Palavra do leitor
- 01 de agosto de 2013
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Tem Alguém Disponível Aí e Aqui Embaixo?
O livro lançado pela estimada Braulia Ribeiro, com o sugestivo título – ‘’Tem Alguém Aí Em Cima’’, aborda a questão da busca de uns por redescobrir uma caminhada coerente, com relação a fé, e de outros, expressamente, por descobri – la. Faz – se pontuar, a partir dessa obra, sou tentado a lançar as cartas na mesa e alfinetar a questão sobre se tem alguém disponível ai e aqui embaixo? É bem verdade, não posso esconder o oportunismo. Mesmo assim, ao atentarmos para uma realidade submetida a ditadura do individualismo, do imediatismo e do prazer como ideia fundamental, as demandas correlacionadas a um porvir, parecem ser uma matéria a ser decidida, por cada um de nós.
Às vezes, aceitamos de bom grado um conformismo com a sina de cada ser humano e se há algo além, não deve ser visto como uma ocupação para nossas vidas compromissadas com a conta de água, de luz e todas as despesas do dia - a – dia. Aliás, se Deus está ai em cima, não nos faltam teorias e ponderações para externarmos nossa rejeição. De certo, arrisco dizer, com relação aos cristãos, não somos acoçados para parar e considerar o quanto devemos assumir nosso próprio rumo? Afinal de contas, se o Deus dos cristãos nos promete um Reino de paz, de justiça e de alegria, o por qual motivo, desde a época do Cristo, aqui, entre nós, em carne e osso, os homens continuam a espoliar os homens?
Sem sombra de dúvida, a aridez de muitos no que toca a olhar com uma esperança vivificante e apta para nos levar a prosseguir a direção de algo que nos remeta a existência de Deus, a fé no porvir e numa realidade curada se encaixa mais nas prateleiras das retóricas e das apologias. Dou uma pincelada a mais e arrisco enfocar não uma perda, ou uma ausência, ou uma descrença, ou uma repulsa a qualquer via de crer em Deus, em demonstrar a fé apregoada nas escrituras – sagradas. Em direção oposta, não seriam os cristãos, e aqui entro na roda, os maiores responsáveis por esse lamentável quadro, com a seguinte pergunta e se vale a pena insistir: - Tem Alguém Ai Em Cima?
Vale dizer, provavelmente, essa descrença ou irrelevância de se há alguém em cima, não seja o retrato de espelharmos um estilo de cristandade moldado ao ritualismo dominical, a uma participação superficial das boas – notícias, a esperar de predestinados a incumbência de propagar a salvação?
Para piorar a situação, os recentes movimentos denominados de evangelicais e de grandiosa incidência na sociedade, ao qual apresentam líderes personalistas e suas mirabolantes promessas para todos os flagelos, as angústias, os vácuos e o estampado estado de insignificância de multidões acabam por contribuir com a escolha de muitos de abrir uma vala e sepultar de vez qualquer crença em Deus ou de haver alguém aí em cima.
No vaivém a procura de respostas, torna-se de bom parecer perguntar se tem alguém ai e aqui embaixo para ir as Kracolândias; para ir as vítimas da pedofilia; para ser um eco implacável e retumbante em se opor ao trabalho escravo, a prostituição infantil, ao tráfico de mulheres e de órgãos; para bater o pé diante de um sistema político de conchavos, de acertos, de troca de favores, de não desviar recursos públicos e sucatear serviços públicos fundamentais? Não por menos, tem alguém ai e aqui e embaixo voltado a firmar uma vida de oração aberta e franca, banhada e purificada pela palavra do Cristo Ressuscitado; com a postura de não fazer da comunhão cristã um sanatório espiritual e de reconhecer suas vulnerabilidades e fragilidades, com o receio de ser submetido a uma inquisição pública.
Então, tem alguém ai e aqui embaixo com as mãos estendidas, sem as pedras para acusar, tripudiar, condenar, abominar e torturar (como aquela multidão pretendia, no episódio da mulher adultera), os ouvidos inclinados, com os lábios ternos e misericordiosos? Será que tem alguém ai e aqui embaixo, sem o dedo apontador para uma mulher divorciada, uma mãe solteira, uma adolescente perante uma gestação e anular qualquer condição de um novo começo?
Vou além, tem alguém ai e aqui embaixo para aceitar os arruinados pelos entorpecentes, o dilacerado pelo adultério, para não falar nada e, simplesmente, silenciar e abraçar o convalido, o abatido e o deserdado? Semelhantemente, tem alguém ai e aqui embaixo ocupado com pessoas e menos ocupado com tantos ensaios, ministrações, palestras, agendas e demandas de um perigoso mercadologoismo gospel, com as estatísticas de quanto vendeu e arrecadou.
