Palavra do leitor
- 14 de julho de 2007
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Sucessor de Pedro
O atual papa, Bento 16, coincidentemente nascido em Marktl am Inn, Alemanha, cidadezinha que dista apenas 13 km de Braunau, Áustria, cidade natal de Hitler, às margens do mesmo rio Inn, fez recente declaração dizendo que a Igreja de Roma é a única igreja cristã verdadeira.
Mesmo que a Igreja Católica possa, teoricamente, provar que, pela História, tem razões bastantes para se identificar com a origem do cristianismo, restarão duas questões essenciais a serem atendidas: Jesus delegou à Igreja Católica toda exclusividade que ela propaga? A doutrina católica está em perfeita sintonia com os ensinos bíblicos?
Essas duas questões não podem, de forma alguma, serem respondidas baseando-se em textos extra-bíblicos, em razão de muita coisa na história da História ter sido adulterada, ao gosto dos poderosos da época.
Por outro lado, ressalta-se um ponto extremamente importante: se a Igreja Católica se diz cristã, então deve, obrigatoriamente, enquadrar-se em parâmetros bíblicos mínimos, desde que deve-se aplicar uma regra lógica que não permite fuga, qual seja: qualquer igreja ou religião deve estar em acordo com o fundamento ao qual se diz ligado. Mas, sabe-se amplamente que ela não aceita a Bíblia como regra de Fé, apegando-se à sua própria e forjada tradição.
Será que Pedro foi, de fato, o primeiro papa da Igreja Católica? "Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. (...) Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16.16,18).
Na declaração de Pedro é que está a pedra fundamental da Igreja cristã: Jesus Cristo. Caso Jesus estivesse apontando Pedro como a pedra de fundação da Sua Igreja o texto deveria, obrigatoriamente, ter outra redação, provavelmente, no seguinte formato: "Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre 'ti' edificarei a minha igreja." É bom observar que, logo após o texto acima, Pedro (supostamente o primeiro papa), recebe dura reprimenda de Jesus: "E Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Tenha Deus compaixão de ti, Senhor; isso de modo nenhum te acontecerá. Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não cogitas das coisas de Deus, mas sim das dos homens." (Mt 16.22-23)
Talvez a única identidade de Pedro com a Igreja de Roma seja o final da fala de Jesus: "porque não cogitas das coisas de Deus, mas sim das dos homens." desde que esta tem sido a postura do catolicismo desde tempos remotos, fazendo conlúios com reis e governantes, ao ponto de se achar no direito até de determinar-lhes a posse. Pedro, o apóstolo, no entanto, sabia que a Pedra fundamental da Igreja de Cristo é o próprio Cristo: "E assim para vós, os que credes, (Cristo) é a preciosidade; mas para os descrentes, a pedra que os edificadores rejeitaram, esta foi posta como a principal da esquina, e: Como uma pedra de tropeço e rocha de escândalo; porque tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados." (I Pe 2.7-8)Caso Pedro tivesse recebido o papado das mãos de Cristo, era de se esperar que este "importante" comissionamento fosse, sem dúvidas, registrado nas Escrituras, especialmente nas cartas de Pedro e nos Atos dos apóstolos. Não é o que lá se vê. Não há nem mesmo registro de uma possível passagem de Pedro por Roma para ser algum bispo. Aliás, mesmo que Pedro alguma vez tenha estado realmente em Roma, isto não teve importância suficiente para ficar abertamente registrado na Bíblia. Pedro nem mesmo deixou registrado em suas cartas referência alguma a Roma ou aos romanos Será que se esqueceu?
A profusão de cartas de Paulo aos gentios, atesta que ele tinha, de fato, amplo comissionamento junto aos mesmos. Paulo também foi o apóstolo que mais esteve e o que mais era lembrado em Roma. Era então de se esperar que ele viesse a ser bispo em Roma, o que não ocorreu.
Por que Roma teria primazia sobre as demais igrejas? Por que seria transferida para Roma uma autoridade que, de fato, poderia ser certamente atribuída a Jerusalém? Afinal, Jerusalém é que é a cidade do "grande Rei" (Mt 5.35), a habitação de Deus (Sl 128.21), não Roma! Além do mais, se existe um apóstolo que poderia, com todos os méritos e razões bíblicas e humanas, ser apresentado como "bispo de Roma" seria Paulo, não Pedro. Paulo, além de ter sido o que mais esteve em Roma, era, ele mesmo, cidadão romano. Difícil acreditar que os romanos, em pleno domínio, aceitassem um judeu, como Pedro, como bispo sobre Roma.
Tratou-se, de fato, de uma hábil e satânica manobra histórica para manter uma dominação total durante tanto tempo e perpetuar a elite do Império Romano. E agora, Bento 16, querendo manter a cegueira dos católicos, volta a proclamar sua igreja como a única e verdadeira igreja cristã. No fundo, mostra que nem ele mesmo acredita nisto. Parafraseando Cipriano de Cátago: "Uma mentira antiga acaba passando por verdade."
