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Palavra do leitor

Tem pai que é cego

O pai se orgulhava da masculinidade de seu filho e não percebia que na verdade ele era gay. E o amigo do pai, que sabia de tudo, se admirava da cegueira do colega. Era um quadro de humor dos anos 80. Hoje ninguém ri mais dessas coisas...

A venda dos olhos do pai hoje em dia é removida em cadeia nacional, onde o filho confessa ser homossexual diante das câmeras.

Se você quer manipular alguém, trabalhe com a culpa. Faça essa pessoa ter dor na consciência e comece a prometer-lhe alívio a conta gotas. Claro que o alívio prometido não poderá remover a culpa, sendo assim você perderia seu poder manipulativo.

Mas você, nem eu, estamos interessados em manipular ninguém. Nem muito menos queremos ser manipulados. Só estou querendo ressaltar o poder manipulativo do sentimento de culpa.

O sentimento de culpa pode ser extremamente forte quando o assunto é experiência sexual. Uma pessoa que se desvia nessa área está refém da culpa. E torna-se uma vítima fácil na mão de manipuladores.

Categoricamente falando, tal pessoa só tem dois caminhos. Um, que na verdade é um descaminho, é cauterizar sua própria consciência. Ela calará a voz interna que aponta o erro e a condena. E será capaz de se desviar ainda mais. Cada vez em doses maiores, cada vez se sentirá mais culpada. Seu mecanismo interno, que lhe diz o que é certo e errado, entra em pane, como um indivíduo bêbado, que perde os sentidos. A tendência é o coma. Esse descaminho leva à total depravação. Que na verdade, é a expressão daquilo que todo ser humano internamente já possui desde o nascimento, a natureza pecaminosa. Aqui é tratada no desvio sexual, mas funciona semelhantemente em qualquer desvio moral: ganância, ira, etc.

Nessa primeira hipótese estão fortemente engajados grupos ou indivíduos que tentam afirmar que não há nada de errado nos desvios de comportamento (seja qual área for).

Um outro caminho é diametralmente oposto. É o reconhecimento da culpa. Pode parecer o óbvio e o mais correto, e é. Mas esse caminho também não é fácil e oferece seus riscos.

O grande risco do reconhecimento da culpa, é o que fazer com ela. Se a culpa não for tratada ela poderá tornar-se em acusação, condenação e morte – psicológica ou até mesmo física.

Por isso a confissão é importante. Se houve desvio, confesse. Reconheçamos nossas culpas e as confessemos uns aos outros. Mas a quem confessarei? Primeiramente a Deus, que é a principal parte lesada e interessada. Deus criou o nosso corpo e mente para a santidade, para fazer neles morada e não para a imoralidade. Por isso mesmo, quando alguém se desvia na área sexual, está prejudicando não somente ela própria, está pecando contra Deus, o seu Criador.

Deus está interessado em ouvir nossa confissão e pedido de perdão, para que possa nos restaurar e libertar. Toda nossa culpa foi levada por seu Filho Jesus na cruz. Quando Deus perdoa. Ele perdoa mesmo. Ele esquece. Esse é um ato de fé, confiança e entrega a Deus.

Normalmente há outras pessoas envolvidas. Elas também merecem ouvir nossa confissão e pedido de perdão. Se irão perdoar ou não, isso é com elas. Nosso dever e procurá-las e fazermos nossa confissão e no que couber, restituirmos a base moral no relacionamento.

Finalmente resta a mudança no comportamento. De nada adiantará a confissão, o reconhecimento do erro, se não houver disposição sincera de mudança. Essa mudança poderá não ocorrer instantaneamente, e normalmente não ocorre. Mas será o início de um caminhar que, juntamente com a perseverança, trará a mudança por completo.

Caso essas fases sejam negligenciadas a culpa vencerá o perdão. A condenação derrotará a misericórdia. Por isso é essencial perdoar-se a si mesmo, recebendo o perdão gratuito de Deus e buscando na sociedade uma nova postura transformada.

A obstinação no erro, tendo-o reconhecido como tal, é a escolha pelo mal. Nesse caso a culpa permanece e com ela uma expectativa terrível de devido juízo.

"Se fossem realmente cegos, não teriam culpa", respondeu Jesus. "Mas a vossa culpa mantém-se, pois afirmam que podem ver."
Fürth - EX
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Site: http://teologia-livre.blogspot.de/

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