE também sofre com tudo isso. Ele não se compraz com a injustiça.
Cabe a nós analisar se existem evidências de um Deus criador. Com base nessas evidências, cabe a nós usar a razão (dádiva d’ELE) respondendo à nossa consciência, se seu caráter é amoroso; se Ele é sábio e justo e se vale a pena crer n’Ele e adorá-lo e se ELE é o auto-revelado na Escritura. A escolha é nossa.
Se o Deus apresentado da Bíblia, apresentado na cosmovisão Judaico- cristã, existe, Ele destruirá a maldade e julgará o mundo. O mal não se perpetuará, nem ficará impune, pelo contrário, tem os dias contados.
A existência de Deus está associada com a certeza do juízo final. Como a rainha Maria Teresa escreveu ao ministro exterior da França, em meados do século dezoito: “Deus não acerta contas diariamente, mas o fará no final.” Porém, gostaríamos que Ele sempre interviesse com milagres que nos poupasse da dor.
Na verdade, ao contemplarmos injustiças, nossa real indignação é contra o mal. Ao percebermos a presença do mal em nosso planeta, nossa aspiração é que ele chegue ao fim. A existência do mal causa em nós um profundo incômodo. Devemos notar que existe um inimigo do Bem. Estamos inseridos neste conflito. Nossa mente é o objeto de disputa entre as forças do Bem e do Mal. Quem vai possuir nossa mente? A decisão é nossa. Escolhamos o bem, o lado que triunfará definitivamente.
“Sonho com o dia em que o bem derrotado vencerá o mal triunfante”.
As questões sobre o problema do sofrimento, o mal e a justiça de Deus são objeto de estudo numa área da Teologia que recebe o nome de Teodiceia. O termo provém do grego θεός - theós, "Deus" e δίκη - díkē, "justiça", que significa, literalmente, "justiça de Deus". O termo foi criado no início do século XVIII pelo filósofo Alemão Gottfried Leibniz.
A inquirição humana a respeito do mal, sofrimento e injustiça é tão antigo quanto o próprio homem. Nem mesmo alguns escritores bíblicos calaram-se ante o espectro quadro da dor e prosperidade do mal. Os profetas Habacuque, Jeremias e o patriarca Jó, foram alguns destes personagens que não pouparam questionamentos. No livro “A anatomia de uma dor”, o escritor britânico C. S. Lewis também faz um desabafo lúcido, revoltoso, inteligente e sincero contra Deus após a morte de sua esposa, vitimada por um câncer fatal.
Embora existam inúmeros bons livros e artigos sobre essa questão do mal e a justiça de Deus, que ajudam a confortar e estimular a fé e esperança; embora tenhamos as Escrituras como revelação divina com promessas maravilhosas, ainda assim, temos os nossos porquês que nenhum mortal pode responder de maneira plenamente satisfatória e convincente. Isto somente Deus pode fazer. Na verdade, a própria Escritura Sagrada não fica argumentando sobre o porquê dos acontecimentos trágicos, ou sobre o triunfo da maldade. Pelo contrário, ela aponta a causa -- origem do mal – de modo objetivo, e indica a solução definitiva para o problema – volta de Jesus, eliminação do pecado, morte e inauguração de um novo tempo.
Mas de onde veio o mal? De quem vem o mal? Seria ele causado por Deus? Teria Deus o premeditado?
É interessante quando descobrimos que as Escrituras revelam que a origem do mal e sofrimento foram consequências de decisões livres, de seres com livre - arbítrio. Segundo a Bíblia, Deus criou anjos livres e seres humanos livres, isto é, com capacidade de escolher entre servi-lo ou não. Dessa liberdade demandava a possibilidade do surgimento do mal. Possibilidade é diferente de predeterminação ou predestinação.
Mas poderíamos perguntar: então para que Deus nos deu essa tal de`liberdade´ e `possibilidade´? “Seria melhor que não tivéssemos recebido esse livre arbítrio, pois, não correríamos o risco de sofrer, e estaríamos agora em paz”, disse-me um amigo em diálogo.
Em nome da paz e harmonia universal, seria melhor não termos livre arbítrio? Pense. Nesta hipótese, seríamos todos “robôs programados” para comando do “Bem”. Não teríamos escolha. Neste caso, não seria Deus um tirano e manipulador?
Não é curioso o fato de que, Deus, é considerado por muitos como um ditador, insensível, indiferente e injusto, exatamente por ELE resguardar e respeitar o direito de liberdade das escolhas de suas criaturas inteligentes?
É interessante a reflexão de que Ele preferiu correr o risco de ser mal-interpretado do que manipular suas criaturas, privando-as da capacidade de raciocinar e escolher se queriam servi-lo por amor ou não. Ele estava disposto a sofrer a penalidade da transgressão de suas criaturas (morrendo numa cruz por elas), mas não tiraria delas o direito de escolha.
Mas tudo bem. Deus não causou o mal, apenas permitiu. Não dá no mesmo? Permitir e causar parecem ser iguais, mas são diferentes. Ainda mais, em nosso contexto.
Deus permitiu as consequências de escolhas livres, mas ELE também sofre com tudo isso. Ele não se compraz com a injustiça.
Cabe a nós analisar se existem evidências de um Deus criador. Com base nessas evidências, cabe a nós usar a razão (dádiva d’ELE) respondendo à nossa consciência, se seu caráter é amoroso; se Ele é sábio e justo e se vale a pena crer n’Ele e adorá-lo e se ELE é o auto-revelado na Escritura. A escolha é nossa.
Se o Deus apresentado da Bíblia, apresentado na cosmovisão Judaico- cristã, existe, Ele destruirá a maldade e julgará o mundo. O mal não se perpetuará, nem ficará impune, pelo contrário, tem os dias contados.
A existência de Deus está associada com a certeza do juízo final. Como a rainha Maria Teresa escreveu ao ministro exterior da França, em meados do século dezoito: “Deus não acerta contas diariamente, mas o fará no final.” Porém, gostaríamos que Ele sempre interviesse com milagres que nos poupasse da dor.
Na verdade, ao contemplarmos injustiças, nossa real indignação é contra o mal. Ao percebermos a presença do mal em nosso planeta, nossa aspiração é que ele chegue ao fim. A existência do mal causa em nós um profundo incômodo. Devemos notar que existe um inimigo do Bem. Estamos inseridos neste conflito. Nossa mente é o objeto de disputa entre as forças do Bem e do Mal. Quem vai possuir nossa mente? A decisão é nossa. Escolhamos o bem, o lado que triunfará definitivamente.
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