Mesmo que a Igreja Católica possa, teoricamente, provar que, pela História, tem razões bastantes para se identificar com a origem do cristianismo, restarão duas questões essenciais a serem atendidas: Jesus delegou à Igreja Católica toda exclusividade que ela propaga? A doutrina católica está em perfeita sintonia com os ensinos bíblicos?
Essas duas questões não podem, de forma alguma, serem respondidas baseando-se em textos extra-bíblicos, em razão de muita coisa na história da História ter sido adulterada, ao gosto dos poderosos da época.
Por outro lado, ressalta-se um ponto extremamente importante: se a Igreja Católica se diz cristã, então deve, obrigatoriamente, enquadrar-se em parâmetros bíblicos mínimos, desde que deve-se aplicar uma regra lógica que não permite fuga, qual seja: qualquer igreja ou religião deve estar em acordo com o fundamento ao qual se diz ligado. Mas, sabe-se amplamente que ela não aceita a Bíblia como regra de Fé, apegando-se à sua própria e forjada tradição.
Será que Pedro foi, de fato, o primeiro papa da Igreja Católica? "Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. (...) Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16.16,18).
Na declaração de Pedro é que está a pedra fundamental da Igreja cristã: Jesus Cristo. Caso Jesus estivesse apontando Pedro como a pedra de fundação da Sua Igreja o texto deveria, obrigatoriamente, ter outra redação, provavelmente, no seguinte formato: "Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre 'ti' edificarei a minha igreja." É bom observar que, logo após o texto acima, Pedro (supostamente o primeiro papa), recebe dura reprimenda de Jesus: "E Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Tenha Deus compaixão de ti, Senhor; isso de modo nenhum te acontecerá. Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não cogitas das coisas de Deus, mas sim das dos homens." (Mt 16.22-23)
Talvez a única identidade de Pedro com a Igreja de Roma seja o final da fala de Jesus: "porque não cogitas das coisas de Deus, mas sim das dos homens." desde que esta tem sido a postura do catolicismo desde tempos remotos, fazendo conlúios com reis e governantes, ao ponto de se achar no direito até de determinar-lhes a posse. Pedro, o apóstolo, no entanto, sabia que a Pedra fundamental da Igreja de Cristo é o próprio Cristo: "E assim para vós, os que credes, (Cristo) é a preciosidade; mas para os descrentes, a pedra que os edificadores rejeitaram, esta foi posta como a principal da esquina, e: Como uma pedra de tropeço e rocha de escândalo; porque tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados." (I Pe 2.7-8)Caso Pedro tivesse recebido o papado das mãos de Cristo, era de se esperar que este "importante" comissionamento fosse, sem dúvidas, registrado nas Escrituras, especialmente nas cartas de Pedro e nos Atos dos apóstolos. Não é o que lá se vê. Não há nem mesmo registro de uma possível passagem de Pedro por Roma para ser algum bispo. Aliás, mesmo que Pedro alguma vez tenha estado realmente em Roma, isto não teve importância suficiente para ficar abertamente registrado na Bíblia. Pedro nem mesmo deixou registrado em suas cartas referência alguma a Roma ou aos romanos Será que se esqueceu?
A profusão de cartas de Paulo aos gentios, atesta que ele tinha, de fato, amplo comissionamento junto aos mesmos. Paulo também foi o apóstolo que mais esteve e o que mais era lembrado em Roma. Era então de se esperar que ele viesse a ser bispo em Roma, o que não ocorreu.
Por que Roma teria primazia sobre as demais igrejas? Por que seria transferida para Roma uma autoridade que, de fato, poderia ser certamente atribuída a Jerusalém? Afinal, Jerusalém é que é a cidade do "grande Rei" (Mt 5.35), a habitação de Deus (Sl 128.21), não Roma! Além do mais, se existe um apóstolo que poderia, com todos os méritos e razões bíblicas e humanas, ser apresentado como "bispo de Roma" seria Paulo, não Pedro. Paulo, além de ter sido o que mais esteve em Roma, era, ele mesmo, cidadão romano. Difícil acreditar que os romanos, em pleno domínio, aceitassem um judeu, como Pedro, como bispo sobre Roma.
Tratou-se, de fato, de uma hábil e satânica manobra histórica para manter uma dominação total durante tanto tempo e perpetuar a elite do Império Romano. E agora, Bento 16, querendo manter a cegueira dos católicos, volta a proclamar sua igreja como a única e verdadeira igreja cristã. No fundo, mostra que nem ele mesmo acredita nisto. Parafraseando Cipriano de Cátago: "Uma mentira antiga acaba passando por verdade."
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