Palavra do leitor
- 05 de agosto de 2013
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Templo e Palavra
Em maio de 1664, o colossal Palácio de Versalhes, criado pelo rei Luis XIV para abrigar a realeza e a corte francesas, é inaugurado no subúrbio de Paris, na França. A época em que o palácio foi construído, Paris sucumbia em tumultos, diversas doenças e rastros de conflitos civis.
Foi uma tentativa do rei de criar um poder absoluto, soberano onde ele não estaria próximo das agruras sociais vividas pelo seu povo mitigando e minimizando a realidade caótica ao seu redor.
O Palácio de Versalhes é uma verdadeira apologia à pompa e a riqueza. O palácio possui 2.153 janelas, 67 escadas, 352 chaminés, 700 quartos, 1.250 lareiras e 700 hectares de parque. O próprio rei Luís XIV ficou conhecido como o “Rei Sol”, e ficou conhecido por representar o absolutismo onde centralizava o poder em sua pessoa.
O exemplo deste palácio é muito semelhante às tentativas modernas da sociedade em perpetuar-se na história através do poder material.
Nosso país está vivendo o tempo dos grandes monumentos, dos grandes templos, dos grandes santuários, das basílicas, do templo de Salomão. É a tentativa moderna de impor o poder através da coação pelos olhos.
É gritante a falta de sentido e propósito em muitos setores da sociedade brasileira em nossos dias (2013). Até mesmo as igrejas evangélicas que inicialmente eram conhecidas por possuírem templos modestos e funcionais, estão, agora, sendo chamadas de catedrais e grandiosos espaços têm sido construídos para abrigar o maior número de fiéis.
Causa-me angústia quando vejo que o evangelho da essência e da Palavra tem sido trocado pelo evangelho do dinheiro, da suntuosidade e da imagem. Não se está afirmando com isso que os templos não devam ser zelados e que devam apresentar boa aparência, isso faz parte e é necessário, mas o que se tem visto é uma verdadeira afronta ao evangelho de Cristo e a sua palavra que diz: não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que habita em vós, o qual vos foi dado por Deus...? (1ª Co 6:19).
Já não basta os milhões de reais que estão se esvaindo pelos ralos para se investir em megaeventos esportivos e na construção de grandes estádios (palácios), que tem como propósito apenas atender uma minoria endinheirada e que excluem realidades sociais de pobreza, violência, corrupção na política e tantos outros males a que o nosso país tem sido submetido.
As sandices são tão latentes que muitos “evangélicos” se deixaram seduzir e caminham por isso induzindo a humanidade se voltar mais para as coisas criadas pelo homem do que para Deus que criou o homem.
Diante da falta de bom senso e direção desta sociedade a impressão que tenho é que o Brasil parece que está bêbado, mas não por ter bebido vinho (Is 51:21). Então, surge uma certeza que é a de que riquezas e poderes não duram para sempre. (Pv. 27:24). Ainda bem que isto me surge não como especulação, mas sim como promessa.
Penso que estas grandes catedrais, estes grandes estádios, estes grandes templos, ficarão para história apenas como símbolo de vergonha de governantes e lideres religiosos que se ocupam mais com o seu próprio poder do que com aqueles que estão sobre seus cuidados.
O palácio de Versalhes nos dias de hoje foi transformado em um museu e é apenas uma recordação infeliz de um homem que tentou colocar-se acima de todos os que o cercavam. Luís XIV morreu, aos 72 anos, de gangrena e sem deixar herdeiros para ocupar seu trono e palácio.
Então fica a pergunta: Que se dirá no futuro destas grandiosas construções que estão erguidas Brasil afora?
Foi uma tentativa do rei de criar um poder absoluto, soberano onde ele não estaria próximo das agruras sociais vividas pelo seu povo mitigando e minimizando a realidade caótica ao seu redor.
O Palácio de Versalhes é uma verdadeira apologia à pompa e a riqueza. O palácio possui 2.153 janelas, 67 escadas, 352 chaminés, 700 quartos, 1.250 lareiras e 700 hectares de parque. O próprio rei Luís XIV ficou conhecido como o “Rei Sol”, e ficou conhecido por representar o absolutismo onde centralizava o poder em sua pessoa.
O exemplo deste palácio é muito semelhante às tentativas modernas da sociedade em perpetuar-se na história através do poder material.
Nosso país está vivendo o tempo dos grandes monumentos, dos grandes templos, dos grandes santuários, das basílicas, do templo de Salomão. É a tentativa moderna de impor o poder através da coação pelos olhos.
É gritante a falta de sentido e propósito em muitos setores da sociedade brasileira em nossos dias (2013). Até mesmo as igrejas evangélicas que inicialmente eram conhecidas por possuírem templos modestos e funcionais, estão, agora, sendo chamadas de catedrais e grandiosos espaços têm sido construídos para abrigar o maior número de fiéis.
Causa-me angústia quando vejo que o evangelho da essência e da Palavra tem sido trocado pelo evangelho do dinheiro, da suntuosidade e da imagem. Não se está afirmando com isso que os templos não devam ser zelados e que devam apresentar boa aparência, isso faz parte e é necessário, mas o que se tem visto é uma verdadeira afronta ao evangelho de Cristo e a sua palavra que diz: não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que habita em vós, o qual vos foi dado por Deus...? (1ª Co 6:19).
Já não basta os milhões de reais que estão se esvaindo pelos ralos para se investir em megaeventos esportivos e na construção de grandes estádios (palácios), que tem como propósito apenas atender uma minoria endinheirada e que excluem realidades sociais de pobreza, violência, corrupção na política e tantos outros males a que o nosso país tem sido submetido.
As sandices são tão latentes que muitos “evangélicos” se deixaram seduzir e caminham por isso induzindo a humanidade se voltar mais para as coisas criadas pelo homem do que para Deus que criou o homem.
Diante da falta de bom senso e direção desta sociedade a impressão que tenho é que o Brasil parece que está bêbado, mas não por ter bebido vinho (Is 51:21). Então, surge uma certeza que é a de que riquezas e poderes não duram para sempre. (Pv. 27:24). Ainda bem que isto me surge não como especulação, mas sim como promessa.
Penso que estas grandes catedrais, estes grandes estádios, estes grandes templos, ficarão para história apenas como símbolo de vergonha de governantes e lideres religiosos que se ocupam mais com o seu próprio poder do que com aqueles que estão sobre seus cuidados.
O palácio de Versalhes nos dias de hoje foi transformado em um museu e é apenas uma recordação infeliz de um homem que tentou colocar-se acima de todos os que o cercavam. Luís XIV morreu, aos 72 anos, de gangrena e sem deixar herdeiros para ocupar seu trono e palácio.
Então fica a pergunta: Que se dirá no futuro destas grandiosas construções que estão erguidas Brasil afora?
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