De notar, tem alguém ai e aqui embaixo ocupado com os idosos, nos asilos; ocupado com os órfãos, nos orfanatos; os moradores de rua, as prostitutas nas esquinas, os solitários nas redes sociais ou virtuais; ocupados com o serviço, o discipulado e a confissão, como antídotos para uma comunidade de boas – notícias, amiga, companheira, fraterna, solidária e imbuída da energia para arregaçar as mangas, conceder os ombros para carregar, por os pés para marcar vidas, ou seja, o Cristo Ressuscitado.
Às vezes, aceitamos de bom grado um conformismo com a sina de cada ser humano e se há algo além, não deve ser visto como uma ocupação para nossas vidas compromissadas com a conta de água, de luz e todas as despesas do dia - a – dia. Aliás, se Deus está ai em cima, não nos faltam teorias e ponderações para externarmos nossa rejeição. De certo, arrisco dizer, com relação aos cristãos, não somos acoçados para parar e considerar o quanto devemos assumir nosso próprio rumo? Afinal de contas, se o Deus dos cristãos nos promete um Reino de paz, de justiça e de alegria, o por qual motivo, desde a época do Cristo, aqui, entre nós, em carne e osso, os homens continuam a espoliar os homens?
Sem sombra de dúvida, a aridez de muitos no que toca a olhar com uma esperança vivificante e apta para nos levar a prosseguir a direção de algo que nos remeta a existência de Deus, a fé no porvir e numa realidade curada se encaixa mais nas prateleiras das retóricas e das apologias. Dou uma pincelada a mais e arrisco enfocar não uma perda, ou uma ausência, ou uma descrença, ou uma repulsa a qualquer via de crer em Deus, em demonstrar a fé apregoada nas escrituras – sagradas. Em direção oposta, não seriam os cristãos, e aqui entro na roda, os maiores responsáveis por esse lamentável quadro, com a seguinte pergunta e se vale a pena insistir: - Tem Alguém Ai Em Cima?
Vale dizer, provavelmente, essa descrença ou irrelevância de se há alguém em cima, não seja o retrato de espelharmos um estilo de cristandade moldado ao ritualismo dominical, a uma participação superficial das boas – notícias, a esperar de predestinados a incumbência de propagar a salvação?
Para piorar a situação, os recentes movimentos denominados de evangelicais e de grandiosa incidência na sociedade, ao qual apresentam líderes personalistas e suas mirabolantes promessas para todos os flagelos, as angústias, os vácuos e o estampado estado de insignificância de multidões acabam por contribuir com a escolha de muitos de abrir uma vala e sepultar de vez qualquer crença em Deus ou de haver alguém aí em cima.
No vaivém a procura de respostas, torna-se de bom parecer perguntar se tem alguém ai e aqui embaixo para ir as Kracolândias; para ir as vítimas da pedofilia; para ser um eco implacável e retumbante em se opor ao trabalho escravo, a prostituição infantil, ao tráfico de mulheres e de órgãos; para bater o pé diante de um sistema político de conchavos, de acertos, de troca de favores, de não desviar recursos públicos e sucatear serviços públicos fundamentais? Não por menos, tem alguém ai e aqui e embaixo voltado a firmar uma vida de oração aberta e franca, banhada e purificada pela palavra do Cristo Ressuscitado; com a postura de não fazer da comunhão cristã um sanatório espiritual e de reconhecer suas vulnerabilidades e fragilidades, com o receio de ser submetido a uma inquisição pública.
Então, tem alguém ai e aqui embaixo com as mãos estendidas, sem as pedras para acusar, tripudiar, condenar, abominar e torturar (como aquela multidão pretendia, no episódio da mulher adultera), os ouvidos inclinados, com os lábios ternos e misericordiosos? Será que tem alguém ai e aqui embaixo, sem o dedo apontador para uma mulher divorciada, uma mãe solteira, uma adolescente perante uma gestação e anular qualquer condição de um novo começo?
Vou além, tem alguém ai e aqui embaixo para aceitar os arruinados pelos entorpecentes, o dilacerado pelo adultério, para não falar nada e, simplesmente, silenciar e abraçar o convalido, o abatido e o deserdado? Semelhantemente, tem alguém ai e aqui embaixo ocupado com pessoas e menos ocupado com tantos ensaios, ministrações, palestras, agendas e demandas de um perigoso mercadologoismo gospel, com as estatísticas de quanto vendeu e arrecadou.
De notar, tem alguém ai e aqui embaixo ocupado com os idosos, nos asilos; ocupado com os órfãos, nos orfanatos; os moradores de rua, as prostitutas nas esquinas, os solitários nas redes sociais ou virtuais; ocupados com o serviço, o discipulado e a confissão, como antídotos para uma comunidade de boas – notícias, amiga, companheira, fraterna, solidária e imbuída da energia para arregaçar as mangas, conceder os ombros para carregar, por os pés para marcar vidas, ou seja, o Cristo Ressuscitado.
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